Assim como na prefeitura de Manaus em Rondônia a atividade era diferenciada das outras “missões” dadas ao Coronel, era uma atividade civil e política, porém com âmbito bem maior que Manaus. Teve que conviver, trabalhar e aprender com a classe política do futuro Estado de Rondônia, que estava ávida a abertura democrática que acontecia lenta e gradativamente na política brasileira. Abertura que nos leva a história do Brasil nesse período. As palavras de ordem desse período tanto em Rondônia como no restante do país, são: democracia, liberdade e crescimento econômico. A ditadura no Brasil durou de 1964 a 1985.
Quando Teixeira assume o governo
de Rondônia, o regime militar está no quinto governo, o de João Baptista
Figueiredo (1979-1985), que decreta Lei da Anistia, restabelece o
pluripartidarismo acelerando o processo de abertura. Este foi o último governo
da Ditadura Militar. É neste período de transição que Teixeira com os recursos
federais transformou Rondônia em Estado em 1981, por intermédio do presidente
Figueiredo, administrando e estruturando em tão pouco tempo o que em muitos
anos antes, tentaram e não conseguiram. Teixeira permaneceu no cargo até o dia
14 de maio de 1985. Sendo, portanto o último governador do Território e o
primeiro governador do Estado de Rondônia.
A trajetória política de Jorge
Teixeira, por um lado, foi representada pelo discurso do administrador,
apolítico, bem ao estilo das intenções militares modernizantes-conservadoras
instauradas a partir de 1964, tanto na Amazônia como no Brasil; por outro, por
um modo de agir emocional muitas vezes transbordante que se entende como forma
de intimidar seus adversários e, impor o poder necessário às transformações
para a modernização do Território e do Estado.
Trecho do Artigo: Jorge Teixeira de Oliveira, primeiro governador de Rondônia, entre a modernidade e a cordialidade. Autora: Paola Conceição Foroni. Disponível em: <http://www.snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1364929577_ARQUIVO>. Acesso em: 20 de outubro de 2017.
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