sexta-feira, 1 de maio de 2015

AULA SOBRE AS PRINCIPAIS ÁREAS DA FILOSOFIA

Lógica - É o ramo da filosofia que estuda a validade ou não do argumento racional através da análise de sua forma e da sua estrutura. Procurando assim, o método ideal de raciocínio, análise e pesquisa.
Ética - Reflexão racional sobre o agir humano, sob o ponto de vista das noções de bem e mal, do justo e injusto. Buscando, a partir daí, os valores capazes de melhorar a vida individual e soci-al do ser humano.
Filosofia Política - Estudo dos modelos sociais e políticos, assim como, a busca de princípios ideais para a construção de uma ordem social mais justa.
Estética - Reflexão e estudo sobre as diversas manifestações do Belo através da arte e da cultura em geral. E também, a influência da arte no nosso cotidiano.
Metafísica -Também chamada de ontologia (estudo do SER), é o estudo da ‘realidade ultima’ das coisas; daquilo que ultrapassa o mundo físico (ou natu-ral).
Antropologia Filosófica - Estudo e busca da verdadeira natureza do homem (em si), assim como, o seu papel de SER e AGENTE da história.
Filosofia da Ciência - Chamada também de Epistemologia, estuda o conhecimento científico, assim como, os métodos, princípios de pesquisa e justificativas utilizadas pelos cientistas.
Teoria do Conhecimento - Denominada também como Gnosiologia, estuda as diversas formas de conhecer e apreender a realidade; pesquisando também a origem, os fundamentos e a importância do conhecimento.
História da Filosofia - Reflexão criteriosa da evolução do pensamento humano através do estudo dos temas, problemas e soluções apresentadas pelos diversos filósofos ao longo da história.

 
 
 

AULA DE FILOSOFIA: ORIGEM DO CONHECIMENTO

Qual a origem do conhecimento: a razão ou a experiência? 

Racionalismo
A razão é a fonte principal do conhecimento.
O conhecimento sensível é considerado enganador.
As representações da razão são as mais certas, e as únicas que podem conduzir ao conhecimento.

Objetivo: atingir verdades indiscutíveis, deduzidas logicamente, a partir de uma evidência irrefutável.
Dúvida Metódica: todos os dados do sentidos o podem enganar.
Primeira Evidência. Ao pôr tudo em dúvida descobre que a única coisa que resiste à própria dúvida é a razão. Esta seria a primeira verdade absoluta da filosofia. "Eu penso, logo existo" (cogito).
Ideias inatas. Descobre ainda que possuímos ideias, como a ideia de perfeição, que se impõem à razão como verdadeiras, mas que não derivam da experiência, nem foram por nós criadas. Atribui a sua criação a Deus (prova da existência de Deus).   
Deus garantia da verdade. Sendo a bondade um dos atributos de Deus, certamente que Ele não nos enganar, logo as ideias inatas são verdadeiras. Deus é assim, a garantia da possibilidade do acesso à verdade.
Dualismo. Deduz uma divisão nas coisas:
Aquilo cuja existência se revelou irrefutável, corresponde à razão ("pensamento", "espírito", "alma" ou "entendimento").
Aquilo que levanta dúvidas, corresponde ao mundo exterior (corpos físicos).
Dedução. Só com base nestas ideias claras e distintas, se pode construir um conhecimento universal e necessário.  

Empirismo
 Para o empirismo a experiência é a fonte de todo o conhecimento, mas também o seu limite. Os empiristas negam a existência de ideias inatas, como defendiam Platão e Descartes. A mente está vazia antes de receber qualquer tipo de informação proveniente dos sentidos.
 

 
 
Tipos de Conhecimento segundo Hume:
1. Conhecimento resultante das relações entre ideias. Nesta categoria inclui a aritmética, a algebra e geometria. Estamos perante raciocínios demonstrativos, cujas conclusões são independentes da realidade e se apresentam como necessárias.  
 2. Conhecimento resultante da relação entre factos. Estes raciocínios são indutivos, logo apenas prováveis. Correspondem em geral a relações de causa-efeito.  

3. Criticismo
Kant (1724-1804). Todo o conhecimento inicia-se com a experiência, mas este é organizado pelas estruturas a priori do sujeito. Segundo Kant  o conhecimento é a síntese do dado na nossa sensibilidade (fenómeno) e daquilo que o nosso entendimento produz por si (conceitos). O conhecimento nunca é pois, o conhecimento das coisas "em si", mas das coisas "em nós". 


 
Sensibilidade
A sensibilidade é uma faculdade que nos permite receber ou perceber objectos mediante impressões (sensações) através dos sentidos externos. Estas impressões são percepcionadas no espaço e no tempo, formas puras (vazias) que fazem parte das estruturas cognitivas inatas do sujeito. Elas são a condição indispensável para que possamos ter acesso ao conhecimento sensível (empírico). 

Entendimento
O entendimento é uma faculdade que nos permite dar forma, unificar e ordenar os dados recebidos da sensibilidade. Para produzir conhecimentos (juízos) utiliza 12 categorias (causa, substância, etc), cuja função é estabelecer relações entre fenómenos (julgamentos). Os juízos são pois operações de interpretação e organização dos dados sensoriais. O conhecimento resulta da aplicação destas categorias (conceitos puros) à experiência. 

Classificou os juízos em três tipos
Juízos Analíticos. Ex. "O triângulo tem três lados". O predicado está contido sujeito. Trata-se de um juízo a priori, isto é, não está dependente da experiência. Este tipo de juízo é universal e necessário.
Juízos Sintéticos. Ex."Os lisboetas medem mais do que 1,3 metros de altura". O predicado acrescenta elementos novos ao sujeito. Trata-se de um juízo a posteriori, pois assenta em dados da experiência e carece da mesma como comprova. Este tipo de juízo não é universal, nem necessário.
 Juízos Sintéticos a priori (a sua principal inovação teórica). Ex. "Uma recta é a menor distância entre dois pontos". Este juízo acrescenta algo de novo ao sujeito, mas não está dependente da experiência. Este tipo de juízo é universal e necessário. 

Razão
A razão tem a função de sintetizar os conhecimentos, dando-lhes uma unidade mais elevada. Não trabalha sobre os conhecimentos sensoriais, mas sobre os juízos do entendimento. Elabora juízos dos juízos, produzindo "ideias" que  ultrapassam os limites da experiência.


 

 
 

RESUMO DA AULA DE FILOSOFIA: O MÉTODO DA DÚVIDA DE DESCARTES

A dúvida metódica cartesiana se realizou em três etapas: a dúvida sensível, a dúvida do sonho e a dúvida metafísica
O contexto do surgimento do racionalismo cartesiano (Descartes -1596–1650)
- Tempo de profunda crise da sociedade;
- Transição entre uma tradição que sobrevivia e outra que estava surgindo;
- Nova visão de mundo.
- Nova maneira de se considerar o mundo físico (Copérnico e Galileu).
 
A dúvida metódica
A etapa inicial da argumentação cartesiana coloca tudo em questão;
Duvida de tudo: senso comum, argumento de autoridade, testemunho dos sentidos, das informações da consciência, da realidade do exterior e do próprio corpo.
Descartes lança as hipóteses do sonho enganador, do erro dos sentidos e do gênio malvado.
 
Cogito, ergo sum
Para Descartes, a dúvidas se interrompe diante do seu próprio ser. 
Se duvido, penso: e, se, penso, logo existo.
Grande modificação no pensamento moderno: a crença na autonomia do pensamento;
 
A certeza é possível porque o espírito humano já possui ideias gerais, claras e distintas que são inatas não sujeitas ao erro.
A primeira ideia inata é a nossa descoberta como seres pensantes.
 
Para Descartes o erro resulta do mau uso da razão.
 
Método para obtenção da certeza:
1º Nunca aceitar algo como verdadeiro sem conhecê-lo evidentemente como tal: (excluir qualquer possibilidade de dúvida). 
2º Dividir o problema em tantas partes quantas fossem necessárias para melhor poder resolvê-lo.
3º Conduzir por ordem os pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer.
4º Por último, a quarta, sempre fazer enumerações tão completas, revisões tão gerais, que tivesse certeza de nada ter omitido.
 
 
 
 
 

RONDÔNIA E AS GRANDES QUESTÕES AMBIENTAIS

Rondônia é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado na região Norte e tem como limites os estados do Mato Grosso a leste, Amazonas ao norte, Acre a oeste e a República da Bolívia a oeste e sul. O estado possui 52 municípios e ocupa uma área de 237.590,547 km², equivalente ao território da Romênia e quase cinco vezes maior que a Croácia. Sua capital e município mais populoso é Porto Velho, banhada pelo rio Madeira. Além desta, há outras cidades importantes como Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal, Guajará-Mirim, Jaru, Rolim de Moura e Vilhena.
  
 
 
O estado de Rondônia está situado ao sul da Linha do Equador, sendo atravessado pelo paralelo de 10º Sul e estando “encaixado” entre os meridianos de 60º 0 e 65º 0. Observe no mapa.
 
 
 
É o terceiro estado mais populoso da Região Norte, com seus 1.748 531 habitantes em 2014, sendo superado apenas pelo estado do Pará e Amazonas. No entanto, apenas três de seus municípios possuem população acima de 100 mil habitantes: Porto Velho, a capital e sua maior cidade com 494 mil habitantes em 2013, Ji-Paraná, com quase 130 mil habitantes e Ariquemes, com 102 mil.2
A população rondoniense é uma das mais diversificadas do Brasil, composta de migrantes oriundos de todas as regiões do país, dentre os quais destacam-se os goianos, paranaenses, paulistas, mineiros, gaúchos, capixabas, baianos, mato grossenses e sergipanos (cuja presença é marcante nas cidades do interior do estado), além de cearenses, maranhenses, amazonenses e acreanos, que fixaram-se na capital, preservando-se ainda os fortes traços amazônicos da população nativa nas cidades banhadas por grandes rios, sobretudo em Porto Velho e Guajará-Mirim, as duas cidades mais antigas do estado.
Também é o terceiro estado mais rico da Região Norte, responsável por 11,7% do PIB da região. Apesar de ser um estado jovem (criado em 1982), possui o terceiro melhor Índice de Desenvolvimento Humano, o segundo maior PIB per capita, a segunda menor taxa de mortalidade infantil e a terceira menor taxa de analfabetismo entre todos os estados das regiões Norte e Nordeste do país, além da segunda maior teledensidade do Brasil.
Entre 2002 e 2010 o estado apresentou 63,9% de crescimento acumulado do PIB, sendo o 2º estado brasileiro que mais cresceu no período6 . Rondônia possui ainda a menor incidência de pobreza, o melhor desempenho na avaliação do PISA 2009 entre todos os estados das regiões Norte e Nordeste e também a 4ª melhor distribuição de renda de todo o Brasil.
O relevo é suavemente ondulado; 94% do território encontra-se entre as altitudes de 100 e 600 metros. Madeira, Ji-Paraná, Guaporé e Mamoré são os rios principais. O clima é equatorial e a economia é baseada na pecuária e na agricultura (café, cacau, arroz, mandioca, milho) e no extrativismo da madeira, de minérios e da borracha.
Atualmente, o estado passa por grandes transformações no cenário ambiental: enchentes, infestações de mosquitos e outros advindos das alterações no meio ambiente. O grande fator impactante ocorrido nos últimos anos de deve a construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. Antes, porém, fatores como derrubadas, queimadas, exploração de madeira, exploração garimpeira, associadas a dinâmica pecuarista exigiram uma nova conscientização quanto a mudança dos conceitos de produção sem degradação.
 
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Por ser um estado localizado na Amazônia Ocidental Brasileira, muita coisa ainda tem que ser realinhada no cenário produtivo de forma que seu crescimento acelerado não venha a causar impactos irreversível no futuro e as pessoas e, principalmente as empresas que vislumbram investimentos possa ter a consciência de que é necessário utilizar os recursos naturais, porem de forma equilibrada e racional.