domingo, 4 de outubro de 2015

AULA: A ESTÉTICA

Estética – termo grego aisthetiké – perceptível pelos sentidos (agradável e belo).

Alexander Baumgarten (1714-17762): primeiro a utilizar o termo estética: teoria do belo e das suas manifestações através da arte.
Immanuel Kante(1724-1804): estudo das condições e possibildades da percepção pelos sentidos.

Constitui um tipo de conhecer extremo e oposto do conhecimento lógico-matemático, pois se fundamenta na razão para construir um saber.

Seu principal objetivo de investigação é o fenômeno artístico que se traduz na obra de arte.

Na estética contemporânea, é importante salientar duas tendências:
- ontológica-metafísica, que desloca radicalmente a categoria do belo, substituindo-a pela do verdadeiro ou do verídico;
- histórico-sociológica, que estuda a obra de arte entendida fundamentalmente como documento e manifestação do trabalho do homem, analisada no seu próprio âmbito sócio histórico.

Platão, Aristoteles e Plotino – estética estudada junto com a lógica e ética: o belo bom e o verdadeiro formavam uma unidade com a obra (valores morais).

Embora a expressão “estética” tenha uso recente para designar essa área filosófica, ela já era abordada sob outros nomes desde a Antiguidade. Entre os gregos usava-se frequentemente o termo poética (poeisis) – criação, fabricação -, que era aplicado à poesia e a outras artes.
Aos poucos, a estética passou a abranger toda a reflexão filosófica que tem por objeto as artes em geral ou uma arte específica. Engloba tanto o estudo dos objetos artísticos quanto os efeitos que estes provocam no observador, abrangendo os valores artísticos e a questão do gosto.

Contemporaneamente, sob uma perspectiva fenomenológica, não existe mais a ideia de um único valor estético (o belo) a partir do qual julgamos todas as obras de arte. Cada objeto artístico estabelece seu próprio tipo de beleza, ou seja, o tipo de valor pelo qual será julgado. Os objetos artísticos são belos porque são autênticos segundo seu modo de ser singular, sensível, carregando significados que só podem ser percebidos por meio da experiência estética.

Atividades:

1. Definir:
a) O que é estética?
b) O que é belo?
O que é arte?






AULA: NOVA CIÊNCIA E RACIONALISMO – IDADE MODERNA

Idade Moderna – período em que uma nova racionalidade, nova maneira de entender as coisas fincou raízes e se expandiu para a Europa (Século XV ao Século XVIII).

Movimentos que marcaram o início da Idade Moderna:
- Renascimento cultural;
- Reforma Religiosa;
- Descobrimentos marítimos.

Características:
Feudalismo para capitalismo;
Desenvolvimento do absolutismo como doutrina e forma de poder (estados nacionais modernos – França, Portugal, Espanha e Inglaterra);
Mercantilismo como doutrina e conjunto de práticas econômicas;
Grandes navegações e a expansão comercial marítima (descoberta e colonização do novo mundo).
Reforma protestante – rompia com a concepção passiva do ser humano.
Criação de novos métodos de investigação cientifica – desenvolvimento da ciência natural.
Invenção da Imprensa – desenvolvimento do humanismo.
Visão Teocêntrica (Deus como centro) – Antropocêntrica (ser humano como centro).


 Idade Medieval
 Idade Moderna
Fé e dogmas: a igreja defendia verdades absolutas que não podiam ser questionadas e deveria ser aceitas pela fé.
Racionalismo: toda explicação deve ser baseada na ciência e deve ser comprovada pela experiência.
Teocentrismo: Deus como centro das explicações.
 Antropocentrismo: o homem como centro das explicações.
Geocentrismo: a terra como centro do universo. Ela não se movia, portanto a sociedade deveria ser imóvel.
 Heliocentrismo: o sol como centro do universo. Se a terra se movimento, portanto a sociedade  também, pode ser modificada.
 A classe principal era a Nobreza, que possuía terras (feudos) e apoiada pela igreja não aceitava mudanças sociais.
 A classe principal era burguesia, que não tinha terras, mas enriqueceu e queria deixar de ser visto como pobre, queria mudanças sociais.

Atividades:
Explicar:
a) Renascimento;
b) Iluminismo








AULA: PRINCÍPIOS LÓGICOS FUNDAMENTAIS

A ciência das leis necessárias do entendimento e da razão em geral ou, o que é a mesma coisa, da simples forma do pensamento em geral, designamo-la de Lógica – Kant.

- A disciplina filosófica que se dedica ao estudo das leis, princípios e regras a que deve obedecer o pensamento e o discurso é precisamente a lógica.
- no seu sentindo etimológico, ela é a ciência do ‘logos’. O termo ‘logos’ de origem grega, significa: palavra, discurso, pensamento, razão. Como tal, a lógica terá por objeto o pensamento e o discurso, preocupando-se com a sua correção.
- A psicologia ocupa-se do estudo dos mecanismos e processos mentais, a lógica apenas terá em consideração o resultado desses processos: o pensamento como produto, traduzido em enunciados.
- Torna-se pois, necessário obedecer a determinadas regras para a elaboração dos nossos raciocínios, ou argumentos. A lógica permite estabelecer essas regras, de modo a distinguir os raciocínios válidos daqueles que não o são.

Objeto da lógica formal:
Clarificar o nosso pensamento;
Ajudar a evitar erros de raciocínio;
Distinguir os argumentos corretos dos incorretos;
Explicar porque razão esses argumentos são corretos ou incorretos;
Aprender a argumentar corretamente e avaliar argumentos.

Princípios Lógicos (princípios básicos do nosso pensamento)

a)   Principio de Identidade - de acordo com este princípio, se se coloca uma proposição, temos de colocar a mesma proposição, isto é, uma proposição é equivalente a si mesma ( uma coisa é o que ela é).

Ex.: se eu me chamo Catarina, logo chamo-me Catarina ( verdadeiro que A é A).

O que acima de tudo, importa reter relativamente a este princípio é que ele exige que, no decurso de um procedimento argumentativo ou demonstrativo, se mantenha o mesmo significado dos termos e das expressões.

b)   Principio de (não) Contradição – segundo este princípio, é impossível aceitar uma proposição e, ao mesmo tempo, a sua negação. De acordo com Aristóteles, no que se refere à dimensão lógica, dizemos que é impossível que a afirmação e a negação sejam verdadeiras ao mesmo tempo. (Uma coisa é ou não é - não pode ser e não ser ao mesmo tempo).

Ex.: Se é verdade que me chamo Catarina, então é falso que não me chamo Catarina (Falso que A é B e não B ao mesmo tempo).

- Do ponto de vista ontológico, a mesma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo, segundo a mesma perspectiva, ou, então, é impossível que o mesmo atributo pertença e não pertença ao mesmo sujeito, ao mesmo tempo e segundo a mesma relação.

- Eu sou alta e não sou alta (não entro necessariamente em contradição, posso ser alta em relação à kanita e não ser em relação à Mariana: D).

- Possuindo estas dimensões – lógica e ontológica – o princípio de não contradição estrutura a realidade e o nosso pensamento, estando na base das afirmações que produzimos acerca dessa realidade.

c)   Princípio do Terceiro Excluído – de acordo com este princípio, na sua vertente lógica, sendo dada uma proposição, tem de a afirmar ou de a negar. Segundo Aristóteles, de duas proposições contraditórias, uma delas tem de ser verdadeira e não podem ser ambas falsas, ou seja, não é possível que haja qualquer entre enunciados contraditórios. (Uma afirmativa é verdadeira ou a negação dessa afirmativa é verdadeira - Não existe uma terceira afirmativa verdadeira).

Ex.: Ou eu me chamo Catarina ou eu não me chamo Catarina.
- Na sua formulação ontológica, este princípio diz-nos que uma coisa deve ser ou então não ser, não há terceira possibilidade.

A Importância destes Princípios
Estes três princípios são pressupostos de todo o pensamento consistente. Sem eles, nenhuma verdade pode ser concebida. Sendo leis fundamentais, exigem que lhes obedeçamos se queremos o nosso pensamento tenha rigor e coerência. Quando pensamos e quando traduzimos o nosso pensamento em discurso (oral ou escrito), utilizamos estes princípios, os quais determinam todo o nosso exercício racional.
Eles revelam-se no discurso, porque o discurso é a tradução do pensamento. Todavia, para pensar precisamos não só de princípios, como também de instrumentos lógicos – O CONCEITO; O JUÍZO E O RACIOCÍNIO.