quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Em Rondônia a Tecnologia faz a diferença


Atualmente o Brasil conhece uma renovação de infraestruturas territoriais e atividades produtivas que oportuniza a expansão das atividades agrícolas em espaços que, até pouco tempo, eram muito caracterizados por uma agricultura pouco moderna e voltada somente para as demandas internas. O estado de Rondônia conhece esta modernização recente da produção agrícola, e insere nesse contexto, a Amazônia brasileira entre os novos espaços da produção agrícola globalizada.
Fazendo das necessidades corporativas do agronegócio uma verdadeira demanda do território e da região, o governo federal alinhado aos governos estaduais de Rondônia e Amazonas viabilizam o projeto da hidrovia Madeira-Amazonas. A partir do ano de 1998, são iniciadas as operações de escoamento de grãos pelo rio Madeira, com a instalação em Porto Velho de um terminal privativo da Hermasa, empresa de propriedade do Grupo André Maggi, inaugurando um novo corredor de exportação de grãos na região Norte do país.
A concretização dessa nova rota foi de extrema importância para o incremento de várias atividades produtivas, assim como na reestruturação das atividades agrícolas no estado de Rondônia, visto que o território passa a ser mais competitivo no que diz respeito à produção de exportação. Com a implantação do novo corredor de exportação, a produção de grãos se torna viável também em Rondônia, oportunizando o avanço sobretudo do cultivo da soja na porção sul do território, onde as condições naturais favoráveis passam a ser efetivamente exploradas.
Na agricultura, a inserção de insumos e o uso de técnicas modernas são responsáveis pelo constante crescimento e modernização da produção no campo. O emprego racional de fertilizantes, a gestão em tempo real das informações necessárias ao trabalho de adubação dos solos e da atividade de plantio são alguns exemplos da tecnologia empregada no agronegócio em Rondônia.
Na pecuária, um processo de recente de aplicação da ciência na produção, marcado pelo crescente emprego das técnicas modernas de inseminação artificial, melhoramento genético e manejo adequado de pastagens, somado a um conjunto de normas territoriais que garantem competitividade às atividades de industrialização da produção.
São fatores que tornam o estado de Rondônia extremamente competitivo no que diz respeito à produção de carne bovina, conferindo recentemente um aumento extraordinário do abate de animais, tornando o estado o quinto maior produtor de carne do Brasil, produto este que inclusive é destinado ao mercado externo. O uso intenso da técnica, da ciência e da informação, muito presentes nos maquinários agrícolas sofisticados, nas sementes melhoradas e nos fertilizantes, nas técnicas sofisticadas do melhoramento genético vegetal e animal, exemplifica a natureza técnico-científica da produção.
Toda esta modernização das atividades produtivas no campo é muito exigente de informação. As inovações científicas e tecnológicas constituem elemento central ao processo de produção voltada para a acumulação de grandes agentes que, no mais das vezes, trabalham em função de interesses externos. Uma série de modernidades voltadas para esta produção pode facilmente ser observada num conjunto, cada vez mais crescente, de feiras e eventos agropecuários que são realizados anualmente nas cidades em que a produção agropecuária aparece com maior intensidade.

Rondônia de olho em novos mercados mundiais


O Estado de Rondônia está estrategicamente posicionado como um portal de entrada para os demais estados da Amazônia e aos países andinos, favorecendo a expansão das atividades produtivas, a elevação do valor agregado da produção e a intensificação das transações comerciais com grandes centros consumidores do país e do mundo, especialmente, o mercado asiático e países da Amazônia.
Detentor do terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) da Região Norte e 21º do Brasil, o Estado contribui com 0,7% do PIB nacional, com R$ 27,8 bilhões. A agropecuária é a mola-mestra do seu desenvolvimento econômico do estado, que tem a carne bovina como principal produto de exportação. A agricultura, sobretudo o cultivo de soja, é também importante fonte da renda local.
A exportação é a atividade que proporciona a abertura do país ou do estado para o mundo. É uma forma de se confrontar com os demais parceiros e, principalmente, assimilar técnicas e conceitos de administração a que não teria acesso em seu mercado interno.
Rondônia tem como destino de seus produtos não apenas os países vizinhos, mas também os Estados Unidos, África, Rússia, Arábia Saudita, Holanda, China, França, Espanha entre outros. Já a Venezuela, Reino Unido, Hong Kong e Malásia são os quatros principais países que importam produtos de Rondônia
A balança de comércio exterior de Rondônia é, historicamente, superavitária. Atualmente, o principal produto exportado é a carne bovina, respondendo em média por 51,2% das exportações. O principal comprador de nossos produtos é a Venezuela, sendo que, em 2013, os principais produtos exportados para o país foram carnes, miudezas e comestíveis.

Rondônia no caminho do agronegócio


A partir da última década do século XX, vários processos de modernização do território brasileiro foram capazes de inserir conhecimentos técnicos que possibilitaram o surgimento de novos espaços em que atividades agrícolas modernas são realizadas, sobretudo cultivos especialmente voltados para o mercado externo.
O Brasil moderno que estava atrelado ao Sudeste e Sul, a partir da década de 1990 passa conhecer outros espaços agrícolas. A Amazônia passa a ser integrada nesse processo de modernização no campo voltado exclusivamente a exportação.
A agricultura moderna praticada no estado de Rondônia exemplifica este processo, especialmente no que se refere ao cultivo da soja, voltado para o mercado externo e muito pautado no uso intensivo de ciência e de informação. O crescimento do cultivo de soja em Rondônia é recente, ocorrendo sobretudo como resultado da viabilização do transporte de cargas na hidrovia Madeira-Amazonas.
O estado de Rondônia, que até a década de oitenta tinha na exploração madeireira, na pecuária extensiva e na mineração as suas principais atividades econômicas, tem conhecido atualmente, um crescimento significativo da produção de soja, reproduzindo assim práticas análogas ao front da agricultura moderna de exportação que circunda a Amazônia Legal.
O aumento gradativo da produção sojícola no cone sul de Rondônia resulta sobremaneira da vinda de produtores que atuavam no Mato Grosso e que, em busca de novas terras para o cultivo, acabaram por promover a transformação da produção agropecuária local baseada no cultivo do arroz e na pecuária de corte, atraída pelos bons resultados dos experimentos com a soja.


                                     Produtividade da soja em Rondônia (2001-2008)
Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal, 2007. O dado de 2008 é da
SEAPES-RO, disponível em http://www.seapes.ro.gov.br/Imprensa/06_08/060801.htm,
Acesso em novembro de 2008. Organizado pelo autor.

A inserção de insumos e o uso de técnicas modernas são responsáveis pelo constante crescimento e modernização da produção. O emprego otimizado de fertilizantes, maquinários e a gestão em tempo real das informações necessárias ao trabalho de adubação dos solos e da atividade de plantio são alguns exemplos da tecnologia empregada no agronegócio da soja em Rondônia.



Amazônia e as mudanças globais


Vivemos uma mudança global, que afeta todos os lugares do mundo, essas transformações afetam até os lugares mais distantes dos grandes centros mundiais, por exemplo, os moradores de comunidades tradicionais que ainda não convivem com o processo de urbanização, sofrem pelas mudanças do aquecimento global, mesmo que de forma imperceptível por eles.
Dos muitos fatores intervenientes na dinâmica natural, alguns processos são visíveis na Amazônia, entre os quais, o avanço do capital na agricultura, sobretudo, no agronegócio. A expansão da produção de soja envolve tanto as transformações técnicas do território, como possibilita a inserção de novas relações no campo e nas cidades, cujo destaque centra-se na nova fase de expansão agrícola.
Diante de tais desafios a Amazônia começa a se integrar no processo da economia global com uma produção cada vez mais agressiva na agricultura, pecuária tropical, tecnologia florestal, piscicultura, química de produtos naturais, microbiologia de solos e de águas, com a imensidade de microrganismos a descobrir para colocá-los a serviço dos homens, etc.
Em todos os contextos, se faz necessário ater-se uma espécie de critério que propicie a outras pessoas do planeta utilizar os recursos da floresta desde que haja uma contrapartida para os brasileiros, amenizando, dessa forma, os impactos da globalização, sendo contrário ao uso desse discurso, para que se viole a soberania nacional sem haver nenhum benefício para país. O que se deve ter em mente é que a relação globalização e a Amazônia já é presente, mas ela será o que fizermos dela e entre o que é e o que pode ser, vai a margem de flexibilização, de alternativa e liberdade.

Rondônia e a globalização


Como você percebe a sensação atual é que passamos por um período com intensas transformações em todas as esferas da vida social. São movimento produzidos pela dinâmica societária global, pelos avanços conseguidos no conhecimento científico, pelo desenvolvimento de tecnologias e pela expansão do comércio em escala global.
A Globalização é um processo de integração econômica, cultural, social e política. Esse fenômeno é gerado pela necessidade do capitalismo de conquistar novos mercados, principalmente se o mercado atual estiver saturado. A intensificação da globalização aconteceu na década de 70, e ganha grande velocidade na década de 80. Um dos motivos para essa aceleração é o desenvolvimento de novas tecnologias, como por exemplo, no ramo da comunicação.
processo de globalização é a forma como os mercados de diferentes países interagem e aproximam pessoas e mercadorias. A quebra de fronteiras gerou uma expansão capitalista onde foi possível realizar transações financeiras e expandir os negócios, até então restritos ao mercado interno, para mercados distantes e emergentes. No entanto, as transformações e as novidades tecnológicas são apropriadas de forma desigual, gerando a ampliação do fosso social mundial, sendo neste período cada vez mais qualitativo, isto é, de acesso ao conhecimento.
Milton Santos, famoso geógrafo brasileiro, ao fazer críticas ao cenário mundial atual sugeriu uma globalização solidária, que fosse centrada em valores que não fossem ligados à hegemonia. Ele mencionou seus aspectos econômicos, e analisou o papel desempenhado pelas empresas na internacionalização do capital, e também os fluxos financeiros e o impacto que estes causam na cultura local.