Atualmente
o Brasil conhece uma renovação de infraestruturas territoriais e
atividades produtivas que oportuniza a expansão das atividades
agrícolas em espaços que, até pouco tempo, eram muito
caracterizados por uma agricultura pouco moderna e voltada somente
para as demandas internas. O estado de Rondônia conhece esta
modernização recente da produção agrícola, e insere nesse
contexto, a Amazônia brasileira entre os novos espaços da produção
agrícola globalizada.
Fazendo
das necessidades corporativas do agronegócio uma verdadeira demanda
do território e da região, o governo federal alinhado aos governos
estaduais de Rondônia e Amazonas viabilizam o projeto da hidrovia
Madeira-Amazonas. A partir do ano de 1998, são iniciadas as
operações de escoamento de grãos pelo rio Madeira, com a
instalação em Porto Velho de um terminal privativo da Hermasa,
empresa de propriedade do Grupo André Maggi, inaugurando um novo
corredor de exportação de grãos na região Norte do país.
A
concretização dessa nova rota foi de extrema importância para o
incremento de várias atividades produtivas, assim como na
reestruturação das atividades agrícolas no estado de Rondônia,
visto que o território passa a ser mais competitivo no que diz
respeito à produção de exportação. Com a implantação do novo
corredor de exportação, a produção de grãos se torna viável
também em Rondônia, oportunizando o avanço sobretudo do cultivo da
soja na porção sul do território, onde as condições naturais
favoráveis passam a ser efetivamente exploradas.
Na
agricultura, a inserção de insumos e o uso de técnicas modernas
são responsáveis pelo constante crescimento e modernização da
produção no campo. O emprego racional de fertilizantes, a gestão
em tempo real das informações necessárias ao trabalho de adubação
dos solos e da atividade de plantio são alguns exemplos da
tecnologia empregada no agronegócio em Rondônia.
Na
pecuária, um processo de recente de aplicação da ciência na
produção, marcado pelo crescente emprego das técnicas modernas de
inseminação artificial, melhoramento genético e manejo adequado de
pastagens, somado a um conjunto de normas territoriais que garantem
competitividade às atividades de industrialização da produção.
São
fatores que tornam o estado de Rondônia extremamente competitivo no
que diz respeito à produção de carne bovina, conferindo
recentemente um aumento extraordinário do abate de animais, tornando
o estado o quinto maior produtor de carne do Brasil, produto este que
inclusive é destinado ao mercado externo. O uso intenso da técnica,
da ciência e da informação, muito presentes nos maquinários
agrícolas sofisticados, nas sementes melhoradas e nos fertilizantes,
nas técnicas sofisticadas do melhoramento genético vegetal e
animal, exemplifica a natureza técnico-científica da produção.
Toda
esta modernização das atividades produtivas no campo é muito
exigente de informação. As inovações científicas e tecnológicas
constituem elemento central ao processo de produção voltada para a
acumulação de grandes agentes que, no mais das vezes, trabalham em
função de interesses externos. Uma série de modernidades voltadas
para esta produção pode facilmente ser observada num conjunto, cada
vez mais crescente, de feiras e eventos agropecuários que são
realizados anualmente nas cidades em que a produção agropecuária
aparece com maior intensidade.