PIB
per capita é o produto interno bruto, dividido pela quantidade de
habitantes residentes de um país. É um indicador muito utilizado na
macroeconomia, e tem como objetivo a economia de um país, estado ou
região.
A cada ano esse número é oficialmente encaminhado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE ao Tribunal de Contas
da União (TCU) para servir de base como um dos indicadores de
repasse do Fundo de Participação dos Municípios das capitais e do
Distrito Federal.
Em
Rondônia, o produto Interno Bruto Per Capita 2012 foi de R$
18.466,00 (Dezoito mil e quatrocentos e sessenta e seis reais), com
um crescimento de 4,6% comparado ao ano anterior.
Ranking
do PIB Per Capita das Unidades da Federação, em relação ao Brasil
e suas regiões – 2011-2012
Discriminação
|
2011
|
2012
|
||||
PIB
per capta (R$ 1,00)
|
Ranking
|
PIB
per capta (R$ 1,00)
|
Ranking
|
|||
Brasil
|
Região
|
Brasil
|
Região
|
|||
Brasil
|
21.536
|
-
|
-
|
22.646
|
-
|
-
|
Região
Norte
|
13.888
|
-
|
-
|
14.179
|
-
|
-
|
Rondônia
|
17.659
|
13º
|
2º
|
18.466
|
12º
|
1º
|
Acre
|
11.783
|
18º
|
6º
|
12.690
|
19º
|
6º
|
Amazonas
|
18.244
|
12º
|
1º
|
17.856
|
13º
|
2º
|
Roraima
|
15.106
|
14º
|
3º
|
15.577
|
14º
|
3º
|
Pará
|
11.494
|
20º
|
7º
|
11.679
|
22º
|
7º
|
Amapá
|
13.105
|
15º
|
4º
|
14.915
|
15º
|
4º
|
Tocantins
|
12.891
|
16º
|
5º
|
13.776
|
16º
|
5º
|
Região
Nordeste
|
10.380
|
-
|
-
|
11.045
|
-
|
-
|
Maranhão
|
7.853
|
26º
|
8º
|
8.790
|
26º
|
8º
|
Piauí
|
7.853
|
27º
|
9º
|
8.138
|
27º
|
9º
|
Ceará
|
10.314
|
23º
|
5º
|
10.473
|
23º
|
5º
|
Rio
Grande do Norte
|
11.287
|
22º
|
4º
|
12.249
|
20º
|
3º
|
Paraíba
|
9.349
|
24º
|
6º
|
10.152
|
24º
|
6º
|
Pernambuco
|
11.776
|
19º
|
2º
|
13.138
|
18º
|
2º
|
Alagoas
|
9.079
|
25º
|
7º
|
9.333
|
25º
|
7º
|
Sergipe
|
12.536
|
17º
|
1º
|
13.181
|
17º
|
1º
|
Bahia
|
11.340
|
21º
|
3º
|
11.832
|
21º
|
4º
|
Região
Sudeste
|
28.358
|
-
|
-
|
29.718
|
-
|
-
|
Minas
Gerais
|
19.537
|
10º
|
4º
|
20.325
|
10º
|
4º
|
Espirito
Santo
|
27.542
|
4º
|
3º
|
29.996
|
4º
|
3º
|
Rio
de Janeiro
|
28.696
|
3º
|
2º
|
31.065
|
3º
|
2ºº
|
São
Paulo
|
32.449
|
2º
|
1º
|
33.624
|
2º
|
1º
|
Região
Sul
|
24.383
|
-
|
-
|
25.634
|
-
|
-
|
Paraná
|
22.770
|
8º
|
3º
|
24.195
|
8º
|
3º
|
Santa
Catarina
|
26.761
|
5º
|
1º
|
27.772
|
5º
|
1º
|
Rio
Grande do Sul
|
24.563
|
6º
|
2º
|
25.779
|
7º
|
2º
|
Região
Centro Oeste
|
27.830
|
-
|
-
|
29.844
|
-
|
-
|
Mato
Grosso do Sul
|
19.875
|
9º
|
3º
|
21.744
|
9º
|
3º
|
Mato
Grosso
|
23.218
|
7º
|
2º
|
25.946
|
6º
|
2º
|
Goiás
|
18.299
|
11º
|
4º
|
20.134
|
11º
|
4º
|
Distrito
Federal
|
63.020
|
1º
|
1º
|
64.653
|
1º
|
1º
|
Dados
preliminares
Agricultura
Com
uma agricultura forte alicerçada em pequenas e médias propriedades
rurais, o Estado de Rondônia desponta no cenário nacional na
produção de milho, soja, arroz, peixes e outros gêneros de
primeira necessidade. O Estado exporta carne para mais de 30 países,
e recentemente recebeu certificado do Ministério da Agricultura para
comercializar este produto com os Estados Unidos.
A
história remonta a década
de 1970,
quando estado atraiu agricultores do centro-sul do país, estimulados
pelos projetos de colonização e reforma agrária do governo federal
e da disponibilidade de terras férteis e baratas. O desenvolvimento
das atividades agrícolas trouxe uma série de problemas ambientais e
conflitos fundiários.
Por
outro lado, transformou a área em uma das principais fronteiras
agrícolas do país e uma das regiões mais prósperas e produtivas
da região norte. O estado destaca-se também na produção de café,
cacau,
feijão,
milho,
soja,
arroz
e mandioca.
Até mesmo a uva,
fruta pouco comum em regiões com temperaturas elevadas, é produzida
em Rondônia, mais precisamente no sul do Estado.
Apesar de apresentar um volume de produção crescente ao longo dos anos e do território pequeno para os padrões da região (7 vezes menor que o Amazonas e 6 vezes menor que o Pará), Rondônia ainda possui mais de 60% de seu território totalmente preservado, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, tendo alcançado uma redução de 72% nos índices de desmatamento entre 2004 e 2008.
Principais
produtos agrícolas
Os
mais recentes dados relativos aos principais produtos agrícolas
produzidos em Rondônia estão condensados no quadro abaixo:
Produção
e taxa de crescimento (%) da produção das principais lavouras
Rondônia – 2010-2012
Produtos
|
Produção
|
Taxa
de crescimento
|
|||
2010
|
2011
|
2012
|
2011/2010
|
2012/2011
|
|
Arroz
(em casca) (t)
|
164.701
|
168.956
|
239.082
|
2,58
|
41,51
|
Cana-de-açúcar
(t)
|
233.527
|
218.975
|
221.870
|
-6,23
|
1,32
|
Feijão
(em grão) (t)
|
8.747
|
35.563
|
37.685
|
306,57
|
5,97
|
Mandioca
(t)
|
505.004
|
513.515
|
472.207
|
1,69
|
-8,04
|
Milho
(em grão) (t)
|
365.980
|
340.045
|
534.423
|
-7,09
|
57,16
|
Soja
(em grão) (t)
|
385.388
|
419.522
|
470.485
|
8,86
|
12,15
|
Banana
(cacho) (t)
|
53.037
|
53.965
|
59.151
|
1,75
|
9,61
|
Cacau
(em amêndoa) (t)
|
17.486
|
15.770
|
16.314
|
-9,81
|
3,45
|
Café
(em grão) Total (t)
|
141.160
|
88.119
|
85.444
|
-37,58
|
-3,04
|
Coco-da-baía
(Mil frutos)
|
1.550
|
90
|
913
|
-94,19
|
914,44
|
Arroz
(em casca) (t)
|
164.701
|
168.956
|
239.082
|
2,58
|
41,51
|
Fonte:
SEPOG-RO/IBGE. Produção Agrícola Municipal
Observa-se
que há um volume significativa de milho, soja, mandioca e uma taxa
de crescimento expressiva da produção de feijão nos últimos anos.
A produção de soja é integralmente comercializada para fora do
estado. A agricultura de Rondônia, entretanto, ainda não satisfaz
adequadamente seu consumo interno em alguns produtos, além de sofrer
algumas outras restrições que limitam seu poder de competitividade
com a produção do Centro Sul brasileiro.
Para
melhor compreensão da performance da agricultura rondoniense, em
relação ao contexto nacional e às suas possibilidades, pode-se
visualizar o rendimento das principais culturas por meio do quadro
abaixo:
Média
da produção agrícola por hectare.
Produto
|
Brasil
|
Média
Máxima
|
UF
|
Rondônia
|
Arroz
|
2.414
|
4.828
|
RS
|
1.751
|
Feijão
|
614
|
1.673
|
DF
|
582
|
Mandioca
|
12.769
|
23.136
|
SP
|
17.112
|
Milho
|
2.497
|
4.122
|
DF
|
1.840
|
Soja
|
2.162
|
2.482
|
MT
|
2.246
|
Cacau
|
447
|
596
|
PA
|
451
|
Café
|
1.124
|
1.529
|
RJ
|
1.211
|
Fonte:
IBGE
– Anuários Estatísticos, em kg por hectare.
Outro
aspecto da produção é considerá-la enquanto culturas anuais ou
permanentes relativamente às áreas colhidas e ao rendimento que
oferecem. Cabe ressaltar ainda a supremacia das culturas permanentes
sobre as anuais, não só no que concerne aos quantitativos como
também relativamente aos percentuais de rendimento. Sintetizando,
pode-se afirmar que:
-
Rondônia é grande produtor de arroz, chegando a produzir 126.7 mil toneladas na safra 2014/2015, gerando inclusive excedente para exportação. No entanto, parte do arroz consumido vem de outros estados, em função da qualidade.
-
A soja foi introduzida no Estado pelo chamado Centro-Sul, região de Vilhena e Arredores, onde encontra tipo de solo apropriado à mecanização que esta lavoura exige. Levantamento da CONAB, safra 2014/2015 mostra que a produção chegou a 738,9 mil toneladas e tende a aumentar considerando a consolidação do corredor de exportação de grãos, por meio do porto graneleiro de Porto Velho.
-
Segundo maior produtor de café conilon do País, o Estado de Rondônia obtém produção significativa a cada ano. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab, em 2015 produziu aproximadamente 1.856,8 milhão de sacas, superando o resultado do ano anterior em 379,5 mil sacas.
-
Quanto ao milho, levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), safra 2015/2016, foi de 663,7 mil toneladas
-
O feijão é totalmente comercializado no prazo máximo de sessenta dias após a colheita sendo uma parte exportado para vários estados brasileiros. Na entressafra o feijão tem de ser importado para suprir o abastecimento interno.
Fruticultura
A
fruticultura rondoniense ainda é pouco expressiva. A
industrialização cresce, mas a maioria das frutas ainda são
vendidas in
natura.
A produção está concentrada ao norte e no centro do Estado,
principalmente nos municípios de Porto Velho, Cujubim, Buritis;
Cacoal; Ariquemes; Guajará-Mirim; Seringueiras; Presidente Médici;
Novo Horizonte; Pimenta Bueno; Espigão do Oeste; Rolim de Moura;
Itapuã do Oeste e Ji-Paraná.
O
abacaxi é a fruta mais produzida do Estado, seguida da banana,
cupuaçu; coco; maracujá; melancia; laranja; açaí; pupunha e
mamão. A fruticultura é um seguimento que tende a crescer com o
incremento de pesquisas e novas tecnologias.
Outro
fator importante para desenvolver a fruticultura no Estado é a
assistência técnica eficiente, uma vez que o segmento, em grande
parte é desenvolvido por agricultores familiares.
As
boas condições ambientais de clima e solo e a crescente demanda por
frutas da região Amazônica, credenciam a fruticultura como
atividade econômica de elevado potencial para exploração agrícola
em Rondônia, principalmente as fruteiras consideradas perenes.
Atualmente já existem em Rondônia significativos pólos de plantios
e produção de cupuaçu (Porto Velho), pupunha (Nova Califórnia),
laranja (Rolim de Moura e Espigão do Oeste), castanha (Guajará-Mirim
e Extrema), e a banana que é cultivada praticamente em todo o
estado.
Todavia,
a expansão da fruticultura em Rondônia, precisa vir acompanhada de
incentivos para a implantação de agroindústrias, de modo a agregar
valor às frutas, evitar desperdícios, e abrir perspectivas de
colocação dos produtos da fruticultura em outros grandes centros
consumidores do país e até mesmo do exterior.
Outras
culturas agrícolas
A
oferta atual de legumes e verduras de Rondônia é incipiente, sendo
o Estado importador desses produtos. Contudo, recentes experiências
bem-sucedidas com a “plasticultura”, que começa a se difundir em
todos os municípios do Estado, é de se prever que a cultura de
legumes e verduras possa vir a ter um importante papel no quadro
produtivo, substituindo importações e até mesmo gerando
excedentes.
A
plasticultura advém da necessidade de produção de gêneros
agrícolas de qualidade, com garantia de abastecimento regular e
redução da sazonalidade, com geração de renda, geração de
empregos e fixação do homem no meio rural e sustentabilidade
econômica e ambiental através da exploração intensiva de áreas
cultiváveis especificamente em hortaliças, flores e frutas.
Piscicultura
As
primeiras referências da atividade de piscicultura no Estado
aconteceram por iniciativa da Empresa Estadual de Assistência
Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia – EMATER-RO na
década de 1980. Cerca de trinta anos depois Rondônia se tornou um
dos principais criadores de peixe, destacando-se como o maior
produtor de peixes redondos da região norte, e encontra-se na
vanguarda da produção da espécie pirarucu (Arapaima
gigas).
Uma
das peculiaridades do crescimento da piscicultura no Estado é a
participação decisiva da agricultura familiar neste quadro. Essa
evolução se deve ao conjunto de inúmeros fatores:
-
Aspectos físicos como disponibilidade de recursos hídricos, temperatura, etc.,
-
Opção por espécies nativas, como o tambaqui, que possui bom desempenho zootécnico e tecnologia de produção conhecida;
-
Mercado em expansão, pronto para ser ocupado não só pela diminuição da oferta de pescado oriundo da pesca artesanal, mas pelo aumento do consumo per capta, tendência mundial até o incentivo do governo por meio de políticas públicas, somados ao interesse dos agricultores familiares pela atividade como alternativa de uso do solo e renda, potencializada pela assistência técnica que promove o desenvolvimento da atividade.
Em
Rondônia a piscicultura é caracterizada pela produção de peixes
em regime semintensivo de criação. Esse aumento expressivo na
produção, reflexo direto tanto do aumento da área alagada como da
produtividade, como previsto em qualquer produção que apresenta
crescimento acelerado, vem acompanhado de questões sanitárias.
Questões que encontram na adoção de Boas Práticas de Manejo –
BPM, o caminho para a produção de peixes com condições de
sanidade animal que atendam às expectativas do mercado consumidor,
cada vez mais exigente
Pecuária
Atualmente,
o estado possui um rebanho bovino de 11.709.614 de cabeças de gado,
dos quais 8.107.541 com finalidade de corte e 3.622.073 com
finalidade leiteira, sendo o 8º maior do país. Em 2008, Rondônia
foi o 5º maior exportador de carne bovina do país, de acordo com
dados da Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos),
superando estados tradicionais, como Minas
Gerais,
Rio
Grande do Sul,
Paraná
e Santa
Catarina.
Rondônia
é líder em produtividade no setor agropecuário leiteiro nacional.
De acordo com dados da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa), de 2009,
o Estado é responsável pela produção anual de 747 milhões de
litros de leite, o que resulta em uma média de 487 litros por
habitante por ano, totalizando 1,4 milhão por ano.
A
pecuária foi à atividade do setor primário que mais se expandiu
nos últimos anos no Estado, especialmente a bovina, que hoje se
apresenta como plenamente capaz de satisfazer o consumo interno e
ainda oferecer excedentes exportáveis. A pecuária de corte possui
nível tecnológico mais elevado que a pecuária de leite e tem
evoluído mais rapidamente junto com a expansão das áreas de
pastagens, contra uma estagnação, até mesmo redução de áreas de
lavoura.
A
pecuária de leite se desenvolveu mais nas áreas de pequenas e
médias propriedades, como fator de agregação de renda aos
agricultores tradicionais e se caracteriza pelo seu baixo nível
tecnológico e baixa produtividade. No entanto, a grande quantidade
de leite produzida no estado tem provocado a expansão da indústria
de laticínio.
Produção
de carne bovina
Em
decorrência da expansão da pecuária em Rondônia, em particular do
rebanho bovino, a produção de carne de gado já atingiu patamares
de autossuficiência e os frigoríficos em operação se voltaram
para a exportação, sendo São Paulo e Manaus os principais mercados
compradores.
Estes
produtos, por sua importância relativa na pauta de produtos
exportados por Rondônia, merecem uma análise mais detalhada de sua
oferta, por se apresentarem como os de maior potencial de resposta
imediata ao atendimento de eventuais demandas de comercialização
externa.
A
indústria de abate de bovinos em Rondônia é constituída por 06
(seis) frigoríficos localizados em Porto Velho, Ariquemes, Cacoal,
Ji-Paraná, Rolim de Moura e Vilhena. Todos se encontram
regularizados junto ao Serviço de Inspeção Federal - SIF e,
portanto, aptos a comercializarem com outros estados e exportar para
outros países. Estão entrando em funcionamento mais dois outros,
localizados nos municípios de Candeias e Jaru.
Extrativismo
mineral
O
extrativismo mineral com exceção da madeira e da extração de
cassiterita em Bom Futuro o extrativismo – que marcou toda a
história de Rondônia – perdeu nos dias de hoje qualquer sentido
verdadeiramente econômico. Borracha, castanha do
Pará,
pau rosa, ipeca, copaíba, ouro, que foram todos itens importantes na
pauta de exportações de Rondônia até há algumas décadas atrás,
representam pouco atualmente.
A
garimpagem de cassiterita na jazida de Bom Futuro deu origem a
pequenas empresas mineradoras que utilizam processos mecanizados e
que mantém atividade produtiva. Contudo, a exploração das jazidas
de Pitinga/AM, aumentando a oferta do produto, somando-se à queda
dos preços internacionais, constituem os principais fatores
responsáveis pela drástica redução da atividade extrativa mineral
no estado, por parte das grandes empresas mineradoras.
A
extração de ouro, que já teve grande importância, é hoje
totalmente insignificante.
A
exploração de minerais não metálicos, tipo areia, argila e
cascalho, é feita em grande parte pela economia informal, tendo
significativa importância social. Há importante ocorrência de
rochas graníticas com elevado valor de mercado, para uso na
construção civil. A mineração de calcário dolomítico, em
Pimenta Bueno, com capacidade para 50.000 ton/ano, representa um
importante insumo agrícola na correção da acidez do solo,
característica predominante em grandes áreas da Amazônia.
Granito
e pedras ornamentais
Embora
o potencial das jazidas de granito do estado não esteja
perfeitamente dimensionado, a ocorrência desse minério em vários
municípios como Ariquemes, Jaru, Ouro Preto e Ji-Paraná, além de
outros, permite afirmar que o suprimento dessa matéria prima para a
indústria está assegurado por muitas décadas. Por outro lado, o
granito encontrado em Rondônia em forma bruta é de excelente
qualidade, apresentando várias tonalidades e, por conseguinte,
atendendo a exigência de diversos mercados.
Estudos
preliminares de composição de custos de produção sinalizam uma
redução do preço final do produto por volta de 30%, se cotejado
com similares oriundos de outros estados. Constata-se que ainda
existe espaço para novos investimentos no setor, dada a quantidade,
qualidade e diversificação dos tipos de matérias-primas existentes
no estado.
Indústria
madeireira
A
indústria madeireira em Rondônia, devido ao seu caráter pioneiro,
típico das novas áreas de ocupação e de colonização, assumiu um
papel histórico, uma vez que contribuiu, ao lado das atividades
extrativas minerais e agropecuárias, para a formação e o
desenvolvimento de muitos municípios.
Entretanto,
as pressões internacionais sobre a ocupação da Amazônia e os
modelos adotados para a exploração dos recursos naturais, além das
alterações ocorridas na legislação ambiental brasileira, foram
fatores que exerceram influências marcadamente restritivas à
manutenção das atividades madeireiras na região.
Todavia
essa atividade ainda é muito significativa para a economia do
Estado, por ser grande empregadora de mão-de-obra e importante
geradora de renda e tributos. Em decorrência das dificuldades
vivenciadas, o setor foi induzido a buscar outras alternativas de
exploração das madeiras denominadas "brancas", abundantes
em todo o Estado, principalmente na produção de laminados e
compensados. Tal fato se constituiu em importante evolução para o
setor pela verticalização e diversificação da produção e pela
introdução de novas tecnologias, possibilitando a instalação de
algumas grandes empresas que, individualmente, empregam até 500
operários.
Produção
de energia
Além
de contar com a Usina
Hidrelétrica de Samuel,
localizada no município de Candeias
do Jamari,
construída nos anos
80
para atender à demanda energética dos estados de Rondônia e Acre,
bem como diversas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), foi
construída no Rio
Madeira,
as usinas hidrelétricas de Santo
Antônio
e Jirau,
que juntas apresentam uma capacidade instalada de 6.450 MW.
As
usinas são apontadas pelos especialistas da área como uma solução
para os problemas de racionamento de energia do país. Apesar da
polêmica criada em torno das obras por parte de ambientalistas e
organizações não-governamentais, serão as primeiras da Amazônia
a utilizar o sistema de turbinas tipo "bulbo", o que não
requer grandes volumes de água, uma vez que as mesmas são acionadas
pela correnteza do rio e não pela queda d'água
Turismo
Na
área turística, Rondônia tem um grande potencial a ser explorado.
Apresenta uma diversidade única e cenários encantadores, tais como
floresta tropical, cerrado, campos naturais, serras, planícies e
pantanais, além de rios com belas cachoeiras, corredeiras e praias.
De
acordo com a Superintendência Estadual de Turismo - SETUR/RO,
destacam-se em no Estado o Turismo Cultural e de Negócios, que nos
últimos anos vem atraindo turistas interessados em conhecer a rica
história da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e a arquitetura
clássica do Mercado Cultural bem como os passeios em barcos que os
levam até a monumental Usina Hidrelétrica de Santo Antônio.
A
capital Porto Velho tem, ainda, vários memoriais e museus, dentre os
principais: Museu Internacional do Presépio (Comunidade São Thiago
Maior), Museu da Geologia (Palácio Presidente Vargas), Memorial
Jorge Teixeira, Ladeira Comendador Centeno e Prédio do Relógio. As
festas mais tradicionais da cidade refletem bem a cultura local, são
elas: “Arraial Flor do Maracujá” e o Carnaval de Porto Velho com
a tradicional “Banda do Vai Quem Quer”. A cidade também dispõe
de toda a infraestrutura, com aeroporto internacional e acesso
rodoviário através da BR-364 o que possibilita fácil acesso.
Destaca-se
também o turismo ecológico e histórico na cidade de
Guajará-Mirim, conhecida como Pérola do Mamoré que dispõe de uma
área de conservação que engloba mais de 93% de seu território,
oferecendo aos seus visitantes: gastronomia regional, artesanato,
ecoturismo, folclore turismo histórico além do famoso Duelo da
Fronteira, disputa dos “bois” Malhadinho e Flor do Campo, cheios
de simbolismos, ritmos e adereços que emocionam o público.
Outra
cidade que se destaca na área turística é Ouro Preto d’Oeste que
conta com uma excelente infraestrutura hoteleira e atrativos como o
Morro Chico Mendes, aonde são realizados saltos de Parapente
e Voo-livre e a prática de Trike drift. Outra experiência que
se pode encontrar na cidade é o Turismo Agroambiental no Vale das
Cachoeiras na tríplice-fronteira (Ouro Preto, Teixeiropólis e Nova
União).
Para
os adeptos do turismo ecológico, Rondônia apresenta o Santuário do
Vale do Guaporé que vai de Vilhena, passando por Costa Marques e
Porto Rolim região
com uma curiosidade interessante por ser a única do estado com três
Biomas: Pantanal, Amazônia e Cerrado. Na cidade de Costa Marques se
pode encontrar uma das maiores relíquias do Brasil: O Real Forte
Príncipe da Beira, sendo a maior edificação de Portugal feita fora
do território português, construído em 1776, para marcar os
limites entre o Brasil e a Bolívia.