quarta-feira, 25 de julho de 2012

EDUCAÇÃO NA COMUNIDADE KARITIANA

Em visita à Terra Indígena Karitiana, no dia 10 de julho de 2012, tive a oportunidade de conhecer um pouco sobre a realidade das Escolas Kiowã (Ensino Médio), Jo Mit O’minim (Ensino Fundamental) e Aldeia Bom Samaritano.
Na Aldeia Bom Samaritano o Cacique Orlando Karitiana fez reivindicações sobre a criação de uma escola para atendimento aos alunos do Ensino Fundamental. Orlando Karitiana explicou que uma escola na comunidade é importante para além da leitura e da escrita. A escola proporcionará aos mais jovens através do conhecimento, a manutenção dos costumes e das tradições do seu povo.
O professor Elizeu Coordenador do Núcleo Estadual de Educação Escolar Indígena explicou as condições para a criação de uma escola e afirmou está de acordo com a solicitação da comunidade, uma vez que este é um direito fundamental garantido por lei a todos os cidadãos. O professor Osmair esclareceu dizendo que o primeiro passo para desencadear o processo de criação de uma escola é a solicitação da comunidade que deverá ser encaminhada à Secretaria de Estado da Educação com ata assinada e relação de alunos informando a série dos mesmos.
Na Aldeia Central, onde funciona a Escola Kiowã, para atendimento aos alunos do Ensino Médio, foi realizado uma reunião onde estavam presentes os professores: Eduardo, Alécio, Marcia, Aline e João Karitiana. Após a apresentação da equipe feita pelo professor Elizeu (coordenador), o professor Osmair explicou o objetivo da visita.
Disse que está retornando a Coordenação de Educação Escolar Indígena da CRE/SEDUC, disposto a fazer o possível para desempenhar o trabalho da melhor forma. Para isso é necessário o compromisso de todos. Assim como a equipe da coordenação os professores precisam também desenvolver o trabalho docente com muita disposição.
Citou a importância do cumprimento do calendário escolar, do registro das aulas no diário de classe, do encaminhamento das notas bimestrais e do controle da freqüência, entre outros projetos a serem desenvolvidos na escola.
Falaram sobre a falta dos professores de Matemática e de Educação Física. Elizeu explicou sobre a realização do concurso público para professores e pessoal de apoio para as escolas indígenas.
A Escola Jô Mit Ominim conta com dois professores que lecionam do primeiro ao quinto ano. No momento da visita ambos se encontravam em sala de aula. Os professores citaram as necessidades da escola como: materiais pedagógicos, alimentação escolar e construção de uma escola. Mostraram a precariedade do local onde trabalham dizendo que o telhado construído de palha necessita ser refeito, pois quando começarem as chuvas o mesmo não a conterá. Solicitaram telha para a cobertura da escola que também não tem piso.
Na comunidade há uma demanda de três alunos que estudam no sexto ano. No momento a professora Michelle estava lecionando para os mesmos.
Após os devidos conhecimentos da realidade das escolas e ter ouvido os professores retornamos a Porto Velho com o intuito de buscar a resolução dos problemas detectados nas unidades educacionais visitadas.