O processo histórico de ocupação da área hoje
denominada estado de Rondônia remonta o período colonial, onde nos fins do
século XVII se encontravam algumas missões jesuíticas e em princípios do século
XVIII. Quando se descobriu ouro na região de Cuiabá, despertando a atenção dos
portugueses, iniciando a penetração de bandeiras pelo vale do Guaporé. No
século XVIII, a região recebeu uma leva de colonizadores em busca de suas
jazias de ouro, surgindo daí os primeiros núcleos habitacionais, como Pouso
Alegre e Casa Redonda.
As picadas abertas por Rondon, fez com que
povoadores originários de Mato Grosso, na década de 1920 e 1940 se fixassem nos
aglomerados existentes Pimenta Bueno e Vilhena, originários dos postos
telégrafos. Mais tarde, diante da queda do preço da borracha no comércio
mundial, uma forma de evitar o exodo rural e, mesmo timidamente desenvolver a
agricultura, foi a criação de colônias agrícolas pelo governo do território.
Nesse momento, além da colônia do IATA, em
Guajará Mirim, foram criadas nas proximidades de Porto Velho, em 948 a colônia
de Candeias, a NIPO-BRASILEIA e a treze de setembro, em 1954, e a Paulo Leal em
1959. Entre a capital do território, Porto Velho e a vila de Calama e surgiu
espontaneamente a colina agrícola do BEIRADÃO.
Dentre as colônias existentes até o final da
década de 1960, além das já citadas, havia ainda: Areia Branca, próxima à
cidade de Porto Velho; a de Periquitos, entre Iata e Abunã. De modo geral, os
migrantes plantavam arroz, milho, feijão e mandioca para a fabricação de
farinha com a produção desses adquirida por intermediários que forneciam a
sacaria e era vendida nas feiras de Porto Velho e Guajará-Mirim.
A partir de 1970 as
nomenclaturas adotadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
- INCRA para os projetos de colonização em Rondônia foram: Projetos Integrados
de Colonização – PIC e Projetos de Assentamentos Dirigido – PAD. No Projeto
Integrado de Colonização, o Governo Federal através do INCRA assume a
responsabilidade da distribuição de lotes, de organização territorial, e de
instalação da infraestrutura de apoio aos colonos.
No segundo
momento, para os Projeto de Assentamento Dirigido, o beneficiário da
distribuição de terra, sendo de alguma forma, mais especializado, tinha acesso
a outros recursos que o anterior não contava, como o crédito bancário. Assim, o
primeiro projeto era eminentemente destinado ao camponês e o segundo estava
direcionado ao profissional liberal. Outra diferença que marca os dois tipos de
assentamento era o tamanho da área:
- Projeto
Integrado de Colonização – PICs: o lote contava com uma área de 100 hectares;
- Projetos
de Assentamento Dirigido – PAD: os lotes
com áreas de 250, 500 e 1000 ha.
CUNHA, Eliaquim Timotéo da; MOSER, Lilian Maria. OS
PROJETOS DE COLONIZAÇÃO EM RONDÔNIA. Revista Labirinto – Ano X, nº 14 –
dezembro de 2010.
http://www.periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/viewFile/938/922.