Historicamente a economia de Rondônia enquanto unidade
federada esteve sustentada por ciclos econômicos, como o da borracha e o da
mineração ainda em sua fase de Território Federal do Guaporé, em 1943 e
posteriormente, em 1956 como Território Federal de Rondônia. Nesse momento, as condições
de infraestruturas, técnicas e políticas, não eram suficientes para promover o
desenvolvimento que se esperava, deixando a região isolada em relação ao
restante do país.
Somente no final dos anos 1940 tem início a
construção da BR 29, mais tarde denominada como BR 364 ligando Cuiabá/MT a
Porto Velho/RO. O trecho final foi concluído na década de 1960, no entanto a
trafegabilidade regular só foi possível mesmo em 1968 com sua pavimentação concluída
em 1984. A partir da BR 364, foi possível a ocupação da região noroeste do
Brasil, assim como a nova configuração socioeconômica do Estado de Rondônia.
Uma nova dinâmica econômica, social, política e
populacional inicia-se em torno do grandioso feito que estava intrinsicamente
ligado a estratégia geopolítica adotada pelos governos militares que
massificavam o lema ““integrar para não entregar” e “a ocupação dos vazios
demográficos” particularmente em relação a região amazônica brasileira.
Nesse contexto, a política adotada para Rondônia consistia
na abertura de rodovias, incentivo à migração com distribuição de terras através
da colonização dirigida e dos assentamentos do Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária – INCRA, propiciando a expansão das fronteiras agrícolas, ao
mesmo tempo em que se tentava minimizar as graves tensões sociais, especialmente
por terras, verificadas nas demais regiões do país.
No ato inaugural a Rodovia BR-364/RO, teve seu momento
de ápice, inclusive recebendo o nome de Rodovia Marechal Rondon, em homenagem
ao grande desbravador da Região Norte o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon,
executor da construção da Linha Telegráfica Cuiabá – Porto Velho, que serviu de
inspiração e impulso para construção da Rodovia BR-364/RO.
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