domingo, 3 de maio de 2015

PROFESSOR E A REALIDADE EDUCACIONAL BRASILEIRA

Atualmente vivemos imbuídos de tantas responsabilidades que poucas vezes ou quase nunca paramos para pensar sobre o real significado da palavra educação. Tentando encontrar algumas respostas para um assunto tão importante para a humanidade muitos filósofos e pesquisadores das mais diferentes áreas do conhecimento se empenharam nessa aventura.
Na literatura filosófica poderíamos elencar inúmeras doutrinas que tratam do tema sobre os mais diversos aspectos. O existencialismo, o racionalismo, o criticismo ou mesmo o ceticismo nos dariam subsídios suficientes para debater o tema sobre os mais diferentes ângulos e enfim obter algumas respostas ou conceitos necessários para evidenciar as respostas que tanto necessitamos.
Para o filósofo teórico da área da pedagogia René Hubert, a educação é um conjunto de ações e influências exercidas voluntariamente por um ser humano em outro, normalmente de um adulto em um jovem. Essas ações pretendem alcançar um determinado propósito no indivíduo para que ele possa desempenhar alguma função nos contextos sociais, econômicos, culturais e políticos de uma sociedade.
Em uma outra vertente, considerando a educação como um fator de origem técnica poderíamos dizer que a mesma é o processo contínuo de desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais e morais do ser humano, a fim de melhor se integrar na sociedade ou no seu próprio grupo. Essa concepção advém da origem da palavra em latim, educations, que significa todo o processo contínuo de formação e ensino aprendizagem que faz parte do currículo dos estabelecimentos oficializados de ensino, sejam eles públicos ou privados.
Na ponta das discussões educacionais está o professor, que apesar de exercer um importante papel na sociedade, atualmente estar relegado ao abandono e as vistas das autoridades, particularmente no Brasil, que assistimos todos os dias esses profissionais serem marginalizados pelos governos, que não vislumbram políticas de valorização. Devemos ter em mente que os professores exercem um papel insubstituível no processo da transformação social.
Da mesma forma é necessário pensar que a atividade docente não estar atrelada apenas à racionalidade técnica , como apenas executores de decisões alheias, mas , cidadãos com competência e habilidade na capacidade de decidir, produzindo novos conhecimentos para a teoria e prática de ensinar voltada à mudança de opinião dos alunos.
O professor do século XXI, deve ser um profissional da educação que elabora com criatividade conhecimentos teóricos e críticos sobre a realidade. Nessa era da tecnologia, os professores devem ser encarados e considerados como parceiros/autores na transformação da qualidade social da escola, compreendendo os contextos históricos, sociais , culturais e organizacionais que fazem parte e interferem na sua atividade docente.
Cabe então aos professores do século XXI a tarefa de apontar caminhos institucionais (coletivamente) para enfrentamento das novas demandas do mundo contemporâneo, com competência do conhecimento, com profissionalismo ético e consciência política.
Só assim, estaremos aptos a oferecer oportunidades educacionais aos nossos alunos para construir e reconstruir saberes à luz do pensamento reflexivo e crítico entre as transformações sociais e a formação humana, usando para isso a compreensão e a proposição do real, sem deixar se seduzir pelos caminhos deslumbrantes dos anúncios publicitários, pelas opiniões tendenciosas da mídia.
Ser professor, portando no contexto atual é assumir uma vocação de trabalhar para fazer o bem as pessoas sem esperar nada em troca. É decidir valorizar a si mesmo sem esperar visibilidade social ou qualquer outro tipo de monção honrosa, muito menos perspectivas de ascensão econômica ou salarial, pois os discursos políticos nem as ações governamentais evidenciam tais esperanças. No entanto, se existe algo que jamais se desfaz para o professor é a esperança.

Fonte: http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/professor.htm