segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Filosofia Moderna - Principais filósofos

Dentre os principais filósofos e escolas merecem destaque:

Nicolau Maquiavel (1469-1527) - Considerado pai do pensamento político moderno, Maquiavel desenvolveu sua filosofia no período renascentista. É autor de “O Príncipe”, obra que aponta as diretrizes de como os rei devem governar seus países.

Jean Bodin (1530-1596) - Filósofo francês, Bodin apresenta visões que contribuem para a evolução do pensamento político moderno. Faz a análise da teoria do direito divino dos reis em sua obra, composta por seis livros e denominada “A República”.

Francis Bacon (1561-1626) - Bacon colaborou com a criação do método indutivo de investigação científica que preza as observações e depois apresenta induções para os fenômenos naturais.

Galileu Galilei (1564-1642) - Astrônomo, físico e matemático, Galileu é considerado o pai da Física e da Ciência Moderna. Criador do método matemático experimental, que aplica a matemática a fenômenos naturais, e defensor das ideias heliocêntricas de Copérnico, Galileu contraria as crenças e dogmas católicos que acreditavam no geocentrismo.

René Descartes (1596-1650) - Criador do pensamento cartesiano, apresentado na obra “O discurso sobre o método”, de 1637, e que influenciou pensadores e filósofos modernos.

Baruch Spinoza (1634-1677) - É um filósofo holandês que critica e combate todo tipo de superstição, pois seriam criadas pela imaginação. Spinoza acredita e defende a existência de um Deus transcendental que está ligado a natureza.

São também importantes nomes da filosofia moderna: Thomas Hobbes, John Locke, David Hume, Montesquieu, Voltaire, Diderot, Rousseau, Adam Smith e Immanuel Kant, Isaac Newton e Pascal.

O Homem Vitruviano, Leonardo Da Vinci, 1492




Filosofia Moderna - concepções

 A Filosofia Moderna é uma corrente ideológica que surgiu no século XV e prevaleceu até o século XVIII, marcando uma mudança de pensamento medieval - que até então era voltado à fé cristã – para a reflexão em torno do conhecimento humano e valorização da razão.

O início do pensamento moderno se deu com os filósofos René Descartes e Galileu Galilei, deixando para trás as ideias aristotélicas e abrindo caminhos para a possibilidade de explicações pautadas na ciência.

Diante desse contexto, o final da Idade Média trouxe consigo muitas descobertas científicas e também grandes transformações culturais na Europa, provocando intensa repercussão no meio artístico e em outros campos do saber.

Nesse momento, apesar de muitas características clássicas do período medieval terem sido preservadas, surgiram novos paradigmas, como, por exemplo, a ideia do homem como centro do universo antropocentrismo.

Assim, pode-se dizer que as novas formas de pensar desenvolvidas a partir do Renascimento e difundidas pelo Humanismo colaboraram então para a consolidação do período conhecido como Filosofia Moderna.

A Filosofia Moderna destacou-se por diversas características e escolas e, por isso, foi organizada a partir de correntes filosóficas que abordaram temas de mais destaque na época, como o Racionalismol e o Empirismo.

A primeira corrente ganhou força a partir dos ideais difundidos pelos filósofos René Descartes e Gottfried Wilhelm Leibniz. Para os racionalistas, o conhecimento verdadeiro era aquele obtido a partir da racionalidade, devendo eliminar tudo que se aprende a partir das experiências.

Já a segunda corrente filosófica defendia uma ideia contrária ao racionalismo, seguindo a concepção de que a experiência prática era a chave para a construção do conhecimento. Quanto mais intensa e rica fosse essa vivência, maior e mais profundo seria esse aprendizado. Os filósofos que impulsionaram essa corrente foram Thomas Hobbes, John Locke e David Hume.

Durante a modernidade essa discussão entre racionalistas e empiristas contribuiu para que surgisse uma busca pela verdade absoluta e final. E alinhado com o dogmatismo está o ceticismo que, para estudiosos, é uma das características relevantes da Filosofia Moderna, pois entre os filósofos do período questionavam-se tudo que lhes eram apresentados.

Fonte: Mayanna Marques em 28/10/2020 e atualizado pela última vez em 30/10/2020. Disponivel em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/filosofia/filosofia-moderna.

Noções de poder

Não se pode negar que a discussão sobre as relações de poder sempre demonstrou um campo vasto de estudo que envolve objeto de estudos de vários saberes como a filosofia, sociologia, história, política e direito.

Tradicionalmente, o poder é compreendido como algo que é exercido por um agente capaz de impor sua vontade a outrem, independentemente da sua anuência. Essa noção tradicional está necessariamente ligada à ideia de liberdade, ou melhor, de restrição da liberdade individual pela dominação de um indivíduo por outro.

Max Weber (1991, p.33) apresenta um clássico conceito de poder ao asseverar que: “poder significa toda probabilidade de impor a vontade numa relação social, mesmo contra resistências, seja qual for o fundamento dessa probabilidade”. Ou melhor, é a probabilidade de que uma ordem com um determinado conteúdo específico seja seguida por um dado grupo de pessoas.

A moderna sociologia norte-americana apresenta uma teoria interessante e que reforça a ideia de Max Weber. É a teoria do “poder de soma zero”. Defende essa teoria que o poder que alguém ou uma instituição possui é a contrapartida do fato de que alguém ou outra instituição não possui. Se 'X' detém poder é porque um ou vários 'Y' estão desprovidos de tal poder.

Hodiernamente, a teoria tradicional do poder teve seu espírito renovado por Dahl que, em meados do século XX, apresenta a seguinte definição: “poder é a relação entre dois sujeitos, dos quais o primeiro obtém do segundo um comportamento que, em caso contrário não ocorreria”. Dessa feita, enquanto relação entre dois sujeitos, o poder está estritamente ligado à ideia de liberdade; os dois conceitos são definidos um mediante a negação do outro: “O poder de ‘A’ implica a não liberdade de ‘B’; a liberdade de ‘A’ implica o não poder de ‘B’ ”(PERISSINOTTO, Renato Monseff. Revista de Sociologia e Política, nº 20, 2003).

Caminhando no mesmo sentido, Haywardn apud PERISSINOTTO (2003, p.38) atesta que o poder deve ser entendido não como algo que uma pessoa poderosa tem, mas como um conjunto de mecanismos sóciopolíticos que funcionam no sentido de limitar o campo de ação de todos os agentes sociais, até mesmo daqueles que a literatura chama de poderosos.

Nesse enfoque, o poder não tem face e não é exercido dentro de uma relação individual, pois é constituído por mecanismos que, por meio de normas, regras, hábitos e outros constrangimentos, que definem identidades e comportamentos a serem “naturalizados” pelos atores submetidos a eles.

Fonte: . <https://www.conjur.com.br/2009-jun-26/conceito-poder-concepcao-relacoes-trabalho#:~:text=Tradicionalmente%2C%20o%20poder%20%C3%A9%20compreendido,de%20um%20indiv%C3%ADduo%20por%20outro>. Acesso em: 3/10/2022.