sábado, 3 de agosto de 2013

Educação e Meio ambiente: uma discussão pedagógica sobre a transversalidade da educação ambiental no currículo escolar


Prof. Ms. Osmair Oliveira dos Santos
Mestrado em Geografia – Universidade Federal de Rondônia
Pós Graduado em História Geografia e Meio ambiente – FACISA
Licenciatura Plena em Geografia – Universidade Federal de Rondônia

 
Identificação: Palestra - Educação e Meio ambiente: uma discussão pedagógica sobre a transversalidade da educação ambiental no currículo escolar
Segmento ou público-alvo: Docentes, alunos e comunidade em geral.
Período de realização: 03 de agosto de 2013.
Horário: 9h às 11h.
Carga horária: 02 horas
Local: Claretiano - Centro Universitário. Pólo Porto Velho/RO. - Sala: 10.
Metodologia: Apresentação oral com o uso slaide (Power point). Utilização de recurso multimídia.
 
Breve Relato

1 - Resumo: O meio ambiente atualmente é um dos temas mais difundidos e discutidos no planeta, dado a sua importância para a preservação e conservação da vida. Por ser um tema tão abrangente do ponto de vista do conhecimento cientifico é trabalho no currículo escolar como um tema transversal. No entanto, pouco se tem feito no âmbito da educação formal para que esse assunto viesse a ser uma ação cotidiana nas escolas dando-lhe o lugar de importância no currículo educacional atual que o mesmo requer.

O objetivo da palestra é discutir a o meio Ambiente, pelo viés do currículo escolar atualmente, ainda é um grande desafio para professores, alunos e a sociedade, uma vez que as instituições escolares, por vários motivos deixam o assunto à parte e só o discutem de forma muito superficial em momentos comemorativos. Esta forma de tratar o tema ambiental nos leva a fazer uma reflexão voltada ao currículo escolar no sentido de disseminar a necessidade de uma politica que vislumbre a prática do desenvolvimento de ações de educação ambiental nas escolas, haja vista que todo o planeta, vem permeando mudanças incessantes na procura do aprimoramento de novos hábitos.

Nesse aspecto a questão ambiental deve constituir-se de um processo educacional da mais alta relevância na proposta curricular das instituições escolares, no sentido de formar cidadãos conscientes do ambiente onde vivem e consequentemente utilizá-lo de forma equilibrada, com perspectivas a sustentabilidade do planeta.

Não estamos, no entanto defendendo a institucionalização da Educação ambiental no currículo escolar, por entender que no campo interdisciplinar é de grande importância o papel que todos têm na contribuição com o tema.

Vislumbramos formas de ações nas escolas onde os alunos estariam não só trabalhando as questões ambientais de maneira teórica, mas também na prática. Assim, poderia se desenvolver o comprometimento, as habilidades e as competências dos alunos para a solução de problemas ambientais dentro e fora do ambiente onde cada um vive.

 2 - Objetivo: Discutir a Educação ambiental na perspectiva da transversalidade no currículo escolar, como forma de sensibilizar professores, alunos e a sociedade em geral para os problemas ambientais que precisam ser trabalhados na educação formal.

 3 - Conteúdo Programático:
a)    O que é Meio ambiente
2)    A sociedade e o meio ambiente.
3)    Lei número 9.795 de 27 de abril de 1999, dispõe sobre a educação ambiental, instituindo a política nacional de educação ambiental.
4)    O são Temas Transversais no currículo escolar
5)    O currículo escolar x meio ambiente
6)    Problemáticas Pedagógicas para o desenvolvimento de ações sobre EA nas escolas.
7)    Possíveis soluções pedagógicas para o desenvolvimento de ações sobre meio ambiente nas escolas
8)    Experiências bem sucedidas com Projetos de EA desenvolvidos em escolas estaduais de Rondônia.

 4 – Recursos
Data Show, Computador, Caixa amplificada e microfone.

Acadêmicos do Claretiano - Centro Universitário
Pólo Porto Vellho/RO. Participantes da palestra
Acadêmicos do Claretiano - Centro Universitário
Pólo Porto Vellho/RO. Participantes da palestra
Acadêmicos do Claretiano - Centro Universitário
Pólo Porto Vellho/RO. Participantes da palestra

Rondônia: aspectos gerais e localização


Com uma área de 238.512,80 km², dividido em 52 municípios, correspondente a cerca 2,80% do território brasileiro e a 6,16% da região norte do Brasil e uma população atual de 1.562.409 habitantes (IBGE, Censo 2010), o Estado de Rondônia, que tem como capital a cidade de Porto Velho, surgiu da cisão de terras que, no passado, pertenciam aos estados de Mato Grosso e Amazonas.
               É o terceiro Estado em extensão territorial da região Norte. No contexto nacional, constitui-se o décimo quinto em extensão territorial e o vigésimo terceiro em termos populacionais.
Ao ser criado, em 1943, foi denominado de Território Federal do Guaporé. Em 17 de fevereiro de 1956, passou a ser chamado de Território Federal de Rondônia, no entanto somente Fo integrado à Federação como Estado em 1981. Seu nome é uma homenagem ao explorador dos sertões do Amazonas e do Mato Grosso, Cândido Mariano da Silva Rondon.

          A história nos relata que por volta do século 17 deu-se inicio a uma verdadeira ocupação da Região Amazônica por nações européias. Essas ocupações eram realizadas principalmente por expedições formadas por franceses, ingleses, portugueses, holandeses e espanhóis em busca de novas terras, riquezas minerais e vegetais (especiarias) e mão de obra indígena. Essas expedições eram denominadas “Entradas e Bandeiras”, e dentre elas destacou a Bandeira comandada por Raposo Tavares que chegou até o Vale do Guaporé.

           Até essa época o único documento oficial que existia para o controle dessas invasões era o Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, entre a coroa portuguesa e espanhola. De acordo com o Tratado de Tordesilhas, as terras situadas até 370 léguas a oeste de Cabo Verde pertenciam ao domínio de Portugal, e as terras a oeste dessa linha pertenciam à Espanha.
           O Tratado de Tordesilhas foi um importante documento que regulou a expansão e as descobertas de Portugal e Espanha por meio de medidas limítrofes, e mais tarde pelo Tratado de Madri que gerou novas definições de limites, concedendo a Portugal o direito de proteger e de se apropriar   definitivamente dessa região, onde atualmente está localizada a Região Amazônica, e nesta, o Estado de Rondônia, como podemos visualizar no mapa ao lado (Tratado de Madri – 1750).
         O povoamento da região amazônica e particularmente da área onde atualmente se localiza o Estado de Rondônia foi efetivado com a exploração dos seringais, no século 19, no período conhecido como ciclo da borracha. Paralelo ao ciclo da borracha, a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), através do Tratado de Petrópolis no ano de 1903, um acordo feito entre o Brasil e a Bolívia visando interligar esse país ao rio Madeira e a construção da linha telegráfica entre Cuiabá e Porto Velho, concluída em 1915, foram fatores significativos para as decisões posteriores que culminaram com a criação do Território Federal do Guaporé em 1943. Mais tarde, em 1956 passou a ser denominado de Território Federal de Rondônia e consequentemente, transformado em Estado, no ano de 1981.
          Através da Lei Complementar n° 41, de 2 de dezembro de 1981, sancionada pelo presidente João Baptista de Figueiredo, foi criado o Estado de Rondônia, e, no dia 4 de janeiro de 1982, ocorreu a cerimônia de sua instalação. Está localizado na região Norte do Brasil. Seus limites são: Amazonas (Norte), Bolívia (Sul e Oeste), Mato Grosso (Leste) e Acre (Oeste).
          A extensão territorial do Estado de Rondônia é de 238.512,80 km², divididos em 52 municípios, distribuídos em 8 microrregiões geográficas, reunidas em 2 mesorregiões geográficas e sua capital é Porto Velho. Atualmente, desponta como um dos mais promissores pólos de desenvolvimento da atualidade. A última década registra no Estado um crescimento acima da média nacional, revelando sua imensa potencialidade produtiva, envolvendo setores da indústria, comércio e prestação de serviços.
          Sua economia é formada tradicionalmente pelo extrativismo vegetal e a agropecuária, o que justifica grande parte de sua imigração, isto fez prosperar outras atividades estratégicas, como a diversificação do setor produtivo de grãos e também, a utilização de suas rodovias para escoamento da produção regional e de outras regiões diretamente ao porto graneleiro, construído pela HERMASA que foi o projeto impulsionador desta cultura no Estado e transformou o município de Vilhena no maior pólo produtor de grãos (FGV/ISAE-SUFRAMA/1998).
         Da mesma forma, os dados do IBGE (Censo 2010) ao destacar o crescimento população dos últimos anos apontam para um imenso território que ainda tem muito a crescer economicamente, bem como em população, haja vista que sua densidade demográfica em relação a sua área territorial é de apenas 6,58 pessoas por quilômetros quadrados. Observe na tabela apresentada abaixo.
Tabela: Rondônia – síntese das informações


Capital

Porto Velho

População 2010

1.562.409

Área (km²)

237.590,547

Densidade demográfica (hab/km²)

6,58

Número de Municípios

52

Mesorregiões

2

Microrregiões

8
Fonte: IBGE, Censo 2010.
Mesorregiões e Microrregiões geográficas rondoniense
Denominada de Mesorregião do Leste Rondoniense é a maior mesorregião em extensão territorial e também em número de habitantes. Seus limites geográficos são: com o norte matogrossense (MT) e com o sul amazonense (AM). Tem uma área de 129.600,165 Km².
Por sua vez, a Mesorregião Madeira-Guaporé foi a primeira região a ser habitada no Estado de Rondônia por conta da construção do Forte Príncipe da Beira no ano de 1776 no vale do Rio Guaporé. Foi nessa região que também foi construída a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré que impulsionou a fundação de Guajará-Mirim e Porto Velho. Possui uma área de 107.976,002 Km² e seus limites geograficos são: vale do Acre (AC) e Sul Amazonense (AM)
Composição das Mesorregiões e Microrregiões


Mesorregião

Microrregiões

Abrangência (municípios)

Madeira-Guaporé


Porto Velho

Buritis, Cujubim, Porto Velho, Campo Novo de Rondônia, Jamari, Candeia do Jamari e Nova Mamoré.

Guajará-Mirim

Costa Marques, Guajará Mirim e São Francisco do Guaporé.

Leste Rondoniense

Ariquemes

Alto Paraíso, Machadinho d’Oeste, Vale do Anari, Ariquemes, Monte Negro, Cacaulândia e Rio Crespo.

Ji Paraná

Governador Jorge Teixeira, Mirante da Serra, Presidente Médici, Urupá, Jaru, Nova União, Teixeirópoles,  Vale do Paraíso, Ji Paraná Ouro Preto do Oeste, Theobroma.

Alvorada d’Oeste

Alvorada d’Oeste, Seringueiras, Nova Brasilândia do Oeste e São Miguel do Guaporé.

Cacoal

Alta Floresta do Oeste, Castanheiras, Novo Horizonte do Oeste, alto Alegre dos Parecis, Espigão d’Oeste, Rolim de Moura, Cacoal, Ministro Andreazza e Santa luzia d’Oeste.

Vilhena

Chupinguaia, Primavera de Rondônia, Parecis, São Felipe d’Oeste, Pimenta Bueno e Vilhena.

Colorado do Oeste

Cabixi, Corumbiara, Cerejeiras, Pimenteiras d’Oeste e Colorado do Oeste.
        








































Localizado na Região Norte do Brasil, na Amazônia Legal – parte ocidental, entre os paralelos 7º 58' e 13º 43' latitude sul e os meridianos 59º 50’ e 66º 48’ de longitude oeste de Greenwich, apresentamos na tabela abaixo a localização de Rondônia, a partir dos seus pontos extremos: norte, sul leste e oeste.
 Tabela: Pontos extremos – Estado de Rondônia.


Pontos

Extremos

Latitude

Longitude

Local de Referência

Norte

- 07º 58’ 37”

- 63º 01’ 33”

Confluência do Igarapé Maici com o rio Madeira – Divisa com o Estado do Amazonas.

Sul

- 13º 41’ 32”

- 60º 42’ 54”

Foz do rio Cabixi, no rio Guaporé – Divisa com a Bolívia.

Leste

- 12º 19’ 44”

- 59º 46’ 49”

Salto Joaquim Rios, no rio Iquê – Divisa com o Estado do Mato Grosso.

Oeste

- 09º 48’ 51”

- 66º 48’ 20”

Passagem da Linha Geodésica Cunha Gomes, no divisor de águas dos rios abunã e Ituxi – Divisa com a Bolívia.
   Fonte:  Atlas Geoambiental de Rondônia, 2003.
Fuso horário
         
O primeiro dos três fusos que o Brasil possui atualmente tem duas horas menos que a hora de Greenwich e abrange o arquipélago de Fernando de Noronha e outras ilhas oceâncias pertencentes ao território brasileiro. O segundo tem três horas menos que Greenwich. Neles estão contidos os estados das regiões Nordeste, Sul e Sudeste, além dos estados do Amapá, Pará, Tocantins e Goiás. Por ser o fuso onde se localiza a capital federal, sua hora é adotada como a oficial do país, a chamada hora de Brasília.
O terceiro fuso horário do Brasil abrange os estados de Mato Grosso, Mato Grosso de Sul, Roraima, Rondônia, Acre e Amazonas, e possui quatro horas a menos que a hora de Greenwich.