A partir da década de 1970, com a criação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a colonização da Amazônia tornou-se uma política de Estado, sob o slogan “Integrar para não entregar”. Por meio dos Projetos Integrados de Colonização (PICs), implementados entre 1970 e 1975, o Estado se tornou o grande indutor das modificações sócio espaciais ocorridas no centro de Rondônia, divulgado como “O novo Eldorado”.
Foram
distribuídos lotes de cerca de 100 hectares para milhares de famílias dos então
chamados pioneiros. Com isso, até meados da década de 1980 chegaram ao estado
cerca de 300.000 migrantes, a maioria agricultores provenientes do Sul e do
Centro-Sul do país, com destino ao interior de Rondônia. Os projetos de
colonização da década de 1970 e o asfaltamento da BR-364 na década de 1980
configuram o ponto de inflexão da história de Rondônia.
Além
de provocar a quebra da estrutura espacial até então existente – com a
população e a economia concentradas nos municípios de Porto Velho e
Guajará-Mirim – e o deslocamento do eixo de importância para os municípios
situados ao longo da BR-364, eles foram determinantes no processo de
desmatamento da região para a agricultura e a pecuária: 30% da área do estado
foi desmatada a partir do final da década de 1970.
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