A Era Moderna é
considerada aquela marcada pelo triunfo do projeto novo de sociedade,
capitaneado pela burguesia em suas diversas etapas, trazendo consigo uma visão
científica, crítica, antropocêntrica e racional do universo, do homem e da
sociedade. A arma fundamental da burguesia é o controle econômico, que
distancia em contrapartida, o controle das idéias e dos valores.
A “modernidade da filosofia”
consiste em propor, com relação ao mundo medieval, novas categorias de
apreensão da realidade e do homem em sociedade. De avançar no progresso tecnológico, a
economia inglesa gera uma tradição filosófica capaz de qualificar a realidade
material para dela se apropriar.
O problema do
conhecimento marca a compreensão primária do Empirismo inglês do século XVI,
abrindo espaço para uma crítica do idealismo e do racionalismo francês. Tanto o
racionalismo de Descartes, como o Empirismo inglês acabaram gerando uma grande
influência sobre os ideólogos da revolução francesa.
O Iluminismo,
movimento filosófico e cultural percussor da revolução francesa prega a
supremacia da razão sobre tudo. A única forma de organizar a sociedade é
adquirir novos conhecimentos sobre o mundo racional e empírico. A partir do
Iluminismo é que surge o positivismo exacerbado as afirmações racionalistas e
empíricas do Iluminismo, aplicando-as às ciências da natureza e do social.
O Iluminismo
francês do século XVII propõe em termos ideológicos, as principais categorias
filosóficas da burguesia. Eles serão os formadores da ideologia e do consenso
sobre um novo mundo burguês, racional e cientifico.
Desse modo, a
filosofia pode ajudar a desenvolvermos uma sociedade articulada, com suas
estruturas de pensar, agir, linguagem e valores estabelecidos. Somos
personalidades sociais, constituídos como tais. O desenvolvimento da nossa
consciência é o desenvolvimento de qualidades reflexivas sobre o exterior que
nos é imediato.
Para compreender o
conjunto de relações sociais e histórica do ser humano, Marx diz que o agir
humano se faz de forma social e histórica produzindo não só o mundo dos bens
materiais, mas também o próprio modo de ser do ser humano.
Através de sua
atividade sobre os outros elementos da natureza no contexto de um conjunto de
relações sociais, constrói bens para satisfazer suas necessidades. Ele é um
feixe de necessidades, para satisfazê-las, age sobre o mundo exterior
transformando criticamente, fazendo propriamente seu. Enquanto harmoniza a
natureza pelo seu trabalho, humaniza-se a si mesmo.
E o homem só se
realiza no outro, pelo outro e com o outro, mas ainda, no outro superior. A
filosofia situa-se no todo, não tem limites e com isso deve ser a base para
outras ciências particulares que se prendem aos objetos imediatos.
Portanto, a
Epistemologia estuda o conhecimento sua origem, suas formas, e sua produção a
partir das relações entre sujeito e objeto. O conhecimento, portanto, é o
resultado também da verdade que pode ser subjetiva, objetiva, parcial e total.
Com esses elementos a história é constituída pelo homem, pois o objeto sempre
foi seu parceiro de estudo. A partir do momento em que o ser torna-se
conhecido, necessitando assim do seu conhecedor, produz o conhecimento necessário
a construção da história, da ciência. Tudo isto ajudará, de imediato, a
formação do novo Homem e do novo humanismo, mas não lhe será essencial. O
essencial estará na atitude do Homem. Uma nova atitude que cumprirá também sua
função, como a que a antecedeu filosoficamente.
Entretanto, o
extremismo em que esquece a origem da filosofia, isto é, o homem, o indivíduo
que se torna possível com todas suas pretensões e limitações. A filosofia
confrontada à técnica entre outras coisas que oferece a realidade
contemporânea. Isto é, a manipulação da natureza, para dela fazer um
instrumento a serviço do homem, uma técnica que pretenda ser cada vez mais necessário,
de uma precisão que fez possível o domínio quase fantástico que o homem parecia
alcançar sobre a natureza. Capacidade de domínio que fez da ciência a que a
teologia fez da filosofia na idade média, isto é, serva da técnica. Serva que
se pretende estender a filosofia ao limitar-se a função da mesma à simples
lógica. Uma lógica rigorosa precisa tal como deve ser a técnica capaz de
construir os aparelhos dentro dos quais o homem se desloca da terra e pretende
alcançar o domínio de novos mundos.
Em outras palavras, o homem, como cinicamente
o descrevia Hobbes ( ), continua
sendo o lobo do homem. O mundo moderno continua dividido numa humanidade
composta de pobres e ricos, de povos desenvolvidos e subdesenvolvidos e povos
na plenitude do desenvolvimento. As grandes potências ameaçam entre si, mas são
os povos débeis que sofrem o impacto destas ameaças.
No que se refere especificamente ao objeto de
pesquisa em educação e seus limites é necessário considerar a visão geral da
realidade e dos aspectos, tanto fenomenológico quanto ao momento em que ocorrem
as transformações. O objeto, assim definido será tido como motivação para o
desenvolvimento da pesquisa e sua delimitação, tanto no campo teórico como na
pratica.
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