terça-feira, 5 de abril de 2011

Educação Ambiental nas escolas de Porto Velho

A partir de 2003, por ocasião da primeira conferência Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente realizada em Porto Velho a Educação Ambiental nas escolas estaduais começa a delinear novos rumos. A conferência trouxe no bojo das discussões a proposta de um trabalho permanente nas salas de aulas além do que já preconizava os Parâmetros Curriculares Nacionais que define a temática ambiental como tema transversal e, dessa forma a insere em todas as disciplina do curriculo escolar.
Até então, após ter vivenciado a realização de três conferências ambientais regionais, estaduais e nacionais acompanhadas de várias oficinas e encontros com professores e alunos, vê-se que, como já sabemos a educação realmente caminha a passos lentos. Isso, no entanto, não é motivo de desânimo e sim de alegria por ter hoje dados reais de que os hábitos em relação aos cuidados com o meio ambiente mudaram e continuam mudando a partir dos espaços escolares e, particularmente das salas de aulas.
Em 2010, por exemplo das 91 escolas estaduais na abrangência das Representações de Porto Velho (Zona Centro, Zona Leste e Zona Sul) 89 apresentaram algum tipo de ação de educação ambiental, quer seja na forma de projeto continuado ou atividades pontuais em datas relevantes sobre o meio ambiente, como se pode verificar no quadro abaixo.
RENS - PVH
TOTAL ESCOLAS
COM PROJETOS
AÇÕES DESENVOLVIDAS
ZONA CENTRO
33
31
Ação continuada / Ação pontual
ZONA LESTE
32
32
Ação continuada / Ação pontual
ZONA SUL
26
32
Ação continuada / Ação pontual
TOTAL DE ESCOLAS
91
89
Interdisciplinaridade /semana da água / semana do meio ambiente / atividades temáticas
                                  
A Segunda Conferência Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente realizada em 2005, traz um aproposta inovadora. Um verdadeiro chamamento ao público estaudantil, que foi a mobilização nos espaços escolares para a criação de Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida nas Escolas - COM-VIDAS e, a partir destas, a idéia de criar Agendas 21. Tais ações chegam nos ambientes escolares carregadas de significados e ansiedade que tem como base, nada menos, do que organizar as ações sobre meio ambiente nesses espaços, bem como sensibilizar a comunidade escolar e do seu entorno, para também vivenciar essa idéia e tomar para si a causa ambiental, cuidando do proprio espaço onde vive.
O sentido das COM-VIDAS e das Agendas 21 das escolas vai mais além do que simples reunião de alunos. É uma ação carregada de possibilidades, entre elas a congregação de professores de todas as áreas de atuação na escola para que a partir dos conteúdos trabalhados em sala de aula, insira no seu dia-a-dia a temática ambiental de forma concreta nas suas disciplinas. É a certeza de que conhecendo e sensibilizando os docentes as práticas sobre educação ambiental nas escolas passem a ganhar forma e sentido.
Importante também é a prática da divulgação dos trabalhos realizados e a busca de parcerias para a realização das ações de Educação Ambiental. A escola, tal qual qualquer empresa que queira ganhar espaço e valorização do seu produto, não pode negar ou omitir-se à volorização e conservação do meio ambiente. Em particular, os espaços educacionais devem projetar-se para o século XI como espaços diferenciados de disseminação de cuidados com o meio ambiente. As mudanças de hábitos passam pela educação e a escola tem que vislumbrar tal sentido. A escola porém é movida por professores e alunos, daí o papel importante que cada um têm. O planeta não precisa de nós, porém nós precisamos dele para viver.
A terceira Conferência Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente ainda está pulsando frente aos novos desafios, tais como: mudanças ambientais globais e outros temas que foram amplamente discutido nas escolas. Para tanto, basta ver o que está acontecendo no planeta e refletir sobre as ações praticadas no dia-a-dia. Há quem diga que a preocupação com o meio ambiente deve ser promovida pelo poder público. O grande debate, no entanto, deverá mesmo, vir das grandes massas se conseguirmos educar os jovens para essa nova realidade apresentada. Vale ressaltar que hoje os problemas ambientais estão cada vez mais acentuados e as perspectivas não são das mais animadoras. Todos somos convidados a fazer algo pelo meio ambiente. O que você está fazendo?

Osmair Santos

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