As comunidades ribeirinhas da Amazônia possuem traços marcantes por sua peculiaridade que depende em todos os aspectos das cheias e vazantes dos rios. A rotina dessas pessoas desencadeada pela luta diária molda seu aspecto de sobrevivência e pertencimento do lugar onde vivem.
São as lutas de todos os dias que os torna fortes para lidar com a realidade que ao mesmo tempo que os afligem deixa-os mais fortes, pois o cansaço é uma mera particularidade da vida que segue na toada do vai vem das águas e da diversidade que o paraíso verde lhes proporciona.
O caboclo ribeirinho sabe bem o que quer e o que a vida poderá lhe proporcionar. Cedo acorda seus filhos para a lida, do campo, a pesca ou para ir a escola, lugar de esperanças infinitas que, as vezes é difícil até de imaginar.
Mas acredita que seus filhos terão um futuro garantido, pois como eles mesmos dizem, só a educação será capaz de transformar as crianças de hoje em novos cidadãos críticos capazes de mudar o seu destino e da história que os envolvem.
Nessa perspectiva vê seu passado a se transformar. Sonha e acredita no amanhã bem melhor. Caboclo que aprendeu com a dura realidade da vida que vale apena sonhar. E não um simples sonho, mas sonhos que vão além do mundo que os cerca.
Que aprendeu a enxergar a beleza que dispõe a todo momento, pintura emoldurada que guarda e protege e a que cada amanhecer roga aos deuses para sempre manter viva a memória de um mundo que pode ser um tormento para muitos mas que somente ele sabe desfrutar.
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