quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Em Rondônia a Tecnologia faz a diferença


Atualmente o Brasil conhece uma renovação de infraestruturas territoriais e atividades produtivas que oportuniza a expansão das atividades agrícolas em espaços que, até pouco tempo, eram muito caracterizados por uma agricultura pouco moderna e voltada somente para as demandas internas. O estado de Rondônia conhece esta modernização recente da produção agrícola, e insere nesse contexto, a Amazônia brasileira entre os novos espaços da produção agrícola globalizada.
Fazendo das necessidades corporativas do agronegócio uma verdadeira demanda do território e da região, o governo federal alinhado aos governos estaduais de Rondônia e Amazonas viabilizam o projeto da hidrovia Madeira-Amazonas. A partir do ano de 1998, são iniciadas as operações de escoamento de grãos pelo rio Madeira, com a instalação em Porto Velho de um terminal privativo da Hermasa, empresa de propriedade do Grupo André Maggi, inaugurando um novo corredor de exportação de grãos na região Norte do país.
A concretização dessa nova rota foi de extrema importância para o incremento de várias atividades produtivas, assim como na reestruturação das atividades agrícolas no estado de Rondônia, visto que o território passa a ser mais competitivo no que diz respeito à produção de exportação. Com a implantação do novo corredor de exportação, a produção de grãos se torna viável também em Rondônia, oportunizando o avanço sobretudo do cultivo da soja na porção sul do território, onde as condições naturais favoráveis passam a ser efetivamente exploradas.
Na agricultura, a inserção de insumos e o uso de técnicas modernas são responsáveis pelo constante crescimento e modernização da produção no campo. O emprego racional de fertilizantes, a gestão em tempo real das informações necessárias ao trabalho de adubação dos solos e da atividade de plantio são alguns exemplos da tecnologia empregada no agronegócio em Rondônia.
Na pecuária, um processo de recente de aplicação da ciência na produção, marcado pelo crescente emprego das técnicas modernas de inseminação artificial, melhoramento genético e manejo adequado de pastagens, somado a um conjunto de normas territoriais que garantem competitividade às atividades de industrialização da produção.
São fatores que tornam o estado de Rondônia extremamente competitivo no que diz respeito à produção de carne bovina, conferindo recentemente um aumento extraordinário do abate de animais, tornando o estado o quinto maior produtor de carne do Brasil, produto este que inclusive é destinado ao mercado externo. O uso intenso da técnica, da ciência e da informação, muito presentes nos maquinários agrícolas sofisticados, nas sementes melhoradas e nos fertilizantes, nas técnicas sofisticadas do melhoramento genético vegetal e animal, exemplifica a natureza técnico-científica da produção.
Toda esta modernização das atividades produtivas no campo é muito exigente de informação. As inovações científicas e tecnológicas constituem elemento central ao processo de produção voltada para a acumulação de grandes agentes que, no mais das vezes, trabalham em função de interesses externos. Uma série de modernidades voltadas para esta produção pode facilmente ser observada num conjunto, cada vez mais crescente, de feiras e eventos agropecuários que são realizados anualmente nas cidades em que a produção agropecuária aparece com maior intensidade.

Rondônia de olho em novos mercados mundiais


O Estado de Rondônia está estrategicamente posicionado como um portal de entrada para os demais estados da Amazônia e aos países andinos, favorecendo a expansão das atividades produtivas, a elevação do valor agregado da produção e a intensificação das transações comerciais com grandes centros consumidores do país e do mundo, especialmente, o mercado asiático e países da Amazônia.
Detentor do terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) da Região Norte e 21º do Brasil, o Estado contribui com 0,7% do PIB nacional, com R$ 27,8 bilhões. A agropecuária é a mola-mestra do seu desenvolvimento econômico do estado, que tem a carne bovina como principal produto de exportação. A agricultura, sobretudo o cultivo de soja, é também importante fonte da renda local.
A exportação é a atividade que proporciona a abertura do país ou do estado para o mundo. É uma forma de se confrontar com os demais parceiros e, principalmente, assimilar técnicas e conceitos de administração a que não teria acesso em seu mercado interno.
Rondônia tem como destino de seus produtos não apenas os países vizinhos, mas também os Estados Unidos, África, Rússia, Arábia Saudita, Holanda, China, França, Espanha entre outros. Já a Venezuela, Reino Unido, Hong Kong e Malásia são os quatros principais países que importam produtos de Rondônia
A balança de comércio exterior de Rondônia é, historicamente, superavitária. Atualmente, o principal produto exportado é a carne bovina, respondendo em média por 51,2% das exportações. O principal comprador de nossos produtos é a Venezuela, sendo que, em 2013, os principais produtos exportados para o país foram carnes, miudezas e comestíveis.

Rondônia no caminho do agronegócio


A partir da última década do século XX, vários processos de modernização do território brasileiro foram capazes de inserir conhecimentos técnicos que possibilitaram o surgimento de novos espaços em que atividades agrícolas modernas são realizadas, sobretudo cultivos especialmente voltados para o mercado externo.
O Brasil moderno que estava atrelado ao Sudeste e Sul, a partir da década de 1990 passa conhecer outros espaços agrícolas. A Amazônia passa a ser integrada nesse processo de modernização no campo voltado exclusivamente a exportação.
A agricultura moderna praticada no estado de Rondônia exemplifica este processo, especialmente no que se refere ao cultivo da soja, voltado para o mercado externo e muito pautado no uso intensivo de ciência e de informação. O crescimento do cultivo de soja em Rondônia é recente, ocorrendo sobretudo como resultado da viabilização do transporte de cargas na hidrovia Madeira-Amazonas.
O estado de Rondônia, que até a década de oitenta tinha na exploração madeireira, na pecuária extensiva e na mineração as suas principais atividades econômicas, tem conhecido atualmente, um crescimento significativo da produção de soja, reproduzindo assim práticas análogas ao front da agricultura moderna de exportação que circunda a Amazônia Legal.
O aumento gradativo da produção sojícola no cone sul de Rondônia resulta sobremaneira da vinda de produtores que atuavam no Mato Grosso e que, em busca de novas terras para o cultivo, acabaram por promover a transformação da produção agropecuária local baseada no cultivo do arroz e na pecuária de corte, atraída pelos bons resultados dos experimentos com a soja.


                                     Produtividade da soja em Rondônia (2001-2008)
Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal, 2007. O dado de 2008 é da
SEAPES-RO, disponível em http://www.seapes.ro.gov.br/Imprensa/06_08/060801.htm,
Acesso em novembro de 2008. Organizado pelo autor.

A inserção de insumos e o uso de técnicas modernas são responsáveis pelo constante crescimento e modernização da produção. O emprego otimizado de fertilizantes, maquinários e a gestão em tempo real das informações necessárias ao trabalho de adubação dos solos e da atividade de plantio são alguns exemplos da tecnologia empregada no agronegócio da soja em Rondônia.



Amazônia e as mudanças globais


Vivemos uma mudança global, que afeta todos os lugares do mundo, essas transformações afetam até os lugares mais distantes dos grandes centros mundiais, por exemplo, os moradores de comunidades tradicionais que ainda não convivem com o processo de urbanização, sofrem pelas mudanças do aquecimento global, mesmo que de forma imperceptível por eles.
Dos muitos fatores intervenientes na dinâmica natural, alguns processos são visíveis na Amazônia, entre os quais, o avanço do capital na agricultura, sobretudo, no agronegócio. A expansão da produção de soja envolve tanto as transformações técnicas do território, como possibilita a inserção de novas relações no campo e nas cidades, cujo destaque centra-se na nova fase de expansão agrícola.
Diante de tais desafios a Amazônia começa a se integrar no processo da economia global com uma produção cada vez mais agressiva na agricultura, pecuária tropical, tecnologia florestal, piscicultura, química de produtos naturais, microbiologia de solos e de águas, com a imensidade de microrganismos a descobrir para colocá-los a serviço dos homens, etc.
Em todos os contextos, se faz necessário ater-se uma espécie de critério que propicie a outras pessoas do planeta utilizar os recursos da floresta desde que haja uma contrapartida para os brasileiros, amenizando, dessa forma, os impactos da globalização, sendo contrário ao uso desse discurso, para que se viole a soberania nacional sem haver nenhum benefício para país. O que se deve ter em mente é que a relação globalização e a Amazônia já é presente, mas ela será o que fizermos dela e entre o que é e o que pode ser, vai a margem de flexibilização, de alternativa e liberdade.

Rondônia e a globalização


Como você percebe a sensação atual é que passamos por um período com intensas transformações em todas as esferas da vida social. São movimento produzidos pela dinâmica societária global, pelos avanços conseguidos no conhecimento científico, pelo desenvolvimento de tecnologias e pela expansão do comércio em escala global.
A Globalização é um processo de integração econômica, cultural, social e política. Esse fenômeno é gerado pela necessidade do capitalismo de conquistar novos mercados, principalmente se o mercado atual estiver saturado. A intensificação da globalização aconteceu na década de 70, e ganha grande velocidade na década de 80. Um dos motivos para essa aceleração é o desenvolvimento de novas tecnologias, como por exemplo, no ramo da comunicação.
processo de globalização é a forma como os mercados de diferentes países interagem e aproximam pessoas e mercadorias. A quebra de fronteiras gerou uma expansão capitalista onde foi possível realizar transações financeiras e expandir os negócios, até então restritos ao mercado interno, para mercados distantes e emergentes. No entanto, as transformações e as novidades tecnológicas são apropriadas de forma desigual, gerando a ampliação do fosso social mundial, sendo neste período cada vez mais qualitativo, isto é, de acesso ao conhecimento.
Milton Santos, famoso geógrafo brasileiro, ao fazer críticas ao cenário mundial atual sugeriu uma globalização solidária, que fosse centrada em valores que não fossem ligados à hegemonia. Ele mencionou seus aspectos econômicos, e analisou o papel desempenhado pelas empresas na internacionalização do capital, e também os fluxos financeiros e o impacto que estes causam na cultura local.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Rondônia: Produto interno bruto per capita


PIB per capita é o produto interno bruto, dividido pela quantidade de habitantes residentes de um país. É um indicador muito utilizado na macroeconomia, e tem como objetivo a economia de um país, estado ou região. A cada ano esse número é oficialmente encaminhado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE ao Tribunal de Contas da União (TCU) para servir de base como um dos indicadores de repasse do Fundo de Participação dos Municípios das capitais e do Distrito Federal.
Em Rondônia, o produto Interno Bruto Per Capita 2012 foi de R$ 18.466,00 (Dezoito mil e quatrocentos e sessenta e seis reais), com um crescimento de 4,6% comparado ao ano anterior.

    Ranking do PIB Per Capita das Unidades da Federação, em relação ao Brasil e suas regiões – 2011-2012
Discriminação
2011
2012
PIB per capta (R$ 1,00)
Ranking
PIB per capta (R$ 1,00)
Ranking
Brasil
Região
Brasil
Região
Brasil
21.536
-
-
22.646
-
-
Região Norte
13.888
-
-
14.179
-
-
Rondônia
17.659
13º
18.466
12º
Acre
11.783
18º
12.690
19º
Amazonas
18.244
12º
17.856
13º
Roraima
15.106
14º
15.577
14º
Pará
11.494
20º
11.679
22º
Amapá
13.105
15º
14.915
15º
Tocantins
12.891
16º
13.776
16º
Região Nordeste
10.380
-
-
11.045
-
-
Maranhão
7.853
26º
8.790
26º
Piauí
7.853
27º
8.138
27º
Ceará
10.314
23º
10.473
23º
Rio Grande do Norte
11.287
22º
12.249
20º
Paraíba
9.349
24º
10.152
24º
Pernambuco
11.776
19º
13.138
18º
Alagoas
9.079
25º
9.333
25º
Sergipe
12.536
17º
13.181
17º
Bahia
11.340
21º
11.832
21º
Região Sudeste
28.358
-
-
29.718
-
-
Minas Gerais
19.537
10º
20.325
10º
Espirito Santo
27.542
29.996
Rio de Janeiro
28.696
31.065
2ºº
São Paulo
32.449
33.624
Região Sul
24.383
-
-
25.634
-
-
Paraná
22.770
24.195
Santa Catarina
26.761
27.772
Rio Grande do Sul
24.563
25.779
Região Centro Oeste
27.830
-
-
29.844
-
-
Mato Grosso do Sul
19.875
21.744
Mato Grosso
23.218
25.946
Goiás
18.299
11º
20.134
11º
Distrito Federal
63.020
64.653
                Fonte: IBGE/SEPOG, Contas Regionais do Brasil.
   Dados preliminares

Agricultura

Com uma agricultura forte alicerçada em pequenas e médias propriedades rurais, o Estado de Rondônia desponta no cenário nacional na produção de milho, soja, arroz, peixes e outros gêneros de primeira necessidade. O Estado exporta carne para mais de 30 países, e recentemente recebeu certificado do Ministério da Agricultura para comercializar este produto com os Estados Unidos.
A história remonta a década de 1970, quando estado atraiu agricultores do centro-sul do país, estimulados pelos projetos de colonização e reforma agrária do governo federal e da disponibilidade de terras férteis e baratas. O desenvolvimento das atividades agrícolas trouxe uma série de problemas ambientais e conflitos fundiários.
Por outro lado, transformou a área em uma das principais fronteiras agrícolas do país e uma das regiões mais prósperas e produtivas da região norte. O estado destaca-se também na produção de café, cacau, feijão, milho, soja, arroz e mandioca. Até mesmo a uva, fruta pouco comum em regiões com temperaturas elevadas, é produzida em Rondônia, mais precisamente no sul do Estado.

Apesar de apresentar um volume de produção crescente ao longo dos anos e do território pequeno para os padrões da região (7 vezes menor que o Amazonas e 6 vezes menor que o Pará), Rondônia ainda possui mais de 60% de seu território totalmente preservado, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, tendo alcançado uma redução de 72% nos índices de desmatamento entre 2004 e 2008.


Principais produtos agrícolas

Os mais recentes dados relativos aos principais produtos agrícolas produzidos em Rondônia estão condensados no quadro abaixo:

Produção e taxa de crescimento (%) da produção das principais lavouras Rondônia – 2010-2012
Produtos
Produção
Taxa de crescimento
2010
2011
2012
2011/2010
2012/2011
Arroz (em casca) (t)
164.701
168.956
239.082
2,58
41,51
Cana-de-açúcar (t)
233.527
218.975
221.870
-6,23
1,32
Feijão (em grão) (t)
8.747
35.563
37.685
306,57
5,97
Mandioca (t)
505.004
513.515
472.207
1,69
-8,04
Milho (em grão) (t)
365.980
340.045
534.423
-7,09
57,16
Soja (em grão) (t)
385.388
419.522
470.485
8,86
12,15
Banana (cacho) (t)
53.037
53.965
59.151
1,75
9,61
Cacau (em amêndoa) (t)
17.486
15.770
16.314
-9,81
3,45
Café (em grão) Total (t)
141.160
88.119
85.444
-37,58
-3,04
Coco-da-baía (Mil frutos)
1.550
90
913
-94,19
914,44
Arroz (em casca) (t)
164.701
168.956
239.082
2,58
41,51
Fonte: SEPOG-RO/IBGE. Produção Agrícola Municipal


Observa-se que há um volume significativa de milho, soja, mandioca e uma taxa de crescimento expressiva da produção de feijão nos últimos anos. A produção de soja é integralmente comercializada para fora do estado. A agricultura de Rondônia, entretanto, ainda não satisfaz adequadamente seu consumo interno em alguns produtos, além de sofrer algumas outras restrições que limitam seu poder de competitividade com a produção do Centro Sul brasileiro.
Para melhor compreensão da performance da agricultura rondoniense, em relação ao contexto nacional e às suas possibilidades, pode-se visualizar o rendimento das principais culturas por meio do quadro abaixo:

            Média da produção agrícola por hectare.
Produto
Brasil
Média Máxima
UF
Rondônia
Arroz
2.414
4.828
RS
1.751
Feijão
614
1.673
DF
582
Mandioca
12.769
23.136
SP
17.112
Milho
2.497
4.122
DF
1.840
Soja
2.162
2.482
MT
2.246
Cacau
447
596
PA
451
Café
1.124
1.529
RJ
1.211
               Fonte: IBGE – Anuários Estatísticos, em kg por hectare.

Outro aspecto da produção é considerá-la enquanto culturas anuais ou permanentes relativamente às áreas colhidas e ao rendimento que oferecem. Cabe ressaltar ainda a supremacia das culturas permanentes sobre as anuais, não só no que concerne aos quantitativos como também relativamente aos percentuais de rendimento. Sintetizando, pode-se afirmar que:
  • Rondônia é grande produtor de arroz, chegando a produzir 126.7 mil toneladas na safra 2014/2015, gerando inclusive excedente para exportação. No entanto, parte do arroz consumido vem de outros estados, em função da qualidade.
  • A soja foi introduzida no Estado pelo chamado Centro-Sul, região de Vilhena e Arredores, onde encontra tipo de solo apropriado à mecanização que esta lavoura exige. Levantamento da CONAB, safra 2014/2015 mostra que a produção chegou a 738,9 mil toneladas e tende a aumentar considerando a consolidação do corredor de exportação de grãos, por meio do porto graneleiro de Porto Velho.
  • Segundo maior produtor de café conilon do País, o Estado de Rondônia obtém produção significativa a cada ano. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab, em 2015 produziu aproximadamente 1.856,8 milhão de sacas, superando o resultado do ano anterior em 379,5 mil sacas.
  • Quanto ao milho, levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), safra 2015/2016, foi de 663,7 mil toneladas
  • O feijão é totalmente comercializado no prazo máximo de sessenta dias após a colheita sendo uma parte exportado para vários estados brasileiros. Na entressafra o feijão tem de ser importado para suprir o abastecimento interno.
Fruticultura

A fruticultura rondoniense ainda é pouco expressiva. A industrialização cresce, mas a maioria das frutas ainda são vendidas in natura. A produção está concentrada ao norte e no centro do Estado, principalmente nos municípios de Porto Velho, Cujubim, Buritis; Cacoal; Ariquemes; Guajará-Mirim; Seringueiras; Presidente Médici; Novo Horizonte; Pimenta Bueno; Espigão do Oeste; Rolim de Moura; Itapuã do Oeste e Ji-Paraná.
O abacaxi é a fruta mais produzida do Estado, seguida da banana, cupuaçu; coco; maracujá; melancia; laranja; açaí; pupunha e mamão. A fruticultura é um seguimento que tende a crescer com o incremento de pesquisas e novas tecnologias.
Outro fator importante para desenvolver a fruticultura no Estado é a assistência técnica eficiente, uma vez que o segmento, em grande parte é desenvolvido por agricultores familiares.
As boas condições ambientais de clima e solo e a crescente demanda por frutas da região Amazônica, credenciam a fruticultura como atividade econômica de elevado potencial para exploração agrícola em Rondônia, principalmente as fruteiras consideradas perenes. Atualmente já existem em Rondônia significativos pólos de plantios e produção de cupuaçu (Porto Velho), pupunha (Nova Califórnia), laranja (Rolim de Moura e Espigão do Oeste), castanha (Guajará-Mirim e Extrema), e a banana que é cultivada praticamente em todo o estado.
Todavia, a expansão da fruticultura em Rondônia, precisa vir acompanhada de incentivos para a implantação de agroindústrias, de modo a agregar valor às frutas, evitar desperdícios, e abrir perspectivas de colocação dos produtos da fruticultura em outros grandes centros consumidores do país e até mesmo do exterior.

Outras culturas agrícolas

A oferta atual de legumes e verduras de Rondônia é incipiente, sendo o Estado importador desses produtos. Contudo, recentes experiências bem-sucedidas com a “plasticultura”, que começa a se difundir em todos os municípios do Estado, é de se prever que a cultura de legumes e verduras possa vir a ter um importante papel no quadro produtivo, substituindo importações e até mesmo gerando excedentes.
A plasticultura advém da necessidade de produção de gêneros agrícolas de qualidade, com garantia de abastecimento regular e redução da sazonalidade, com geração de renda, geração de empregos e fixação do homem no meio rural e sustentabilidade econômica e ambiental através da exploração intensiva de áreas cultiváveis especificamente em hortaliças, flores e frutas.

Piscicultura

As primeiras referências da atividade de piscicultura no Estado aconteceram por iniciativa da Empresa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia – EMATER-RO na década de 1980. Cerca de trinta anos depois Rondônia se tornou um dos principais criadores de peixe, destacando-se como o maior produtor de peixes redondos da região norte, e encontra-se na vanguarda da produção da espécie pirarucu (Arapaima gigas).
Uma das peculiaridades do crescimento da piscicultura no Estado é a participação decisiva da agricultura familiar neste quadro. Essa evolução se deve ao conjunto de inúmeros fatores:
  • Aspectos físicos como disponibilidade de recursos hídricos, temperatura, etc.,
  • Opção por espécies nativas, como o tambaqui, que possui bom desempenho zootécnico e tecnologia de produção conhecida;
  • Mercado em expansão, pronto para ser ocupado não só pela diminuição da oferta de pescado oriundo da pesca artesanal, mas pelo aumento do consumo per capta, tendência mundial até o incentivo do governo por meio de políticas públicas, somados ao interesse dos agricultores familiares pela atividade como alternativa de uso do solo e renda, potencializada pela assistência técnica que promove o desenvolvimento da atividade.
Em Rondônia a piscicultura é caracterizada pela produção de peixes em regime semintensivo de criação. Esse aumento expressivo na produção, reflexo direto tanto do aumento da área alagada como da produtividade, como previsto em qualquer produção que apresenta crescimento acelerado, vem acompanhado de questões sanitárias. Questões que encontram na adoção de Boas Práticas de Manejo – BPM, o caminho para a produção de peixes com condições de sanidade animal que atendam às expectativas do mercado consumidor, cada vez mais exigente

Pecuária

Atualmente, o estado possui um rebanho bovino de 11.709.614 de cabeças de gado, dos quais 8.107.541 com finalidade de corte e 3.622.073 com finalidade leiteira, sendo o 8º maior do país. Em 2008, Rondônia foi o 5º maior exportador de carne bovina do país, de acordo com dados da Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos), superando estados tradicionais, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
Rondônia é líder em produtividade no setor agropecuário leiteiro nacional. De acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de 2009, o Estado é responsável pela produção anual de 747 milhões de litros de leite, o que resulta em uma média de 487 litros por habitante por ano, totalizando 1,4 milhão por ano.
A pecuária foi à atividade do setor primário que mais se expandiu nos últimos anos no Estado, especialmente a bovina, que hoje se apresenta como plenamente capaz de satisfazer o consumo interno e ainda oferecer excedentes exportáveis. A pecuária de corte possui nível tecnológico mais elevado que a pecuária de leite e tem evoluído mais rapidamente junto com a expansão das áreas de pastagens, contra uma estagnação, até mesmo redução de áreas de lavoura.
A pecuária de leite se desenvolveu mais nas áreas de pequenas e médias propriedades, como fator de agregação de renda aos agricultores tradicionais e se caracteriza pelo seu baixo nível tecnológico e baixa produtividade. No entanto, a grande quantidade de leite produzida no estado tem provocado a expansão da indústria de laticínio.

Produção de carne bovina

Em decorrência da expansão da pecuária em Rondônia, em particular do rebanho bovino, a produção de carne de gado já atingiu patamares de autossuficiência e os frigoríficos em operação se voltaram para a exportação, sendo São Paulo e Manaus os principais mercados compradores.
Estes produtos, por sua importância relativa na pauta de produtos exportados por Rondônia, merecem uma análise mais detalhada de sua oferta, por se apresentarem como os de maior potencial de resposta imediata ao atendimento de eventuais demandas de comercialização externa.
A indústria de abate de bovinos em Rondônia é constituída por 06 (seis) frigoríficos localizados em Porto Velho, Ariquemes, Cacoal, Ji-Paraná, Rolim de Moura e Vilhena. Todos se encontram regularizados junto ao Serviço de Inspeção Federal - SIF e, portanto, aptos a comercializarem com outros estados e exportar para outros países. Estão entrando em funcionamento mais dois outros, localizados nos municípios de Candeias e Jaru.

Extrativismo mineral

O extrativismo mineral com exceção da madeira e da extração de cassiterita em Bom Futuro o extrativismo – que marcou toda a história de Rondônia – perdeu nos dias de hoje qualquer sentido verdadeiramente econômico. Borracha, castanha do


Pará, pau rosa, ipeca, copaíba, ouro, que foram todos itens importantes na pauta de exportações de Rondônia até há algumas décadas atrás, representam pouco atualmente.
A garimpagem de cassiterita na jazida de Bom Futuro deu origem a pequenas empresas mineradoras que utilizam processos mecanizados e que mantém atividade produtiva. Contudo, a exploração das jazidas de Pitinga/AM, aumentando a oferta do produto, somando-se à queda dos preços internacionais, constituem os principais fatores responsáveis pela drástica redução da atividade extrativa mineral no estado, por parte das grandes empresas mineradoras.
A extração de ouro, que já teve grande importância, é hoje totalmente insignificante. A exploração de minerais não metálicos, tipo areia, argila e cascalho, é feita em grande parte pela economia informal, tendo significativa importância social. Há importante ocorrência de rochas graníticas com elevado valor de mercado, para uso na construção civil. A mineração de calcário dolomítico, em Pimenta Bueno, com capacidade para 50.000 ton/ano, representa um importante insumo agrícola na correção da acidez do solo, característica predominante em grandes áreas da Amazônia.

Granito e pedras ornamentais

Embora o potencial das jazidas de granito do estado não esteja perfeitamente dimensionado, a ocorrência desse minério em vários municípios como Ariquemes, Jaru, Ouro Preto e Ji-Paraná, além de outros, permite afirmar que o suprimento dessa matéria prima para a indústria está assegurado por muitas décadas. Por outro lado, o granito encontrado em Rondônia em forma bruta é de excelente qualidade, apresentando várias tonalidades e, por conseguinte, atendendo a exigência de diversos mercados.
Estudos preliminares de composição de custos de produção sinalizam uma redução do preço final do produto por volta de 30%, se cotejado com similares oriundos de outros estados. Constata-se que ainda existe espaço para novos investimentos no setor, dada a quantidade, qualidade e diversificação dos tipos de matérias-primas existentes no estado.

Indústria madeireira
A indústria madeireira em Rondônia, devido ao seu caráter pioneiro, típico das novas áreas de ocupação e de colonização, assumiu um papel histórico, uma vez que contribuiu, ao lado das atividades extrativas minerais e agropecuárias, para a formação e o desenvolvimento de muitos municípios.
Entretanto, as pressões internacionais sobre a ocupação da Amazônia e os modelos adotados para a exploração dos recursos naturais, além das alterações ocorridas na legislação ambiental brasileira, foram fatores que exerceram influências marcadamente restritivas à manutenção das atividades madeireiras na região.
Todavia essa atividade ainda é muito significativa para a economia do Estado, por ser grande empregadora de mão-de-obra e importante geradora de renda e tributos. Em decorrência das dificuldades vivenciadas, o setor foi induzido a buscar outras alternativas de exploração das madeiras denominadas "brancas", abundantes em todo o Estado, principalmente na produção de laminados e compensados. Tal fato se constituiu em importante evolução para o setor pela verticalização e diversificação da produção e pela introdução de novas tecnologias, possibilitando a instalação de algumas grandes empresas que, individualmente, empregam até 500 operários.

Produção de energia

Além de contar com a Usina Hidrelétrica de Samuel, localizada no município de Candeias do Jamari, construída nos anos 80 para atender à demanda energética dos estados de Rondônia e Acre, bem como diversas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), foi construída no Rio Madeira, as usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, que juntas apresentam uma capacidade instalada de 6.450 MW.
As usinas são apontadas pelos especialistas da área como uma solução para os problemas de racionamento de energia do país. Apesar da polêmica criada em torno das obras por parte de ambientalistas e organizações não-governamentais, serão as primeiras da Amazônia a utilizar o sistema de turbinas tipo "bulbo", o que não requer grandes volumes de água, uma vez que as mesmas são acionadas pela correnteza do rio e não pela queda d'água 

Turismo

Na área turística, Rondônia tem um grande potencial a ser explorado. Apresenta uma diversidade única e cenários encantadores, tais como floresta tropical, cerrado, campos naturais, serras, planícies e pantanais, além de rios com belas cachoeiras, corredeiras e praias.
De acordo com a Superintendência Estadual de Turismo - SETUR/RO, destacam-se em no Estado o Turismo Cultural e de Negócios, que nos últimos anos vem atraindo turistas interessados em conhecer a rica história da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e a arquitetura clássica do Mercado Cultural bem como os passeios em barcos que os levam até a monumental Usina Hidrelétrica de Santo Antônio.
A capital Porto Velho tem, ainda, vários memoriais e museus, dentre os principais: Museu Internacional do Presépio (Comunidade São Thiago Maior), Museu da Geologia (Palácio Presidente Vargas), Memorial Jorge Teixeira, Ladeira Comendador Centeno e Prédio do Relógio. As festas mais tradicionais da cidade refletem bem a cultura local, são elas: “Arraial Flor do Maracujá” e o Carnaval de Porto Velho com a tradicional “Banda do Vai Quem Quer”. A cidade também dispõe de toda a infraestrutura, com aeroporto internacional e acesso rodoviário através da BR-364 o que possibilita fácil acesso.
Destaca-se também o turismo ecológico e histórico  na cidade de Guajará-Mirim, conhecida como Pérola do Mamoré que dispõe de uma área de conservação que engloba mais de 93% de seu território, oferecendo aos seus visitantes: gastronomia regional, artesanato, ecoturismo, folclore turismo histórico além do famoso Duelo da Fronteira, disputa dos “bois” Malhadinho e Flor do Campo, cheios de simbolismos, ritmos e adereços que emocionam o público. 
Outra cidade que se destaca na área turística é Ouro Preto d’Oeste que conta com uma excelente infraestrutura hoteleira e atrativos como o Morro Chico Mendes, aonde são realizados saltos de Parapente e Voo-livre e a prática de Trike drift. Outra experiência que se pode encontrar na cidade é o Turismo Agroambiental no Vale das Cachoeiras na tríplice-fronteira (Ouro Preto, Teixeiropólis e Nova União).
Para os adeptos do turismo ecológico, Rondônia apresenta o Santuário do Vale do Guaporé que vai de Vilhena, passando por Costa Marques e Porto Rolim região com uma curiosidade interessante por ser a única do estado com três Biomas: Pantanal, Amazônia e Cerrado. Na cidade de Costa Marques se pode encontrar uma das maiores relíquias do Brasil: O Real Forte Príncipe da Beira, sendo a maior edificação de Portugal feita fora do território português, construído em 1776, para marcar os limites entre o Brasil e a Bolívia.