A figura de Agostinho de Hipona é apresentada como
um dos últimos representantes da Antiguidade e por outros como o primeiro
representante da tradição medieval. Longe de esgotar este debate, nos interessa
identificar que a obra de Santo Agostinho é o resultado de uma sistematização
que foi muito útil para a afirmação dos ensinamentos do Cristianismo,
combatendo os céticos, e retomando parte da elaboração platônica, sem, contudo,
ser ele mesmo um platônico.
O período da Filosofia medieval foi marcado pela
instauração dos debates, as disputas como o choque entre Nominalistas e
Universalistas. Houve uma separação dos saberes e dois campos de conhecimento:
a Teologia, que investigava sobre as questões relativas a Deus, vista como
superior; e a Filosofia, que abrangia todos os outros saberes, inclusive as
investigações sobre natureza, fazendo com que a Filosofia fosse um nome dado a
um grande número de saberes.
Outro grande nome da Filosofia medieval foi o de
Tomás de Aquino, um dos responsáveis pela cristianização do pensamento
aristotélico e pela modernização das teorias do mundo cristão. A apropriação de
conceitos como "motor primeiro imóvel" e a clareza da demonstração
tomistas em que é exposta uma tese, seguida dos argumentos favoráveis e
contrários e a refutação desses últimos, indicava a capacidade do mestre em
organizar os argumentos e realizar as sínteses da sua religião e também da obra
de Aristóteles.
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