A situação climática de uma localidade ou região o é resultado da interação entre diversos fatores em diferentes escalas geográficas. De forma geral, destaca-se a circulação da atmosfera que determina a dinâmica climática, a atuação de massas de ar, frentes e demais sistemas responsáveis pela produção do tempo e do clima.
Nas escalas local e regional,
aspectos relativos à topografia do terreno, altitude e uso e ocupação do solo
apresentam-se como condicionantes que devem ser tratadas com aspectos
relevantes na atenuação ou intensificação dos elementos e fatores climáticos.
O
clima do Estado de
Rondônia não sofre grandes
influências do mar ou da altitude. Predomina o clima tropical, úmido e quente, com médias anuais de temperatura entre 24ºC e 26°C,
com temperatura máxima entre 30ºC e 34ºC e mínima entre 17ºC e 23ºC
Tal fator climático decorre da sua localização na Amazônia Ocidental, situado entre os paralelos 7º58’ e 13º43’ de Latitude Sul e os meridianos 59º 50’ e 66º48 de Longitude Oeste de Greenwich.
Caracteriza-se por apresentar homogeneidade espacial e sazonal da
temperatura média do ar, o mesmo não ocorrendo em relação à precipitação pluviométrica
que apresenta uma variabilidade temporal, e em menor escala espacial,
ocasionado pelos diferentes fenômenos atmosféricos que atuam no ciclo anual da
precipitação.
Mapa: Temperatura média anual em
Rondônia.
A classificação climática objetiva caracterizar em
uma grande área ou região zonas com características climáticas homogêneas. A
classificação do clima também pode ser feita para localidades específicas,
levando-se em conta tanto as características da paisagem natural, baseando-se
no fato da vegetação ser um integrador dos estímulos do ambiente, como também
os índices climáticos.
Há várias classificações do clima.
·
Classificação de Köppen;
·
Classificação climática de
Strahler;
·
Classificação climática de
Thornthwaite;
·
Classificação climática de
Flohn;
·
Classificação climática de
Budyko.
De acordo com a classificação de
Köppen, o Estado de Rondônia possui um clima do tipo Aw (Clima Tropical
Chuvoso), com média climatológica, durante o mês mais frio, superior a 18ºC e
um período seco bem definido durante a estação do inverno.
Fatores que atuam na formação do clima
Diversos fatores atuam para a formação das condições do tempo de um local e, consequentemente, para a formação de seu clima. Esses fatores são agentes causais que condicionam os elementos. Podem ser classificados de acordo com a escala de estudo, ou seja, com efeitos no macro, topo e microclima.
Fatores climáticos. Fonte: http://www.lce.esalq.usp.br/aulas/lce306/Aula3.pdfMacroclima
São aqueles que atuam em escala regional ou geográfica. São classificados como permanentes (latitude, altitude/relevo, oceanidade/continentalidade, etc.) ou variáveis (correntes oceânicas, centros semipermanentes de alta e baixa pressão, massas de ar, composição atmosférica, etc.)
Topoclima
São aqueles que dependem do relevo local, especialmente da configuração dos terrenos e da exposição desses em relação à radiação solar. Esses fatores devem ser levados em consideração nas regiões S e SE do Brasil, quando da implantação de culturas susceptíveis às geadas
Microclima
São aqueles que modificam o clima em microescala, devido ao tipo de cobertura do terreno ou prática agrícola, podendo assim ser modificado pelo homem. Muitas vezes a alteração do microclima é necessária para que se possa cultivar, uma certa não apta, ao macroclima da região.
Precipitação
A precipitação média anual é em torno de 1.400 a 2500 mm e mais de 90% desta ocorre na estação chuvosa. Os principais fenômenos atmosféricos ou mecanismo dinâmico que atuam no regime pluvial do estado de Rondônia são as altas convecções diurnas (água evaporada no local e a evapotranspiração resultante do aquecimento das superfícies das águas, florestas e vegetação), associadas aos fenômenos atmosféricos de larga escala: Alta da Bolívia – AB, a Zona de Convergência Intertropical – ZCIT e as Linhas de Instabilidade – Lis.
Mapa: Precipitação média anual em Rondônia.
O período chuvoso ocorre de outubro a abril, e o
período mais seco em junho, julho e agosto. Maio e setembro são meses de
transição. Outros aspectos a serem considerados são os efeitos do desmatamento
e das queimadas que em grande escala, e por longo período de tempo podem
provocar mudanças na qualidade do ar e no clima regional e global.
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