segunda-feira, 22 de março de 2021

Os ciclos da borracha na Amazônia

No auge da corrida da borracha, 5 mil homens chegavam à Amazônia a cada semana. Em 1909, se produzia 500 toneladas a cada dez dias. O pico da exportação se deu em 1911: 44,4 mil toneladas, o equivalente a U$$ 200 milhões. Os barões da borracha acendiam charutos com notas de U$$ 100 e davam champanhe em baldes a seus cavalos. Suas mulheres mandavam lavar roupas em Lisboa e eram as maiores consumidoras per capta de diamantes do mundo. Fonte: http://istoe.com.br

O primeiro ciclo da borracha – 1879 a 1912

Vivendo do extrativismo vegetal, a economia regional se desenvolveu por ciclos, acompanhando o interesse do mercado com a extração dos diversos recursos naturais da região. A produção da borracha de forma exclusiva no período de 1879 a 1912 (primeiro ciclo) passa a gerar lucros a quem quer que se aventurasse neste comércio.

A borracha natural logo conquistou um lugar de destaque nas indústrias da Europa e da América do Norte, alcançando elevados preços. A partir da extração da borracha surgiram várias cidades e povoados, depois também transformados em cidades. Belém e Manaus, que já existiam, passaram por importantes transformações entre 1890 e 1920.

 O segundo ciclo da borracha – 1942 a 1945

Com o domínio das forças militares japonesas no Pacífico Sul no decorrer dos primeiros meses de 1942 e a consequente invasão da Malásia, passaram a também ter o controle dos seringais. O resultado foi a brusca queda de 97% da produção da borracha asiática. Novamente o Brasil gera precedentes para novos investimentos nas atividades rurais e extrativistas.

A saída foi o alistamento compulsório no ano de 1943, de trabalhadores nordestinos realizado pelo Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia (SEMTA), com sede em Fortaleza, capital do Ceará, criado pelo então Estado Novo. Esses novos seringueiros receberam a denominação de Soldados da Borracha e novamente Manaus experimenta um novo crescimento econômico e populacional na região

Com o final da Segunda Guerra Mundial o Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia foi extinto e um grande contingente de imigrantes, os chamados Soldados da Borracha, ficaram entregue à própria sorte.


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