A extração e comercialização da borracha na região amazônica no século 19, constituiu uma parte importante da história econômica e social do Brasil. Com a Revolução Industrial, na Europa, a borracha, até então produzida apenas na Amazônia, foi um produto bastante procurado e valorizado pelo mercado internacional.
Diante das circunstâncias do momento, o governo brasileiro colocou à venda diversas propriedades no início do século 20, ocorrendo que em 1927, o americano Henry Ford foi o primeiro a comprar terras no vale do Rio Tapajós para produzir os pneus de seus próprios automóveis. A Fordlândia, nome dado por seu comprador recebeu investimento de 125 mil dólares para a exploração dos seringais.
Em pouco tempo, diante das dificuldades do cultivo das seringueiras devido a região ser montanhosa e o solo arenoso, e ainda pela incidência do ataque de um fungo até então desconhecido pelos americanos, a empreitada ocasionou sérios prejuízos para a Companhia Ford Industrial do Brasil.
A baixa produtividade, falta de critérios técnicos, queda na demanda mundial por borracha e a produção sintética do produto levaram ao fracasso dos americanos na região do Tapajós, em 1945.
A borracha e sua
importância no século XIX
A grande importância da borracha na indústria se deu desde o início da Revolução Industrial, no século XVIII. No entanto, a grande necessidade pelo uso da borracha surge mesmo no final do século XIX, quando a recém-criada indústria de automóveis estava em plena expansão.
O uso da borracha como matéria prima industrial para a fabricação de pneus se deve aos estudos realizados pelo cientista Charles Goodyear, que desenvolveu o processo de vulcanização, através do qual a resistência e a elasticidade da borracha foram sensivelmente aprimoradas. A região amazônica, uma das maiores produtoras de látex, aproveitou do aumento transformando-se no maior polo de extração e exportação de látex do mundo.
Na década de 1910, empresários holandeses e ingleses entraram no lucrativo mercado mundial de borracha. A produção em larga escala e a custos baixos na Ásia (Ceilão, Indonésia e Malásia) fez com que, no começo da década de 1920, a exportação da borracha brasileira caísse significativamente. Chagava assim, o fim do ciclo da borracha no Brasil.
Os ciclos da
borracha na Amazônia
Seu auge ocorreu entre os anos 1879 e 1912 (primeiro ciclo) e uma sobrevida entre os anos 1942 e 1945 (segundo ciclo), por ocasião da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Nos dois períodos, o governo brasileiro valeu-se da mão de obra nordestina para a extração do látex e produção da borracha, nos seringais da Amazônia.
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