As avaliações padronizadas já vêm sendo realizadas pelo Ministério da Educação (MEC) durante alguns anos, a exemplo do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA), Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), Provinha Brasil e Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB). Esta última é uma avaliação diagnóstica conhecida como Prova Brasil,desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), e aplicada nas escolas com critérios definidos, desde o ano de 2005.
Além desse diagnóstico, as médias de desempenho nessas avaliações determinam o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e as taxas de aprovação nas instituições avaliadas. Para isso utilizam-se como escopo os resultados obtidos pelos alunos do Ensino Fundamental e Médio nas disciplinas de Português e Matemática. Estes resultados são representados em uma escala de desempenho que descreve, em cada nível, as competências e as habilidades que os alunos são capazes de demonstrar.
A leitura do desempenho escolar é viabilizada pela utilização de testes elaborados a partir das Matrizes Curriculares de Referência, construída tomando como base em descritores que são uma associação entre conteúdos curriculares e operações mentais desenvolvidas pelos alunos. Dessa forma, diante do valor que essas avaliações representam para a qualidade da Educação Brasileira, este artigo tem como objetivo refletir sobre a importância das Matrizes de Referência de Língua Portuguesa para a realização das avaliações externas, com destaque na Prova Brasil, assim como analisar as concepções de texto-enunciado e gênero do discurso nessas Matrizes.
Neste sentido, remetidos à importância que o tema traz para o contexto educacional atual no Brasil, esse é um tema relevante que merece ser debatido e refletido não somente para a aferição da qualidade do ensino, mas também para a abertura de visão para outras possibilidades dos sistemas de ensino traçarem diagnósticos de suas redes e desenvolver novas estratégias para o enfrentamento dos problemas que possam impedir o desempenho dos estudantes.
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