No
Brasil as políticas públicas voltadas para os Povos e Comunidades
Tradicionais são recentes e tiveram como marco a Convenção 169 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), que foi ratificada em
1989 e trata dos direitos dos povos indígenas e tribais no mundo.
Esse público passou a integrar a agenda do governo federal em 2007,
por meio do Decreto 6.040, que instituiu a Política Nacional de
Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais.
Entre
os povos e comunidades tradicionais no território brasileiro estão
os quilombolas, ciganos, matriz africana, seringueiros, castanheiros,
quebradeiras de coco-de-babaçu, comunidades de fundo de pasto,
faxinalenses, pescadores artesanais, marisqueiras, ribeirinhos,
varjeiros, caiçaras, praieiros, sertanejos, jangadeiros, ciganos,
açorianos, campeiros, varzanteiros, pantaneiros, caatingueiros,
entre outros.
As
Comunidades Tradicionais constituem aproximadamente 5 milhões de
brasileiros e ocupam um quarto do território nacional. Por seus
processos históricos e condições específicas de pobreza e
desigualdade, acabaram vivendo em isolamento geográfico e/ou
cultural, tendo pouco acesso às políticas públicas de cunho
universal, o que lhes colocou em situação de maior vulnerabilidade
socioeconômica, além de serem alvos de discriminação racial,
étnica e religiosa.
Comunidades
tradicionais no espaço rondoniense
Ribeirinhos
- Os Ribeirinhos são
trabalhadores e trabalhadoras que residem proximidades dos rios e,
que há muito caracterizam-se por ter como principal atividade de
subsistência a pesca. ” (NEVES, 2008, p. 01). Estas comunidades
caracterizam-se pela diversificação nas atividades produtivas, as
quais giram em torno da cultura dos conhecimentos adquiridos sobre a
natureza e seu funcionamento, garantindo a sobrevivência de acordo
com necessidades e principalmente com o que o meio lhes oferece.
Seringueiros
- Os seringueiros
guardam consigo o conhecimento adquirido ao longo dos anos vividos em
meio à um ecossistema extremamente diversificado e complexo em meio
da floresta amazônica, onde desenvolveram todo um saber, todo um
conhecimento na sua convivência com a natureza que, sem dúvida,
constitui um enorme acervo cultural. ” (PORTO-GONÇALVES, 2001, p.
22).
Quilombolas
Os quilombolas são
descendentes dos escravos negros que sobrevivem em enclaves
comunitários. Apesar de existirem, sobretudo após o fim da
escravatura, no final do século XIX, sua visibilidade social é
recente, fruto da luta pela terra, da qual, em geral, não possuem
escritura. Assim, as comunidades Quilombolas apresentam traços
culturais relativos a um período histórico que deve ser preservado
e que merece seu devido respeito perante toda a sociedade. A busca
por uma significância histórica e por seu reconhecimento são as
marcas da luta quilombola por uma vida com mais justiça, dignidade e
igualdade.
Povos
Indígenas - A
expressão genérica Povos Indígenas refere-se a grupos humanos
espalhados por todo o mundo, e que são bastante diferentes entre si.
Em comum entre os povos indígenas é o fato de cada qual se
identificar como uma coletividade específica, distinta de outras com
as quais convive e, principalmente, do conjunto da sociedade nacional
na qual está inserida. Todo indivíduo que se reconhece como parte
de um grupo com essas características e é reconhecido pelo grupo
como tal pode ser considerado índio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário