Soldados da
Borracha foi o nome dados aos brasileiros que
entre 1943 e 1945 foram alistados e transportados para a região amazônica pelo Serviço Especial de Mobilização de
Trabalhadores para a Amazônia, com o objetivo de extrair borracha para
os Estados Unidos da América (Acordos de Washington) na II
Guerra Mundial. O contingente de Soldados da Borracha é calculado em mais
de 55 mil, sendo na grande maioria formado por trabalhadores nordestinos.
Depois de alistados, examinados e dados
como habilitados nos alojamentos em Fortaleza,
recebiam um kit básico de trabalho na mata, que constitui-se de: uma calça de
mescla azul, uma camisa branca de morim, um chapéu de palha, um par de
alpercatas, uma mochila, um prato fundo, um talher (colher-garfo), uma caneca
de folha de flandes, uma rede, e um maço de cigarros Colomy. Somente ao chegar
na Amazônia recebiam o treinamento para a extração da borracha.
Foi prometido aos Soldados da Borracha
que, após a guerra, estes retornariam à terra de origem. Na prática, a maioria
deles morreu de doenças como malária ou por influência de atrocidades da
selva. Os sobreviventes ficaram na Amazônia por não terem dinheiro para pagar a
viagem de volta, ou porque estavam endividados com os seringalistas.
RAÚJO,
Ariadne. A Saga dos Arigós, A História dos Soldados da Borracha. Ceará,
Suplemento especial do jornal O POVO, dia 21 de junho de 1998 Disponível on-lineMaio, 2011
BENCHIMOL,
Samuel. Romanceiro da Batalha
da Borracha. Manaus: Imprensa Oficial, 1992.
COSTA,
Mariete Pinheiro. O Parlamento
e os Soldados da Borracha no limiar da 2ª Guerra Mundial. Monografia
apresentada ao Programa de Pós-Graduação do Cefor/CD - Curso de Especialização
em Instituições e Processos Políticos do Legislativo. Brasília: 2007. Disponível
em PDF Maio, 2011
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