quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Gestão democrática: inovação tardia

              O que nos parece complexo atualmente, fazer uma gestão democrática nas escolas públicas, reflete a ineficácia e a insignificância com que a educação foi tratada em todos esses anos, nos quais apenas se fez discursos. No entanto, não precisamos entrar nessa discussão para perceber que na verdade, esta é uma prática que chega de forma tardia, uma vez que as escolas públicas, em muitos estados brasileiros,  por décadas ficaram a cargo de políticos, sem a devida autonomia e sem liberdade para implementar uma proposta pedagógica séria, eficaz que refletisse a aprendizagem dos alunos.
                Pensar em autonomia é pensar em liberdade para os diversos agentes sociais. Na escola, pode ser essa também, uma idéia complexa, porém motivante. O que deverá ser considerado são as multifaces das organizações educacionais, assim como suas interdenpências. Este sim é um motivo que faz esse processo democrático caminhar sempre diante de várias indagações, para que os atores envolvidos não camufle as informações, bem como, desprezem as opiniões da sociedade que deverá assiduamente participar.
                 Autores teóricos como Padilha (1998), Dourado (2000) e vários outros defendem a eleição de diretores de escola e a implantação de conselhos escolares como forma de implementar uma gestão eficaz. São essas, na verdade, teorias já implentadas na legislação educacional brasileira desde 1996, somente agora colocadas em prática. O que comprova a afirmação que fazemos de que a educação, por década tem sido relegada a segundo plano, no cenário político brasileiro.
                A discussão é longa, assim como o processo de amadurecimento dessa nova forma de gestão na escola pública. O que vemos, no momento é a certeza de um novo caminho, do qual o êxito no futuro depende dos atores que por ele caminharão. Bem ou mal, o primeiro passo foi dado diante da expectativa dos educadores e da sociedade que tanto esperaram por esse momento. A escola publica vai melhorar o ensino? As pessoas que ocuparão os cargos de diretores estão comprometidas? Os professores que diretamente atuarão neste processo estão devidamente preparados? Estas são algumas das indagações apriori suscitadas.
                   De imediato, que se vislumbra é o pensamento esperançoso de que a educação brasileira vai melhorar. Que a escola seja mais receptiva para os alunos e comunidade, que os professores se motivem a dar si o melhor e, por fim, que a educação, realmente transforme a sociedade pelo conhecimento.

Prof. Ms. Osmair O. Santos

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