quinta-feira, 21 de agosto de 2025

ESTADO DE RONDONIA E SEUS ESPAÇOS DE LAZER

          O lazer é um direito fundamental social garantido na constituição brasileira e faz parte de um conjunto de garantias legais que asseguram o bem-estar e a qualidade de vida do indivíduo, melhorando a vida e a saúde de toda a sociedade. Os direitos culturais, assim como o direito ao lazer, têm como base a dignidade da pessoa humana.

          Como um direito social, todos os indivíduos devem usufruir em condições de igualdade, para que tenham uma vida digna. São direitos que foram conquistados ao longo do tempo graças a reivindicações e muitas lutas da sociedade, visando a garantia da igualdade, liberdade e dignidade entre todos os seres humanos.

Seja qual for o tipo ou a forma escolhida de lazer, o importante é a promoção da qualidade de vida das pessoas, que, consequentemente, traz melhorias na forma como lida com sua vida pessoal, como executa seu trabalho e como se dedica aos estudos, e consequentemente na prevenção de inúmeros problemas de saúde.

De forma geral, a população de Rondônia dispõe de vários lugares para aproveitar o tempo de lazer, tanto individual e coletivo, como: campos de futebol, ginásios poliesportivos, parques alternativos, parques ecológicos, parques aquáticos, balneários, praias, museus, espaços culturais, etc.


Espaços de lazer em Rondônia

Espaços de lazer são locais com algum tipo de infraestrutura que possibilitam a execução de modalidades esportivas e/ou de lazer, cujo acesso da população se dê de maneira livre.

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Mercado Cultural de Porto Velho
Imagem: Osmair Santos.

Nesses espaços as atividades, mais do que preencher o tempo ocioso, desempenham um papel importante na vida das pessoas e são fundamentais para o desenvolvimento da sociabilidade e das relações interpessoais. 

Com o crescimento e contínuo processo de transformações da sociedade e dos seus espaços, as pessoas estão sempre buscando melhores condições de vida. Como atividade sociocultural o lazer é uma das atividades capaz de proporcionar o bem-estar social dos indivíduos uma vez que contribuem no desenvolvimento da cidadania, democracia e saúde da população.

O rondoniense dispõe de um número considerável de diversificados espaços de lazer em todos os municípios do estado. Mesmo que não sejam espaços dotados de infraestrutura construída pelos entes públicos, a natureza tem privilegiado o estado, dotando-o de vários paraísos naturais.

Vejamos alguns exemplos de espaços de lazer:

1.2.1 Praças: Esses espaços públicos presentes em todas as cidades rondoniense contextualizam sua história, e possuem diversificadas formas arquitetônicas e paisagísticas. São espaços onde a população desenvolve as mais variadas atividades.

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Praça Getúlio Vargas - Centro de Porto Velho
Imagem: Osmair Santos

1.2.2 Ginásios Poliesportivos: Nesses espaços de lazer a polução prática várias modalidades de esportes.

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Ginásio Poliesportivo Claudio Coitinho - Porto Velho
Imagem: Osmair Santos.

1.2.3 Estádio / Campos de Futebol: Locais, cuja modalidade esportiva requer grandes espaços. Em Rondônia, o mais conhecido é o Estádio Aluízio Ferreira de Oliveira, inaugurado em 1957, na capital Porto Velho.

Estádio Aluízio Ferreira, em Porto Velho — Foto: Jheniffer Núbia

Estádio Aluízio Ferreira – Porto Velho
Fonte: < https://ge.globo.com/ro/noticia/estadio-aluizio-ferreira-passara-por-obras-de-quase-r1-milhao.ghtml>. Acesso: 09/03/2022.

1.2.4 Quadras de esportes: As quadras esportivas são mais diversas áreas demarcadas para o desenvolvimento das praticas esportivas e estão presente no cotidiano das pessoas, praticamente todos os bairros ou zonas das cidades rondonienses.

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Quadra poliesportiva – Cacoal.

1.2.5 Parques aquáticos: Esses centros de diversões e atrações de divertimentos à base de água estão presentes em todos os municípios.

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Tênis Clube de Porto Velho

Fonte: <https://portovelho.portaldacidade.com/noticias/turismo/conheca-as-opcoes-de-lazer-e-entretenimento-fora-da-folia-em-porto-velho-3719>. Acesso em 09/03/2022.

1.2.6 Parques/ espaços para caminhada: Localizados em áreas urbanas ou rurais os parques são áreas que podem trazer qualidade de vida para a população.

Espaço Alternativo de Porto Velho
Imagem: Osmair Santos

1.2.7 Balneários: São os mais diversos lugares para banho, em todos os municípios rondonienses, tendo em vista a grande quantidade de rios existentes na região.

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Balneário Cachoeirinha – Porto Velho

Fonte: <https://portovelho.portaldacidade.com/noticias/turismo/conheca-as-opcoes-de-lazer-e-entretenimento-fora-da-folia-em-porto-velho-3719>. Acesso em 07/03/2022

1.2.8 Teatros: São os mais variados em todo o estado, lugares aonde as pessoas vão para assistir a espetáculos e outras manifestações artísticas.

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Teatro Estadual Palácio das Artes

Imagem: Osmair Santos

1.2.9 Museus: Importantes instrumentos de preservação da memória cultural de um povo, e responsáveis por seu patrimônio material ou imaterial. São vários ao longo do estado.

Museu das Comunicações Ji-Paraná (RO)

Museu Marechal Rondon – Ji Paraná
Fonte: <https://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-g2342995-d4376944>. Acesso em: 07/07/2022

1.2.10 Cultura: Local onde acontecem interações e promoções culturais e estão presente em todos os municípios de Rondônia. 

Esporte, Cultura e Lazer - Reorganização no Arraial Flor do Maracujá pode  bater recorde de público neste ano em Porto Velho - Governo do Estado de  Rondônia - Governo do Estado de Rondônia

Arraial Flor do Maracujá











RECURSOS NATURAIS

 

 Uso irregular do espaço urbano - casas construídas em terrenos irregulares.
Fonte: Osmair Santos

Recursos naturais são elementos da natureza que utilizamos para sobreviver. Alguns deles são o solo, a água, o ar e a vegetação. Sem eles a nossa existência no planeta se torna difícil, por isso é importante conservá-los e preservá-los.

Eles podem ser divididos em Recursos Naturais Renováveis e Não Renováveis. Todos eles no início da História da humanidade eram manejados de forma equilibrada. Porem com o surgimento de técnicas modernas, os seres humanos passaram a utilizá-los de forma exagerada e sem os devidos cuidados.

São exemplos de Recursos Renováveis: de água, solo, matéria orgânica, biocombustíveis e vento. São exemplos de Recursos Não Renováveis: petróleo, carvão mineral, minérios, materiais radioativos e gás natural.

Quando falamos em questões ou causas ambientais estamos dizendo que toda atividade que o ser humano exerce no meio ambiente provoca impacto ambiental que pode ser positivo ou negativo. Sendo negativo, pode ocasionar as mais diversas consequências como a poluição do solo, do ar e das águas, tanto as superficiais com as subterrâneas, bem como a extinção de espécies, inundações, erosões, mudanças do clima e a propagação dos mais diversos tipos de doenças.

Mudanças do clima, escassez de água e perda da biodiversidade são só alguns dos desafios que a humanidade já começa a enfrentar e que exigem a gestão consciente dos recursos naturais. São fatores proporcionados, em grande parte, pela falta de conscientização da população e através da exploração excessiva dos recursos naturais que coloca em perigo o equilibro do meio ambiente no planeta.

Entre as principais leis brasileiras que tratam da questão ambiental podemos destacar: a Lei nº 9.605/1998, que trata dos Crimes Ambientais, a Lei nº 12.305/2010 que Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e a Lei nº 9.795/1999, que dispõe sobre a educação ambiental, dentre outras. Vale apenas lembrar, que os estados e os municípios também possuem legislações específicas sobre o meio ambiente.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

 

Desde o ano de 1999, a Educação Ambiental tornou-se um componente essencial e permanente nas escolas brasileiras. Deve ser ensinada de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal. Sobre o seu significado, veja o que diz a lei:

Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltados para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Política Nacional de Educação ambiental - Lei nº 9.795/1999.

Sua grande importância reside na formação de cidadãos conscientes quanto ao desenvolvimento de práticas sustentáveis em relação ao uso dos recursos naturais e o cuidado com o meio ambiente. O ensino de Educação Ambiental visa a promoção da mudança de comportamentos para que desde de cedo as pessoas possam saber lidar com as questões que envolvem o seu ambiente individual e coletivo.

Prefeitura realiza palestra do projeto Horta nas Escolas

Atividades de Educação Ambiental nas escolas – Horta escolar
Fonte: <https://www.suzano.sp.gov.br/web/prefeitura-realiza-palestra-do-projeto-horta-nas-escolas/>. Acesso em 10/03/2022.

Como prática concretizada nos sistemas educacionais municipais e estaduais de Rondônia, a Educação Ambiental, a começar pelos estudantes, chega até seus familiares promovendo a conscientização da família e automaticamente promovendo uma reeducação ambiental na sociedade através da informação e do conhecimento.

Os 5R’s

Os 5R’s surgiram a partir do conceito de consumo sustentável que tem como fundamento a redução dos resíduos sólidos gerados pela população. Neste sentido, a politica dos 5R’s foca na mudança de atitudes individuais, uma vez que os diversos problemas ambientais têm sido ocasionados pelo modo de produção e consumo da sociedade moderna.

ECONOMIA LINEAR

Fonte: <https://www.espectro3d.com.br/economia-circular-5rs>. Acesso em 11/03/2022.

O consumo responsável pode ser praticado diariamente, basta para isso, antes de adquiri qualquer produto, se questionar sobre as consequências do mesmo para o meio ambiente, desde o processo de fabricação até o seu descarte.

O compromisso que advém dos 5R’s é a responsabilidade que todos precisam assumir em relação ao consumo exagerado e o desperdício. Isso só se faz se os nossos valores e práticas forem repensados.

De maneira resumida os 5R’s significam:

  • Repensar: significa a necessidade de refletirmos sobre o modo e quanto consumimos e as consequências para o ambiente e para a sociedade.

  • Reduzir: significa a necessária diminuição da quantidade do que compramos e olhar voltado somente ao necessário.

  • Recusar: significa dizer não para a compra de um produto quando não concordamos com suas características e procedência.

  • Reutilizar: significa dar um novo uso para um produto que já foi utilizado.

  • Reciclar: significa transformar um resíduo em matéria-prima para outros produtos

Em outras palavras, essa é uma forma de gestão do meio ambiente inspirado no modelo cíclico da natureza, nos levando a refletir sobre a nossa forma de consumo e geração de resíduos sólidos. Para o alcance do seu objetivo, a sensibilização é a primeira etapa de um processo gradual que deve ser inserido em nosso dia-a-dia, com vista a mudança de atitude por parte de todos.

Preservar o meio ambiente é um dever de todos

Com certeza você já se questionou o porque de preservar o meio ambiente e já ouviu muitas vezes falar em sustentabilidade ambiental. Para responder a esses questionamentos é importante pensar que tudo o que existe a sua volta é o que chamamos de ambiente e que você depende dos recursos naturais para viver no planeta.

Conscientização Ambiental | Brasil Coleta

A sua vida depende disso. Quanto melhor for o ambiente a sua volta, melhor será a sua qualidade de vida. Por isso dissemos que preservar o meio ambiente é um dever de todos, ou seja, deve ser uma ação coletiva, porque estamos cuidando de um bem comum. Quando todos se envolvem nos cuidados de bens comuns, estão desenvolvendo ações de cidadania e, neste caso, contribuindo para minimizar os impactos na natureza.

Vejamos a lista de algumas atitudes que podem minimizar os impactos na natureza:

  • Evitar o desperdício de água potável;

  • Economizar energia elétrica;

  • Jogar o lixo em locais apropriados;

  • Separar lixo orgânico do lixo reciclado;

  • Evitar ou reduzir o consumo de plásticos e de materiais descartáveis;

  • Evitar a compra de produtos que não seja essencial para o seu uso;

  • Reaproveitar produtos que possa ser reutilizável, sempre que necessário;

  • Não descartar pilhas e lâmpadas em locais inapropriados;

  • Não fazer queimadas;

  • Não fazer desmatamento;

  • Optar por meios de transporte que emita a menor quantidades possível de gases, ou por bicicletas e caminhadas;

  • Dar preferência para alimentos orgânicos, livres de agrotóxicos;

São muitas as atitudes que podemos desenvolver para preservar o ambiente individual e coletivo. Se cada um fizer a sua parte, criando hábitos saudáveis


quarta-feira, 20 de agosto de 2025

EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA O SÉCULO 21

A Educação Ambiental (EA) no século XXI emerge como um imperativo estratégico, redefinindo seu papel de uma disciplina reativa a uma força proativa de transformação social. Este relatório analisa a evolução da EA, seu arcabouço legal no Brasil e as inovações pedagógicas necessárias para enfrentar a "tripla crise planetária": mudanças climáticas, perda de biodiversidade e poluição.

A análise demonstra que a EA contemporânea transcende a mera transmissão de informações, buscando promover o pensamento crítico, a equidade intergeracional e uma nova postura ética em relação ao meio ambiente.

Apesar do Brasil possuir um marco legal avançado, a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), sua implementação enfrenta desafios significativos, como a carência de recursos para a capacitação de educadores e a necessidade de uma maior articulação intersetorial. A superação desses obstáculos requer a adoção de metodologias inovadoras, como a gamificação e a Realidade Virtual, que demonstram um potencial único para gerar engajamento e empatia.

As recomendações estratégicas incluem o investimento em infraestrutura tecnológica nas escolas, o fortalecimento da formação continuada de professores e a consolidação de parcerias entre os setores público, privado e a sociedade civil. A sinergia entre a educação formal e a não-formal é identificada como a chave para traduzir a legislação em impacto social e ambiental tangível, preparando os cidadãos para a ação e o exercício de uma cidadania planetária.

A educação ambiental para o século 21 vai muito além de plantar árvores e reciclar lixo. Ela se tornou uma ferramenta crucial para enfrentar os complexos desafios globais de hoje, como as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e a escassez de recursos.

Seu principal objetivo é formar cidadãos conscientes e engajados, que compreendam a relação intrínseca entre os seres humanos, suas culturas, suas práticas sociais e o meio ambiente. Em vez de apenas transmitir informações, a educação ambiental moderna busca:

  • Promover uma visão sistêmica: Mostra como os problemas ambientais estão interconectados e como nossas ações locais têm impactos globais.

  • Desenvolver o pensamento crítico: Incentiva a questionar modelos de consumo, produção e desenvolvimento que são insustentáveis.

  • Inspirar a ação: Capacita indivíduos a se tornarem agentes de mudança, tanto em suas vidas pessoais quanto em suas comunidades, por meio de ações práticas e engajamento cívico.

No século 21, a educação ambiental enfrenta novos desafios, mas também ganha oportunidades sem precedentes, principalmente com o avanço da tecnologia.


Um dos maiores desafios é a desinformação. Com a velocidade com que notícias falsas e negacionismo climático se espalham online, é fundamental que a educação ambiental seja baseada em evidências científicas sólidas e ensine os alunos a checar as fontes de informação.

Outro ponto é a necessidade de ir além da teoria. A educação ambiental precisa se conectar com a realidade dos alunos e com os problemas ambientais de suas próprias comunidades.

A era digital oferece ferramentas poderosas para tornar a educação ambiental mais dinâmica e acessível:

  • Tecnologias imersivas: Realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR) podem transportar os alunos para ecossistemas remotos, mostrar os efeitos da poluição em tempo real ou simular o impacto de suas escolhas de consumo.

  • Gamificação: Jogos e aplicativos interativos tornam o aprendizado mais divertido e incentivam a adoção de comportamentos sustentáveis.

  • Plataformas de colaboração: A internet permite a criação de projetos globais, onde estudantes de diferentes países podem trabalhar juntos em soluções para problemas ambientais.

  • Conteúdo multimídia: Vídeos, podcasts e mídias sociais são ótimas formas de engajar as novas gerações e disseminar conhecimento de forma rápida e atraente.

Para ser eficaz, a educação ambiental deve ser integrada ao currículo escolar e também estar presente em ações fora da sala de aula. Algumas práticas que funcionam bem incluem:

  • Projetos de pesquisa: Alunos investigam problemas ambientais locais, como a poluição de um rio ou a falta de coleta seletiva, e propõem soluções.

  • Hortas escolares: Cultivar alimentos em um ambiente escolar ensina sobre a origem da comida, o ciclo da natureza e a importância da agricultura sustentável.

  • Oficinas de reciclagem e compostagem: Atividades práticas que ensinam a reduzir o lixo e a valorizar o que é descartado.

  • Ações de voluntariado: Participar de mutirões de limpeza de praias ou reflorestamento fortalece o senso de comunidade e a responsabilidade coletiva.

A educação ambiental do século 21 é, em essência, uma educação para a cidadania. Ela nos prepara para sermos mais do que meros espectadores da crise ambiental, mas sim participantes ativos na construção de um futuro mais justo e sustentável.

O RIO MADEIRA E SUA HISTÓRIA

O Madeira é um dos principais rios do Brasil e o mais longo e importante afluente do rio Amazonas. No mundo, é um dos cinco rios mais caudalosos e o 17º mais extenso (3.240 km). Além disso, é um dos principais da América do Sul: sua bacia hidrográfica possui 125 milhões de hectares.

Com denominações diferentes, o rio Madeira banha três países: Brasil, Bolívia e Peru. Além da importância ambiental, ele é essencial para a economia de muitas regiões, pois tradicionalmente proporciona a pesca, o transporte hidroviário e, em suas margens, o plantio de diversos produtos agrícolas.

Tem a sua nascente localizada na cordilheira dos Andes, e percorre a Bolívia e o Peru antes de entrar em território brasileiro. Por causa das condições climáticas, que proporcionam chuvas intensas, e do aporte de água durante o verão, oriundo do degelo nos Andes, o rio Madeira apresenta cheias significativas e aumento de vazão, o que altera suas margens. Com isso, há o maior aporte de sedimentos e de vegetação, como árvores, para o leito do rio, o que lhe confere aspecto barrento.

 O rio Madeira é considerado um dos corpos hídricos com maior biodiversidade do mundo. Além do grande número de espécies de peixes, abriga mamíferos aquáticos sobre os quais pouco ainda se conhece. Eles vivem em suas águas e, também, nos igapós – áreas que margeiam o leito e, por causa das cheias do Madeira, se mantêm alagadas na maior parte das vezes. Nas águas do Madeira vivem, por exemplo, o peixe-boi, o boto-tucuxi e o boto cor-de-rosa. Nos igapós já foram catalogados 113 espécies de anuros, 31 de lagartos, 51 de serpentes, seis de quelônios e cinco de crocodilianos.

Apenas no trecho conhecido como Baixo Madeira, com 1.345 km e caracterizado como um rio de planície. Neste trecho, o rio Madeira se constitui em um dos principais modais de transporte da região Norte do Brasil. Já no trecho do Alto Madeira, o transporte será viabilizado apenas quando for possível vencer as barreiras naturais de sua calha: 18 corredeiras e desnível de 39 metros.

O rio Madeira é um importante canal de integração e comércio da região Norte, pois permite a movimentação de pessoas e cargas entre Rondônia, Mato Grosso e Amazonas, e, no interior desses Estados, entre localidades ainda não atendidas por rodovias. Também é um dos principais modais de escoamento da produção da região Norte do país.

Neste contexto, Porto Velho, capital do Estado de Rondônia, funciona como uma espécie de centro de distribuição: recebe as mercadorias que chegam por barcaças e as envia para os destinos finais em caminhões.

Várias atividades foram e são desenvolvidas a partir do rio Madeira – o que significa que ele é vital para a economia da região. Além do transporte fluvial, proporciona a pesca de subsistência e profissional praticada com embarcações de pequeno porte, em regime familiar ou de cooperativas. Além disso, o fluxo e refluxo de suas águas fertilizam a terra das margens em toda a extensão do rio, o que permite o desenvolvimento da agricultura familiar com o plantio de produtos como mandioca, banana, milho, café, cacau, arroz, entre outros.


Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/rio-madeira.htm.
Fonte: https://www.santoantonioenergia.com.br/wp-content/uploads/2022/08/02_rio_madeira.pdf.