Geralmente, quando pensamos no currículo escolar logo vem a mente questões ligadas a recursos didáticos, políticos, administrativos e econômicos. Esquecemos ou deixamos de lado a complexidade que envolve a prática docente e suas necessidades de mudanças e transformações sistêmicas enraizada nas instituições educacionais que descarregam, via de regra, na sociedade em geral.
As escolas localizadas em áreas ribeirinhas da Amazônia brasileira possuem questões peculiares que envolvem a realidade do local e da população que dela fazem parte. Ou seja, antes de tudo é necessário a compreensão de conceitos e processos históricos para enfim, ter a visão da construção de um currículo que signifique e, acima de tudo dignifique o aprendizado esperado pelos que dela dependem, para alcançar uma educação que possibilite o aprendizado necessário para a sobrevivência com o mínimo de qualidade.
O fato e que devido à complexidade que envolve essa questão, há grandes divergências quando se trata de currículo das escolas tradicionais. No caso da educação em áreas ribeirinha por ser uma discussão recente chega carregada de múltiplas interpretações, sendo necessário primeiramente conhecer as inúmeras realidades que dela fazem parte associando aos processos históricos sobre a produção de conhecimento nessas regiões.
Sobremaneira vale destacar que quando tratamos sobre o currículo escolar temos que entender que este não deve ser pensado meramente como um conceito, mas como uma construção cultural fruto das experiências humanas. É fundamental que os modelos curriculares oficiais correspondem às necessidades educacionais dos ambientes escolares, tendo sempre em vista as transformações e evoluções da sociedade.
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