Ao falar em tecnologia,
é comum pensar em algo novo, como Internet, iPhone, computador, Smartphone etc.
No entanto, Kenski (2012) afirma que a tecnologia é anterior a esses artefatos,
ela está nos diferentes lugares de nossa vida cotidiana e acaba se passando por
natural, a utilização pelo homem primitivo de um pedaço de pau ou de um osso
para se defender já era tecnologia. Lopes (2014) considera que isoladamente e
em si mesmos, esses objetos não são tecnologias, constituem-se como tal a
partir do momento que são utilizados pelo homem, para facilitar sua vida em
sociedade.
Assim, a tecnologia
pode ser conceituada como um conjunto de conhecimentos técnicos, que podem ser
do tipo mecânico ou industrial, que permite ao ser humano a possibilidade de
fabricar objetos, realizar mudanças no meio ambiente, para que a vida do homem
se torne mais fácil (LOPES, 2014).
Sendo a escola o lugar
em que ocorre a educação formal, esta acaba por ser o espaço privilegiado para
o desenvolvimento dos conhecimentos curriculares e para a democratização da
tecnologia e promoção das capacidades produtivas. Com a proposição de uma
educação voltada para a complexidade, Moraes (1997) afirma que a identificação
de novos cenários nos leva a entender que somos cidadãos do mundo e que temos o
direito de estar suficientemente preparados para apreender os instrumentos de
nossa realidade cultural. Isso significa estarmos preparados para elaborar as
informações nele produzidas e que afetam nossa vida.
Nesse contexto,
ancorados na perspectiva da compreensão das políticas públicas voltadas à
inserção das Tecnologias Digitais da Informação e
Comunicação - TDIC nas escolas, alguns teóricos veem no
processo educacional com o uso dessa ferramenta mo material didático, um
instrumento de transformação social. Contudo, Gadotti afirma que: “se ideais
são necessários para dar vida à nossa prática, eles são insuficientes para
gerar mudanças” (GADOTTI, 1984, p. 77).
Assim, compreendendo
que as mudanças não ocorrem somente pela incorporação de novos paradigmas
educacionais e de comportamento da sociedade, faz-se importante também
investigar a existência de políticas públicas de inserção das novas tecnologias
nas escolas, e se as mesmas têm causado efetividade no exercício da docência,
no que se refere não somente a instrumentalização dos ambientes educacionais,
mas também às demandas pedagógicas contemporâneas e frente as complexidades
metodológicas que exigem o processo ensino e aprendizagem.
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