No
dia 20 de março, o governador do estado de Rondônia, Confúcio
Moura, assinou os decretos de criação de 11 unidades de conservação
estaduais, que, juntas, somam mais de 500 mil hectares. A notícia
foi comemorada entre ambientalistas, mas a satisfação durou pouco.
Exatamente uma semana depois da publicação dos decretos, no dia 27,
os deputados estaduais se reuniram na Assembleia Legislativa e
votaram, por unanimidade, a cassação dos mesmos.
Figura
19.6: Reserva de Desenvolvimento Sustentável Rio Machado, no
município de Porto Velho. Fonte:
http://www.oeco.org.br
A
história ainda promete muitos capítulos, o próximo deles esperado
para o início da semana que vem, quando o governador entrará com
uma liminar que suspende a decisão da Assembleia. Segundo Denison
Trindade, coordenador de Unidades de Conservação da Secretaria
Estadual de Desenvolvimento Ambiental, os motivos levantados pelos
parlamentares para sustar os decretos “são infundados”.
Os
decretos publicados no Diário Oficial criavam dois parques
estaduais, duas estações ecológicas, uma área de proteção
ambiental, uma floresta estadual, uma reserva de fauna e quatro
reservas do desenvolvimento sustentável.
Alegando
ausência de consultas prévias, obrigatórias para a criação de
unidades de conservação, e denunciando o governo por desconsiderar
a presença dos moradores nas novas áreas protegidas, os
parlamentares aprovaram, por unanimidade, um decreto legislativo
cassando o ato do governador.
Em
declaração feita para o site da Assembleia Legislativa de Rondônia,
o presidente da Assembleia, Maurão de Carvalho (MDB), criticou a
criação das UCs: “Foi um ato impensado, sem o devido cuidado com
as famílias que moram nessas áreas, algumas há décadas, por
gerações. (…). Com os decretos em vigor, quem iria indenizar
essas famílias? ”.
Parte
do texto: Deputados
revertem criação de unidades de conservação em Rondônia
Disponível
em:
http://www.oeco.org.br/reportagens/deputados-revertem-criacao-de-unidades-de-conservacao-em-rondonia/.
Aceso em 20 de fevereiro de 2018
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