segunda-feira, 9 de agosto de 2021

A agricultura e a explosão demográfica em Rondônia

Na década de 1970, a descoberta de grandes manchas de terras férteis provocou o intenso fluxo migratório dirigido ao então Território Federal de Rondônia e torna a agricultura a alternativa viável. O processo de ocupação humana de Rondônia ligado ao Ciclo da Agricultura foi executado pelo INCRA, inicialmente, através dos Projetos Integrados de Colonização, PIC e dos Projetos de Assentamento Dirigido, PAD, estrategicamente criados para cumprir a política destinada à ocupação da Amazônia rondoniense.

A explosão demográfica provocada pela ocupação humana das terras rondonienses, vinculada ao ciclo da agricultura, além de agricultores, constituiu-se de técnicos, comerciantes e profissionais liberais de todas as áreas, em busca de melhores condições de vida. Esses novos povoadores fixaram-se nos núcleos surgidos nas cercanias das estações telegráficas da Comissão Rondon e expandiram suas áreas urbanas.

As áreas onde ocorreram as maiores concentrações de migrantes foram Vilhena, com extensão a Colorado d’Oeste; Cacoal, Rolim de Moura, Ji-Paraná, Ouro Preto d’Oeste, Jaru e Ariquemes. Essa população migrante que se fixou em

Rondônia entre 1968 e 1982 era formada, basicamente, por paranaenses, gaúchos, mato-grossenses, capixabas, mineiros e paulistas. Em menor número, fixaram-se cearenses, cariocas, baianos, paraibanos, amazonenses, goianos e alguns estrangeiros. Esses povoadores, atraídos pelo ciclo da agricultura, passaram a influenciar decisivamente na transformação do modelo socioeconômico de Rondônia e na sua formação política.

 

                                                          Texto retirado do Artigo “Processos migratórios em Rondônia e sua influência na língua e na cultura”.
Autora: Nair Ferreira Gurgel do Amaral.

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