Na década de 1970, a descoberta de grandes manchas de terras férteis provocou o intenso fluxo migratório dirigido ao então Território Federal de Rondônia e torna a agricultura a alternativa viável. O processo de ocupação humana de Rondônia ligado ao Ciclo da Agricultura foi executado pelo INCRA, inicialmente, através dos Projetos Integrados de Colonização, PIC e dos Projetos de Assentamento Dirigido, PAD, estrategicamente criados para cumprir a política destinada à ocupação da Amazônia rondoniense.
A explosão demográfica provocada pela ocupação humana das terras
rondonienses, vinculada ao ciclo da agricultura, além de agricultores,
constituiu-se de técnicos, comerciantes e profissionais liberais de todas as
áreas, em busca de melhores condições de vida. Esses novos povoadores
fixaram-se nos núcleos surgidos nas cercanias das estações telegráficas da
Comissão Rondon e expandiram suas áreas urbanas.
As áreas onde ocorreram as maiores concentrações de migrantes foram
Vilhena, com extensão a Colorado d’Oeste; Cacoal, Rolim de Moura, Ji-Paraná,
Ouro Preto d’Oeste, Jaru e Ariquemes. Essa população migrante que se fixou em
Rondônia entre 1968 e 1982 era formada, basicamente, por paranaenses,
gaúchos, mato-grossenses, capixabas, mineiros e paulistas. Em menor número,
fixaram-se cearenses, cariocas, baianos, paraibanos, amazonenses, goianos e
alguns estrangeiros. Esses povoadores, atraídos pelo ciclo da agricultura,
passaram a influenciar decisivamente na transformação do modelo socioeconômico
de Rondônia e na sua formação política.
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