A
crise econômica que se arrasta há quase uma década tem tirado a confiança do
empresariado, gerado desemprego e levado vários estados brasileiros ao colapso
financeiro. Esse cenário, no entanto, é bem diferente da realidade de Rondônia,
estado com DNA agropecuário que cresce de forma constante desde 2011 e que
fechou o ano de 2016, um dos piores da história recente do Brasil, com um
aumento de 4,7% no PIB. As perspectivas para os próximos anos são ainda mais
animadoras, o que tem atraído empresários dos mais variados segmentos, desde
produtores rurais até indústrias processadoras, passando por fornecedores de
insumos, logística e serviços e executivos altamente qualificados.
“Isso
se deve basicamente ao agronegócio. É o motor do estado”, afirma Basílio
Leandro de Oliveira, superintendente de Desenvolvimento Econômico de Rondônia,
lembrando que o estado é dono do quinto maior rebanho bovino no país, com 13,7
milhões de animais, entre gado leiteiro e de corte, e já se consolidou como
principal polo de piscicultura do Brasil, com uma produção de 90 000 toneladas
de peixe em 2016.
O
cultivo de café, cacau, soja e milho, além da suinocultura, também tem crescido
substancialmente nos últimos anos, sempre de forma sustentável, especialmente
por conta da qualificação de pequenos produtores e da adoção de tecnologias que
possibilitam o aumento da produtividade no campo.
A localização privilegiada, porém, tem despontado como principal diferencial competitivo de Rondônia. Com fácil acesso à nova Rodovia Transoceânica, que liga o Brasil ao Oceano Pacífico, a rota permite às empresas estabelecidas no estado fácil conexão a mais de 150 milhões de consumidores localizados nos países andinos, como Peru, Bolívia, Chile, Equador e Venezuela, além do Suriname
Trecho do Artigo: Rondônia: um porto seguro em tempos de crise. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/economia/rondonia-um-porto-seguro-em-tempos-de-crise/>. Acesso em: 12 de maio de 2018.
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