A globalização da economia atinge de forma desigual todos os “cantos” do planeta. As ações dos agentes que comandam os processos resultam na transformação e incorporação de áreas à acumulação e reprodução de capitais, encetando uma dimensão geográfica da ampliação econômica. A Amazônia brasileira não foge a essa dinâmica, sendo uma periferia na arena da produção.
A expansão da soja em Rondônia traduz-se na formação e na expansão dos espaços da globalização. Na atualidade, a interdependência universal dos lugares constitui o novo conteúdo do espaço, que contraditoriamente produz lógicas locais e globais. A mobilidade espacial permite que os micros agentes ajam como portadores de um tempo rápido, beneficiados pelo uso crescente da tecnologia e da informação, como também das frações do espaço que são portadoras desse conteúdo técnico-científico.
A ordem global impõe uma racionalidade organizacional nos lugares. Na leitura de alguns atores sociais, as transformações contemporâneas na Amazônia causam espantos, verdadeiras esquizofrenias no e do território. O que temos são as ressignificações do território usado, que neste caso, configura-se num espaço da globalização.
Trecho do Artigo “Globalização e dinâmicas territoriais em Rondônia: Região amazônica”. Autor: Ricardo Gilson da Costa Silva
Geograficando: Revista de Estudos Geográficos, 2009. Disponível em: http://geograficando.fahce.unlp.edu.ar>. Acesso em 20 de junho de 2017.
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