A realidade atual é que passamos por um período com intensas transformações em todas as esferas da vida social. São movimento produzidos pela dinâmica societária em nível global, demandada pelos avanços conseguidos no campo do conhecimento científico, pelo desenvolvimento de novas tecnologias e pela expansão do comércio em escala mundial. Estamos falando de globalização.
Afinal, o que é Globalização?
Globalização é um processo de integração econômica, cultural, social e política gerado pela necessidade do capitalismo de conquistar novos mercados, principalmente se o atual estiver saturado. A intensificação da globalização aconteceu na década de 70, e passou a ganhar velocidade na década de 1980. Um dos motivos para essa aceleração é o desenvolvimento de novas tecnologias, como por exemplo, a comunicação.
A quebra de fronteiras
gerou uma expansão
capitalista onde
foi possível realizar transações financeiras e expandir os negócios, até então
restritos ao mercado interno, para mercados distantes e emergentes.
No entanto, as transformações e as novidades tecnológicas são apropriadas de forma desigual, gerando a ampliação do fosso social mundial, sendo neste período cada vez mais qualitativo, isto é, de acesso ao conhecimento.
Amazônia e as mudanças
globais
A mudança global afeta todos os lugares do mundo, essas transformações afetam até os lugares mais distantes dos grandes centros mundiais, por exemplo, os moradores de comunidades tradicionais que ainda não convivem com o processo de urbanização, sofrem pelas mudanças do aquecimento global, mesmo que de forma imperceptível por eles.
Dos muitos fatores intervenientes na dinâmica natural, alguns processos são visíveis na Amazônia, entre os quais, o avanço do capital na agricultura, sobretudo, no agronegócio. A expansão da produção de soja envolve tanto as transformações técnicas do território, como possibilita a inserção de novas relações no campo e nas cidades, cujo destaque centra-se na nova fase de expansão agrícola.
Diante de tais desafios a Amazônia começa a se
integrar no processo da economia global com uma produção crescente na
agricultura, pecuária tropical, tecnologia florestal, piscicultura, química de
produtos naturais, microbiologia de solos e de águas, com a imensidade de
microrganismos a descobrir para colocá-los a serviço dos homens, etc. A relação globalização e a Amazônia já é presente e dependerá
da forma como será tratada daqui pra frente, no que se refere aos aspectos
econômicos e sociais.
No caminho do agronegócio
O Brasil moderno que estava atrelado ao Sudeste e Sul, a partir da década de 1990 passou a conhecer outros espaços agrícolas. A Amazônia passou a ser integrada nesse processo de modernização no campo voltado exclusivamente à exportação. A agricultura moderna praticada no estado de Rondônia exemplifica este processo, especialmente no que se refere ao cultivo da soja, voltado para o mercado externo e fortemente pautado no uso intensivo de ciência e de informação.
O Estado de Rondônia, que até a década de 1980
tinha na exploração madeireira, na pecuária extensiva e na mineração as suas
principais atividades econômicas, tem conhecido atualmente, um crescimento
significativo da produção de soja, reproduzindo assim práticas análogas ao front da agricultura moderna de
exportação que circunda a Amazônia Legal.
De olho em novos mercados mundiais
O Estado de Rondônia está estrategicamente posicionado como um portal de entrada para os demais estados da Amazônia e aos países andinos, favorecendo a expansão das atividades produtivas, a elevação do valor agregado da produção e a intensificação das transações comerciais com grandes centros consumidores do país e do mundo, especialmente, o mercado asiático e países da Amazônia.
Os produtos rondonienses têm como destino não apenas os países vizinhos, mas também os Estados Unidos, África, Rússia, Arábia Saudita, Holanda, China, França, Espanha, Venezuela, Reino Unido, Hong Kong e Malásia. A balança de comércio exterior de Rondônia é, historicamente, superavitária. Atualmente, o principal produto exportado é a carne bovina, respondendo em média por 51,2% das exportações.
Tecnologia faz a diferença
Atualmente o Brasil conhece uma renovação de infraestruturas territoriais e atividades produtivas que oportuniza a expansão das atividades agrícolas em espaços que, até pouco tempo, eram caracterizados por uma agricultura pouco moderna e voltada somente para as demandas internas. Fazendo das necessidades corporativas do agronegócio uma verdadeira demanda do território e da região, o governo federal alinhado aos governos estaduais de Rondônia e Amazonas viabilizam o projeto da hidrovia Madeira-Amazonas.
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