No momento em que se concluía as obras da estrada
de ferro, os seringais plantados na Malásia entraram em produção, e tornaram
proibitivos os preços da borracha produzida na Amazônia segundo técnicas
antiquadas e de baixa produtividade. Foi o fim do chamado "primeiro ciclo
da borracha".
Diante de seguidos prejuízos, resultantes basicamente
do declínio do comércio da borracha com os produtores da Amazônia, e da ausência
de novos produtos a transportar, em junho de 1931, a Madeira-Mamoré Railway
Company paralisou o tráfego.
Não havendo o retorno das atividades do transporte
pela Companhia o Governo Federal, mesmo com prejuízos, assumiu o controle da
Estrada de Ferro Madeira Mamoré, passando a administrá-la totalmente. Foi
definitivamente desativada em 01 de julho de 1972, simplesmente, por não ter
mais o que transportar, uma vez o grande motivo da sua construção, a borracha,
já não era mais viável à produção e comercialização.
No entanto, a construção da Ferrovia Madeira-Mamoré marcou um
importante ponto nas relações diplomáticas entre Brasil e Bolívia. Constitui-se,
além disso, um elemento definidor da ação Imperialista de potências
estrangeiras na região amazônica. A Madeira-Mamoré representa um dos marcos da
modernidade capitalista liberal nos confins da selva amazônica.
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