O relacionamento da humanidade com a
natureza, tem atualmente culminado numa forte pressão exercida sobre os recursos
naturais. São comuns, a existência de contaminação dos cursos de água, a
poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a
redução ou mesmo destruição dos habitats faunísticos, além de muitas outras
formas de agressão ao meio ambiente.
Parece clara a necessidade de mudança
em relação ao comportamento do homem com a natureza, no sentido de promover um
modelo de desenvolvimento sustentável, processo que assegura uma gestão
responsável dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das
gerações futuras e, ao mesmo tempo, atender as necessidades das gerações atuais
(ANDRADE, 2001), a compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas,
com reflexos positivos junto à qualidade de vida de todos.
O papel da Educação Ambiental para o
caminho da sustentabilidade deve ser alimentada com todas as formas de
pensamento, em busca de um bem comum. Preparar o indivíduo para que ele perceba
que as relações sociais e econômicas, socialmente construídas pela humanidade,
devem ser justas e considerar a Terra a partir da finitude dos seus recursos naturais
existentes. Nesse sentido, a escola é um agente social na promoção de novos
valores éticos, de transformação de utopias em ações alternativas concretas e
viáveis.
A Educação Ambiental deve ser tratada
como uma componente essencial no processo de formação e de educação permanente
da sociedade, possuindo uma abordagem direcionada para a resolução de problemas
e contribuindo para o envolvimento ativo das pessoas. Desta maneira, deve ser
considerada como o sistema educativo relevante e mais realista para se
estabelecer uma maior interdependência entre estes sistemas, o ambiente natural
e o social, tendo como objetivo o desenvolvimento de um crescente bem estar das
comunidades humanas (ROSA, 2001).
As finalidades desta educação para a
humanidade foram determinadas pela UNESCO após a Conferência de Belgrado
realizada em 1975: {...} Formar uma população mundial consciente e preocupada
com o ambiente e com os problemas com ele relacionados, uma população que tenha
conhecimento, competências, estado de espírito, motivações e sentido de
empenhamento que lhe permitam trabalhar individualmente e coletivamente para
resolver os problemas atuais, e para impedir que eles se repitam (UNESCO, 1999).
Vigotski apud Bock (2002) relatam que
as mudanças ocorridas em cada um de nós têm sua raiz na sociedade e na cultura,
sendo a escola o espaço social e o local onde o aluno dará seqüência ao seu
processo de aprendizagem e de socialização. O que nela se faz representa um
exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente
corretos devem ser aprendidos na prática durante o cotidiano da vida escolar,
contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis.
Considerando a importância
da temática ambiental para desenvolvimento do senso crítico e da construção de
um saber ambiental, a escola deverá oferecer meios efetivos para que cada aluno
compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e as suas conseqüências para
consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e para o meio
ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e
adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para
a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.
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