sábado, 21 de maio de 2016

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A PRÁTICA ESCOLAR

O relacionamento da humanidade com a natureza, tem atualmente culminado numa forte pressão exercida sobre os recursos naturais. São comuns, a existência de contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição dos habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente.
Parece clara a necessidade de mudança em relação ao comportamento do homem com a natureza, no sentido de promover um modelo de desenvolvimento sustentável, processo que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo, atender as necessidades das gerações atuais (ANDRADE, 2001), a compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com reflexos positivos junto à qualidade de vida de todos.
O papel da Educação Ambiental para o caminho da sustentabilidade deve ser alimentada com todas as formas de pensamento, em busca de um bem comum. Preparar o indivíduo para que ele perceba que as relações sociais e econômicas, socialmente construídas pela humanidade, devem ser justas e considerar a Terra a partir da finitude dos seus recursos naturais existentes. Nesse sentido, a escola é um agente social na promoção de novos valores éticos, de transformação de utopias em ações alternativas concretas e viáveis.
A Educação Ambiental deve ser tratada como uma componente essencial no processo de formação e de educação permanente da sociedade, possuindo uma abordagem direcionada para a resolução de problemas e contribuindo para o envolvimento ativo das pessoas. Desta maneira, deve ser considerada como o sistema educativo relevante e mais realista para se estabelecer uma maior interdependência entre estes sistemas, o ambiente natural e o social, tendo como objetivo o desenvolvimento de um crescente bem estar das comunidades humanas (ROSA, 2001).
As finalidades desta educação para a humanidade foram determinadas pela UNESCO após a Conferência de Belgrado realizada em 1975: {...} Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas com ele relacionados, uma população que tenha conhecimento, competências, estado de espírito, motivações e sentido de empenhamento que lhe permitam trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais, e para impedir que eles se repitam (UNESCO, 1999).
Vigotski apud Bock (2002) relatam que as mudanças ocorridas em cada um de nós têm sua raiz na sociedade e na cultura, sendo a escola o espaço social e o local onde o aluno dará seqüência ao seu processo de aprendizagem e de socialização. O que nela se faz representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática durante o cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis.
Considerando a importância da temática ambiental para desenvolvimento do senso crítico e da construção de um saber ambiental, a escola deverá oferecer meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e as suas conseqüências para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e para o meio ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável. 

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