Para fazer pesquisa é necessário ter uma dúvida, um questionamento, uma pergunta. Fala-se do problema, o que se quer investigar? É a partir desta dúvida ou desta pergunta inicial, que parte do senso comum, que se procura a teoria e o método que fundamentarão a pesquisa. Parece simples colocar as coisas nestes termos, tenho um problema, procuro uma teoria, uma metodologia e está resolvido o meu projeto de pesquisa.
Entre os vários tipos de pesquisa, temos a qualitativa que para alguns autores é uma “expressão genérica”. A pesquisa qualitativa surgiu na antropologia de maneira mais ou menos naturalística, e na sua tradição antropológica ficou conhecida como investigação etnográfica. Alguns a definem como sendo “o estudo da cultura”.
Vale lembrar que o conhecimento científico não é elaborado de forma simplista, este entendimento seria temerário e porque não dizer ingênuo. Ao propor uma discussão de base científica são necessários: clareza, rigor, domínio de conceitos, teorias e métodos.
A pesquisa qualitativa se preocupa com o nível de realidade que não pode ser quantificado, ou seja, ela trabalha com o universo de significados, de motivações, aspirações, crenças, valores e atitudes (MINAYO, 2014). Segundo Bogdan e Biklen (1994, p. 16), a pesquisa qualitativa busca “a compreensão do comportamento a partir da perspectiva dos sujeitos da investigação”.
Logo, a mesma, envolve estudar o significado das vidas e ações das pessoas nas condições em que realmente vivem (SAMPIERI; COLLADO; LUCIO, 2013). De acordo com as ideias de Minayo (2003), a pesquisa qualitativa reúne pontos presentes em um viés de significados; busca-se compreender a significação das motivações, interesses, valores, crenças e comportamentos, os quais configuram para além de uma simples investigação, uma relação de profundidade. O que segundo a autora, não poderia se formatar ao reducionismo da mecanização de variáveis.
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