sábado, 30 de março de 2013

Escola é inaugurada no Distrito de Nazaré

A escola nasce com uma nova estrutura física, moderna, objetivando um atendimento que priorize a qualidade e conforto aos educandos, servidores e toda a comunidade escolar da região de Nazaré.


O governador Confúcio Moura disse que estava satisfeito com a inauguração e, diferente de outras solenidades, não iria fazer um discurso e sim assumir compromissos com os moradores e fazer algumas solicitações. “Não quero que os moradores de Nazaré comprem alimentos em Porto Velho, quero que compre os da região, só fazer compras de fora da comunidade quando for necessário. Também irei mandar comprar uniformes e dois par de tênis pra cada aluno. Preciso que o conselho escolar seja formado em no máximo 15 dias, para que a direção possa fazer a própria solicitação”, enfatizou o governador.


No inicio da solenidade foi cantado o Hino Céus de Rondônia pelo grupo musical Minhas Raízes, da comunidade de Nazaré. Em seguida, a diretora escolar Ana Laura Camacho Rocha agradeceu o empenho do governador Confúcio Moura e da secretária de Educação, Isabel Luz, que não mediram esforço para realizar a conclusão da obra. “Não sou de Nazaré, mas abracei essa comunidade, sabermos que tivemos diversas dificuldades para concluir essa obra e todas foram superadas. Hoje temos 250 alunos e alguns são pais de família e percebemos o interesse deles em estudar”, explica a diretora.

Para Luz, a escola começou bem, com bons professores, e merenda escolar de qualidade. “Estamos providenciando um barco escolar para transporta os alunos. Quero que eles se dediquem bastante para melhorar o Ideb”, esclarece a secretária de Educação.

Os pais de Nazaré ficaram satisfeitos com a nova escola, pois muitos jovens buscavam ensino médio em outras localidades. “Não tinha escola de ensino Fundamental e Médio em Nazaré, a única escola da comunidade era até a 4ª série. Agora não iremos mandar mais os nossos filhos para Porto Velho, eles terão educação próximo de casa”, disse a dona de casa Cris Alves.


Confúcio Moura também solicitou que a escola forneça café da manhã para os alunos, almoço e merenda para que eles possam ter uma carga horária a mais nas disciplinas de matemática e música. Confúcio também fez um convite especial, convidou os alunos para participar do desfile de 7 de Setembro em Porto Velho. “ Iremos fazer um alojamento para os professores nas proximidades da escola e também fazer um chapéu de palha para os alunos treinar danças típicas. Eu quero que os professores de Nazaré e os alunos sejam os melhores”.

ESTRUTURA

A escola possui mobílias novas, dez salas de aula, sala de direção e secretária, laboratório de ciências, biblioteca, laboratório de informática, pátio coberto com palco para apresentação musical ou teatral, cozinha, sala de professores orientação e coordenação. Tudo isso com recurso próprio do Governo da Cooperação com objetivo de melhorar o atendimento aos alunos, professores e demais comunidade do Baixo Madeira.


Também participaram da solenidade os deputados estaduais, Epifânia Barbosa e Zequinha Araújo. “Os alunos estão de parabéns. Receberam uma escola bem estruturada. O governador tem trabalhado com sinceridade e responsabilidades também nos distritos e não somente nos municípios”, destaca o deputado Zequinha Araújo.


No encerramento, o grupo musical Minhas Raízes cantou musicas regionais que falam da floresta amazônica, com o titulo “Amo Amazônia”, do autor de Túlio Nunes.


Texto: Elaine Barbosa
Fotos: Daiane Mendonça
Fonte: Decom - htpp://www.seduc.ro.gov.br
Criado em Quarta, 20 Março 2013 07:42

terça-feira, 5 de março de 2013

O PROFESSOR E A TECNOLOGIA NA ESCOLA



Na primeira década do século 21 quando começaram as pressões da sociedade estudantil e dos próprios educadores para o ingresso da escola no mundo tecnológico foi grande o alvoroço pelas mudanças que esse recurso traria na forma de ensinar. É claro, que na época, o professor estava muito distante desse mundo tecnológico. Ter um computador era um privilégio de poucos. A tecnologia ainda era muito cara e inacessível às massas.
O aluno por sua vez buscava acessar esse “outro mundo da informação” fora da escola. E avançou de forma significativa nesta área do conhecimento, ao ponto de causar susto aos docentes que nem se quer tocavam no assunto em sala de aula. O livro didático, que para o professor é um recurso importantíssimo na sala de aula, para os alunos passou a ter pouco significado.
Então, a pergunta que pairava entre os educadores era como ajustar o “mundo” vivido pelos alunos. Via-se que eram mundos distintos e de algum modo desleal. Por um lado os aparatos tecnológicos e tudo o que são capazes de proporcionar e por outro a escola com o professor e seu livro o didático. Um novo paradigma para a educação que vê teorias caírem por água abaixo. A internet então foi o limite do mundo inimaginável pelos professores.
O aluno em muitos casos passou até a desafiar o professor na sala de aula. Ora, a internet é um mundo sem limites de conhecimentos. Lá tudo o que busca acha, e com este pensamento muitos caíram na onda da era dos internautas. Parecia o fim da escola. A escola estava ultrapassada na maneira de transmitir conhecimentos, acompanhar a evolução da sociedade e inovar seus conceitos pedagógicos do inicio do século.
Como citamos anteriormente, uma forte pressão circulava entre os educadores a grande massa da sociedade que realmente acreditavam no poder da educação e na tecnologia como ferramenta de inovação e fortalecimento da transmissão de conhecimento na sala de aula. O professor, no inicio meio inquieto, pela falta de formação nesta área começa a perceber que a tecnologia poderia ser sua grande aliada e acima de tudo a forma de aprimorar suas aulas tornando-as atrativas para o aluno.
Foi nesse momento que começaram a ser implantados laboratórios de informática nas escolas. Primeiro pelo governo federal e em seguida os próprios estados deram continuidade atendendo as demandas estudantis com seus próprios recursos. Vale enfatizar que não foi fácil a mudança nas escolas. Houve muitas resistências no meio educacional, particularmente pelos educadores mais tradicionais.
Em 2009, por ocasião da pesquisa de mestrado em geografia levantamos esses dados nas escolas estaduais do município Porto Velho e detectamos exatamente o que havíamos previsto como hipótese, ou seja, que a grande maioria dos professores não utilizam qualquer recurso tecnológico ou se utilizavam, o faziam muito pouco. Para os que utilizavam a tecnologia em sala de aula, o laboratório de informática despontava entre os demais equipamentos que poderiam ser utilizados como recurso pedagógico.
Podemos visualizar essa situação no quadro abaixo, mesmo que a pesquisa seja sobre os professores que utilizavam algum recurso tecnológico nas aulas de geografia, o cenário pode ser aplicado às outras áreas educacionais.
 
Fonte: O.O. dos Santos, 2008. Dissertação de Mestrado: O uso das novas
tecnologias no ensino da geografia nas escolas estaduais de Porto Velho

Na pesquisa os professores relatatam a utilização de vários equipamentos e citam sua importância pedagógica. No entanto, ficou claro a falta de conehcimento sobre como usar esses equipamentos de forma objetiva e planejada com foco no ensino e aprendizagem dos alunos. Muitos utilizavam os laboratórios de informática como forma de tentar inovar, no entanto, não tinha relação com o conteúdo da disciplina trabalhada.
O fato é que atualmente, houve algum avanço nessa área e os professores, alunos e sociedade estão mais consciente de que equipamento tecnológico por si só não causa avanço, atração ou inovação na escola se não tiver voltado ao que realmente interessa aos alunos que é o conhecimento.
Hoje se vê o limiar de politicas educacionais voltados para essa área, tal como distribuição de notebooks e tablets a professores e alunos. A educação tem que avançar e acompanhar o mundo das tecnologias. Se o avanço é lento, não importa. O interessante é caminhar sabendo o que se quer e para onde vai.


domingo, 3 de março de 2013

Governança e governabilidade



O mundo globalizado nos permite a visualização de muitos cenários quando se trata de políticas para o exercício de governar. Governar, na verdade, é uma arte quando se pensa em tantas situações que este exercício exige de quem consciente ou até mesmo inconscientemente se propõe a executar essa tarefa.
Uma das questões merecedora de análise mais apurada neste contexto diz respeito à dualidade governança e governabilidade. Não que os termos sejam antagônicos, pois por parecerem sinônimos nos remetem à uma reflexão mais detalhada.
Segundo o Banco Mundial, em seu documento Governance and Development, de 1992, a definição geral de governança é o exercício da autoridade, controle, administração, poder de governo. Neste contexto, entendemos o termo em discussão como sendo a capacidade do planejamento, da criação e implementação de políticas públicas em conformidade com os anseios da sociedade.
Com o mesmo entendimento, Bresser Pereira, define Governabilidade como sendo a "capacidade de governar derivada da relação de legitimidade do estado e do seu governo com a sociedade civil." Portanto, intrinsecamente entende-se que a governabilidade não existirá se o governo caminhar na contramão dos anseios do povo que o elegeu, bem como não contar com as sustentações políticas demandadas pelas bancadas partidárias dispostas no cenário legislativo ao seu redor.
Saindo do mundo das idéias e conduzindo o termo teórico a prática fica fácil entender os altos e baixos do exercício de governança dispostos nas esferas municipais, estaduais e federais. Entende-se também, os anseios dos governos em fazer alianças políticas com um número sem fim de partidos, mesmo antes de serem governos. Uma tentativa de assegurar a governabilidade durante o período para o qual foram eleitos, mesmo que isto custe caro.
Para a Organização dos Estados Americanos – OEA, a democracia é a base da organização, sendo assim, fortalecê-la e promover um bom governo é uma das suas principais tarefas. Entretanto, a sustentabilidade democrática em uma determinada região não depende apenas de eleições transparentes, e sim, depende fundamentalmente na confiança que os cidadãos têm de que sistema os levará a uma vida melhor.
Diante da complexibilidade do tema, a conseqüente visualização dos diversos cenários de governança e governabilidade fica-se a lamentar o mar de problemas que estão fadados os que na ânsia de administrar a máquina pública e se dar bem em qualquer aspecto, se decepcionam quando percebem a sua fraqueza no que se refere à governança. E isto certamente, como conseqüência lhe trará a falta de governabilidade.