sexta-feira, 29 de julho de 2011

A EDUCAR OU ENSINAR: o que fazem as escolas?

No século 21, as distâncias encurtaram e toda nova idéia ganha repercussões, antes imagináveis. Não há dúvidas de que isto faz parte do curso natural das coisas. No entanto, existem situações em os avanços são tão lentos que chaga a serem imperceptíveis as mudanças ocorridas ao longo do tempo.
Fica-se a imaginar, que para determinadas situações as mudanças não ocorrem. É como a história de um professor que se dizia educador e passou quase a vida toda assim pensando. Esse professor que se dizia educador trabalhou com muitos alunos e em várias escolas em lugares diferentes e ministrou muitas disciplinas.
Depois de muito tempo em sua atividade docente resolveu por um ato de humanidade fazer uma visita a determinada delegacia para conhecer o sistema e levar palavras de conforto e esperança, considerando a sua vasta experiência educacional.
Acontece que ao percorrer a delegacia, visitar celas e demais dependência, encontrou um dos seus alunos ali preso. Foi grande a surpresa, pois para aquele professor que se dizia educador jamais tal coisa poderia acontecer com um dos seus alunos, tendo em vista tudo o que foi ensinado na sala de aula.
Aproximou, puxou conversa e quis saber como o sujeito havia chegado a essa situação. Aliás, soube pelo mesmo, que outros alunos daquela turma e de outras escolas nas quais tinha lecionado, também haviam se tornado infratores nos mais diversos crimes.
No pensamento daquele professor surgiu um dos grandes questionamentos até então um tanto difícil de desmistificar para muitos profissionais que atuam na área educacional: o que é educar e o que é ensinar.
Há professores que ensinam e professores que educam. Ora a educação é uma ação profunda de conhecimento e discernimento da pessoa humana. Remete a ação transformadora do ser, da mudança de atitude, de raciocinar antes do agir. Simplesmente deixar florescer as habilidades e potencialidades tornando explícitos os poderes inatos do homem, do latim educare.
Ensinar, por sua vez, é ministrar ou transmitir conhecimentos. Nesse caso, o docente exerce  um papel passivo no processo, sendo um simples banco de dados ou receptáculo do conhecimento alheio. È como se a mente humana fosse uma folha em branco, na qual os professores pudessem gravar o que desejassem é treinar para fazer algo.
Pensando na história do professor que ensinou aos alunos sobre os mais diversos conteúdos nas mais diversas disciplinas, verifica-se que os alunos apenas foram ensinados e não educados. Assim, educar significa, entre outras coisas, adquirir conhecimentos para a vida. No século 21, a educação precisa ser uma educação para o século 21, ou seja, é preciso educar e não ensinar os alunos, principalmente se esse ensino não tem nada a ver com a realidade deles.

Prof. Ms. Osmair Santos

quinta-feira, 21 de julho de 2011

CULTURA VIVA


Depois de um certo tempo de vivência e conhecimento sobre determinada situação ou lugar as pessoas passam a se acostumar com o ambiente vivido. Para alguns teórico ligados a geografia e a psicologia, isto se chama teoria do condicionamento.  O fato é que, é marivilhoso vivenciar algo diferente e supreendente como a diversidade cultural existente nas comunidades ribeirinhas do baixo Rio Madeira, no municipio de Porto Velho/RO.
Nazaré - baixo Rio Madeira
No Distrito de Nazaré, em particular,  a diversidade cultural vai além do simples fato de repetir atos da cultura local. A comunidade supera seus proprios limites e surpreende pela inovação cultural. O grupo "Minhas Raizes", criado pelo professor Timaia Maciel, que aliás é filho do renomado professor Manoel Maciel Nunes, muito conhecido na região pelos trabalhos educacionais e culturais, vem desenvolvendo um interessante trabalho neste sentido, mobilizando e incentivando o protagonismo juvenil na comunidade.
Quanto falei sobre a teoria do condicionamento, a fiz propositadamente, de forma a refletir sobre o fato de que esses tipos de ações, por incrivel que pareça não repercutem no meios de divulgações locais, nem é visto pelas autoridades governamentais, no sentido de proprocionar incentivo e apoio. O grupo cultural "Minhas Raizes" é formado por jovens da própria cumunidade de Nazaré e trabalha com músicas que encantam pela beleza ecológica das suas letras, apresentações teatrais e culturais ligadas ao cotidiano dos antepassados e da geração atual.
Os instrumentos são produzidos pelos componentes do grupo utilizando recursos que a natureza oferece como: madeira, ouriços de castannha, babaçu, e outros elementos que a floresta local proprociona. Toda a produção dos materiais para a realização das atividades culturais são ambientalmente corretas e mostra a riqueza de conhecimento de um povo que mesmo sem os conhecimentos técnicos na área da engenharia musical pruduzem instrumentos musicais com sons impressionates e de beleza rara.
Instrumento Musicais Ecológicos
Nesta parte do Estado de Rondônia, distante a cerca de 150 quilômetros da capital Porto Velho, onde só é possivel chegar por via fluvial através do Rio Madeira ainda é possivel conviver com o meio ambiente in natura e ver manifestações culturais originais produzidas e vivenciadas por uma comunidade que inova a todo instante e começa a se tornar visivel para o mundo.
A natureza, neste local é fascinente e o povo parece sentir este encanto. Sem o apoio merecido e devido dos órgãos governamentais, porém movidos pela paixão de viver neste paraíso, transmite a sua beleza na musicalidade das canções e produções culturais do Grupo "Minhas Raízes". A natereza é mesmo maravilhosa e a comunidade de Nazaré segue a vida com seus encantos. Uma minuscula parte do planeta que aprendeu a valorizar a sua cultura, seu povo, suas raizes e o meio ambiente.

Prof. Ms. Osmair Santos