As comunidades do Baixo Rio Madeira, no Município de Porto Velho/RO, são mesmo fascinantes nos aspectos culturais, econômico, turístico e ecológico. Imagine um povo que fabrica instrumentos com recursos da floresta e que desses instrumentos conseguem extrair musicalidades e sons que penetram na alma. As manifestações culturais é um caso a parte.
As pessoas são criativas por naturalidade. O teatro e a música estão intrínsecos e afloram na fala e no cantar, desde os mais jovens aos mais idosos moradores daquela região. O grupo minhas raízes sob a coordenação do professor Timaia Maciel no Distrito de Nazaré é um show digno de apresentação nos mais conceituados teatros, Como bem já o fizeram em Brasília, capital do Brasil.
No entanto, esses valores culturais por muito tempo sobreviveram sem qualquer incentivo ou ajuda dos órgãos públicos. Dissociados do contexto cultural vivenciado nos núcleos urbanos, as comunidades da região do Baixo Rio Madeira conseguiram sobreviver e começam a ganhar reconhecimento pelo seu potencial e riqueza de detalhes nos mais diversos contextos de manifestações.
Outro exemplo de demonstração cultural e das potencialidades regionais é a festa da melancia, também realizada no Distrito de Nazaré com calendário oficial sempre no segundo sábado do mês de agosto. Uma verdadeira atração e congregação de agricultores com sua alegria, valores e demonstração cultural, digna dos grandes eventos celebrados nas mais altas elites.
As riquezas ecológicas e as terras férteis do Rio Madeira, como bem disse o Governador do Estado de Rondônia, Confúcio Aires Moura por ocasião de uma visita ao Distrito de Nazaré, na ultima Festa da Melancia, se compara as terras mais férteis do Rio Nilo e da Ungria. Tudo o que se planta produz.
Diga-se de passagem, o estudo sobre o potencial fértil das terras de várzeas do Rio Madeira foi realizado pelo primeiro governador eleito do Estado de Rondônia, Jerônimo Garcia de Santana.
A simplicidade carregada de simpatia traduz o ambiente saudável onde os ribeirinhos vivem e se orgulham de preservar, pois são conscientes da riqueza que está sob seus cuidados tendo ao seu redor um caminho milenar que o leva para os mais diversos lugares, o rio.
Prof. Ms. Osmair Santos