domingo, 23 de fevereiro de 2014

Educação e novas tecnologias: a escola do século 21


(…) a minha questão não é acabar com a escola, é mudá-la completamente, é radicalmente fazer que nasça dela um novo ser tão atual quanto a tecnologia. Eu continuo lutando no sentido de pôr a escola à altura do seu tempo. E pôr a escola à altura do seu tempo não é soterrá-la, mas refazê-la.(Freire, 19961).

 

 

            As palavras do renomado educador parece ecoar nos dias atuais no momento em que a escola começa a ser moldada para a realidade imposta no século 21. Afinal, os princípios da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, diz claramente que a escola precisa evoluir para adaptar-se ao local onde está inserida, assim como ao seu tempo.

           A realidade atual demanda novos rumos para a educação. Para trilhar esse novo caminho a escola como instituição necessita ser recriada uma vez que novas ferramentas, além do livro didático lhe são imposta. A tecnologia, principal atributo desse século é uma delas. o entanto, apenas dotar a escola de tecnologia não vale apenas, uma vez que o principal agente desse processo é o professor que não está preparado para essas demandas.
           O fato é que o mundo globalizado cada vez mais impõe a necessidade de formar pessoas, cidadãos preparados para o mundo do trabalho. E o trabalho hoje, qualquer eu seja, exige o mínimo de conhecimento de uso das novas tecnologias. Como porém, visualizar um cenário de escolas onde a tecnologia seja uma ferramenta voltada ao ensino e aprendizagem do alunos se os professores não foram preparados para isso?

            Salvo esforços isolados de alguns docentes, quando se pergunta por que as escolas estão entulhadas de parafernálias tecnológicas sem uso, são unânimes na respostas: não sabem como utilizar pedagogicamente essa ferramenta. a demanda atual para a qual os gestores públicas deveriam estar preocupadas era capitar esses docentes para atuar na escola de forma atualizada, com inovação, criatividade e domínio das tecnologias. assim seria possível tornar a escola atrativa para o aluno que no seu cotidiano utiliza muito bem esse recurso.


segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O professor e as novas tecnologias

O tema parece um pouco batido. No entanto, é sempre bom estar falando sobre um assunto que para muitos especialistas é um caminho sem volta para o setor educacional, que é o uso das novas tecnologias em sala de aula.  Atualmente ouvimos falar de muitas experiências sobre o uso desse recursos com os alunos em todos os níveis de ensino da educação básica. O fato é que as experiências bem sucedidas ou não mostraram que, se o professor não procurar no decorrer das suas ações, se apropriar das tecnologias e perceber os ganhos reais para a prática pedagógica em sala de aula, elas se tornam apenas equipamentos que se juntarão a muitos outros já existentes na escola, sem qualquer utilidade. Para o professor Gilberto Lacerda, do Departamento de Métodos e Técnicas da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), o professor é o ator central do processo de inserção das tecnologias na escola.
Interessante porém, é pensar que no contexto atual, onde praticamente tudo é tecnológico, o professor, talvez é um dos únicos profissionais que ainda não assimilou essas ferramentas na sua prática profissional. Quando se comenta o assunto com esses profissionais os argumentos são muitos. O mais significante, ao meu ver é o de que as dificuldades reconhecidas pelos próprios professores está na adaptação do uso das tecnologias às suas rotinas. Isso explica porque fora do ambiente escolar esses cidadão fazem uso de inúmeras ferramentas tecnológicas como: celulares, blogs, redes sociais e, dentro da escola, não sabem como usá-las de maneira pedagógica.
O que está explicito, portanto é o fator pedagógico, ou seja o uso voltado ao ensino e aprendizagem com estratégias eficazes, focado na realidade dos alunos e em conformidade com a proposta da escola. Um debate, por ocasião da Semana de Geografia, na Universidade Federal de Rondônia, me chamou a atenção ao ouvir o relato de uma professora que citou, ao referir-se a escola onde trabalha que para fazer uso desse recurso tem que utilizar seu próprio computador. A final, o que falta então é recursos financeiros? Acredito que não.
O que falta é capacitação para todos os professores, e uma vez preparados as escolas disporão desses equipamentos para todos. Pois atualmente, o que se tem são ações esporádicas, desarticuladas das propostas curriculares das instituições educacionais, e assim sendo não há qualquer interesse por parte dos gestores em disponibilizar tais recursos para uso cotidiano dos professores, mesmos os já existentes, que não é pouco. Uma prova disso, são os laboratórios de informática fechado em pleno horário de aula. Ora, se ninguém utiliza, porque mantê-los abertos.
Acontece exatamente isso, quando um ou outro professor quer utilizar não tem ninguém sequer para abrir a sala desses laboratórios. E a televisão, os dvds, as câmeras digitais, data shows, tabletes, notebooks, mesas educacionais, lousas interativas? Toda prática pedagógica só tem sentido se compartilhada. E dessa forma poderá fazer parte do dia a dia das escolas e a diferença para o aluno, no que se refere a aprendizagem. Afinal, o que tem de ser pensado em um mundo tecnológico é como queremos formar os nossos alunos.
E essa é uma resposta que está na boca de todos, quer seja profissional da educação ou não, os jovens precisam se preparar para o mundo do trabalho. Portanto, o mundo do trabalho hoje significa dominar, alguns recursos tecnológicos que contextualizam o cotidiano das empresas e consequentemente das pessoas.