quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Novas tecnologias como ferramentas didáticas nas salas de aula

Nos últimos anos têm aumentado consideravelmente os espaços de debate sobre o uso das novas tecnologias como ferramenta necessária no processo ensino-aprendizagem. Ocorre, que nem sempre estas questões são devidamente amadurecidas no meio dos profissionais da educação, especialmente entre os professores das escolas públicas. A Base Nacional Comum Curricular acatou diversas modificações para a educação nacional. Uma delas é o importante enfoque das tecnologias nas salas de aulas.

Ao discutir esse tema, Valente (1999, p. 4) observa que a implantação da Informática, como auxiliar do processo de construção do conhecimento, implica em mudanças na escola que vão além da formação do professor. É necessário que todos os segmentos da escola estejam devidamente preparados e suportem as mudanças educacionais necessárias para um novo profissional.



Fonte: https://engenharia360.com/as-vantagens-do-uso-da-tecnologia-em-sala-de-aula/. Acesso em 30/12/2021



A rede pública de ensino atende uma demanda peculiar onde a formação educacional de qualidade pode fazer toda a diferença no desenvolvimento da cidadania e para toda a vida dos alunos. Para isso, precisa desenvolver politicas que promova a visibilidade e a integração da escola com a sociedade e assim, proporcionar condições nas quais alunos e professores possa dispor de espaços adequados e das ferramentas didáticas necessárias para o desempenho das suas ações.

A partir da realidade de um mundo globalizado é importante se pensar o papel e a função da educação aliado às tecnologias. Nesse contexto, conhecer as principais formas de inserção das ferramentas tecnológicas nas escolas públicas e a sua utilização como recursos didáticos são condições necessárias para que novas politicas possam ser devolvidas, tendo como foco a realidade que as envolve e sua identidade cultural.

Diante disso é importante compreender que o uso da tecnologia precisa ser entendido como um processo contínuo pelo qual as pessoas modificam suas vidas e não apenas como objetos passivos na informação. Faz-se necessário fazer que os docentes comecem a pensar e analisar criticamente as politicas sobre a inserção destas ferramentas nas práticas pedagógicas, possibilitando que os alunos entendam a sociedade tecnológica em que vivem e saibam das consequências desta utilização, gerando reflexão e esclarecimento sobre as condições em que essas ferramentas didáticas estão inseridas (BRITO, 2006).

Tem-se que admitir, e esta é uma condição indubitável, a inegável visão de que cada vez mais a tecnologia vem assumindo espaços e ressignificando os sentidos tradicionalmente produzidos para a sociedade no mundo contemporâneo.

De acordo com o Art. 3º, Inciso XI, da LDB/1996 (BRASIL, 1996), é finalidade da educação a vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. Dessa forma, diante das mudanças que ocorrem na sociedade e no meio educacional, que atualmente estão permeados pelas tecnologias, a educação, enquanto tal deve propiciar a reflexão do sujeito sobre si mesmo, sobre seu tempo, seu papel no novo meio cultural da época em que vive.

Valente (1999) afirma que qualquer que seja a modalidade de uso do computador ou qualquer outro recurso tecnológico, é necessário que o professor seja capacitado para assumir o papel de facilitador da construção do conhecimento pelo aluno e não mais de “entregador” da informação, criando novas possibilidades de ensino. O contexto dessa sociedade informacional, que Castells (1999) identifica como o símbolo de uma nova sociedade que emerge na cultura do terceiro milênio, na qual a Internet não se apresenta como uma simples tecnologia da comunicação, mas como uma ferramenta fundamental direcionada à produção e à difusão da informação, exige uma resposta governamental que supra as demandas de uso pedagógico de TDIC na escola.

Popkewitz (1997) diz que as mudanças na educação constituem-se como um mecanismo de ajuste dos processos pedagógicos às demandas sociais, políticas e econômicas da sociedade em transformação. De acordo com Almeida (2001), a introdução de novas tecnologias nas escolas e o acesso à Internet pressupõe um universo de novas possibilidades no trabalho em sala de aula, no entanto, uma nova atitude profissional não se adquire naturalmente, nem se estabelece por imposição ou por decreto, sem que os educadores tenham a oportunidade de compreender o significado dessas orientações, criticá-las ou mesmo recriar sua prática.

Para a autora, a integração das TIC nas atividades curriculares efetiva-se fundamentalmente na prática do professor, ao qual cabe conhecer suas potencialidades, vantagens, limitações e concepções educacionais subjacentes, em uma perspectiva de transformação da escola e da sala de aula, em um espaço de experiência, visando à formação de cidadãos e de uma vivência democrática, ampliada pela presença das tecnologias.

Para Kenski (2003), a integração das TDIC para fins pedagógicos exige que o professor alie conhecimentos amplos sobre as especificidades das tecnologias aos conhecimentos profundos sobre as metodologias de ensino e aprendizagem. Nesse contexto, torna-se evidente a importância da atuação do professor e a necessidade que ele domine as tecnologias e as teorias educacionais a elas relacionadas, para que possa identificar quais recursos disponíveis têm maior potencial e são mais adequados para atingir os objetivos de aprendizagem propostos.

O acesso às novas tecnologias possibilita uma variedade de propostas educativas que enriquecem a vida na escola e a carreira docente. São muitas abordagens teórico-metodológica que propõe novas práticas pedagógicas visando o dialogo entre a politica de inserção das TDIC nas escolas com os interesses dos professores e dos estudantes, oportunizando as aprendizagens necessárias mediadas pelo uso das ferramentas didáticas digitais (BONATTO et al, 2014).

Tecnologias de ensino na sala de aula

Ao falar em tecnologia, é comum pensar em algo novo, como Internet, iPhone, computador, Smartphone etc. No entanto, Kenski (2012) afirma que a tecnologia é anterior a esses artefatos, ela está nos diferentes lugares de nossa vida cotidiana e acaba se passando por natural, a utilização pelo homem primitivo de um pedaço de pau ou de um osso para se defender já era tecnologia. Lopes (2014) considera que isoladamente e em si mesmos, esses objetos não são tecnologias, constituem-se como tal a partir do momento que são utilizados pelo homem, para facilitar sua vida em sociedade.


Fonte: https://minhabiblioteca.com.br/blog/tecnologia-em-sala-de-aula/. Acesso em 30/12/2021.

Assim, a tecnologia pode ser conceituada como um conjunto de conhecimentos técnicos, que podem ser do tipo mecânico ou industrial, que permite ao ser humano a possibilidade de fabricar objetos, realizar mudanças no meio ambiente, para que a vida do homem se torne mais fácil (LOPES, 2014).

Sendo a escola o lugar em que ocorre a educação formal, esta acaba por ser o espaço privilegiado para o desenvolvimento dos conhecimentos curriculares e para a democratização da tecnologia e promoção das capacidades produtivas. Com a proposição de uma educação voltada para a complexidade, Moraes (1997) afirma que a identificação de novos cenários nos leva a entender que somos cidadãos do mundo e que temos o direito de estar suficientemente preparados para apreender os instrumentos de nossa realidade cultural. Isso significa estarmos preparados para elaborar as informações nele produzidas e que afetam nossa vida.

Contudo, Gadotti afirma que: “se ideais são necessários para dar vida à nossa prática, elas são insuficientes para gerar mudanças” (GADOTTI, 1984, p. 77). Assim, compreendendo que as mudanças não ocorrem somente pela incorporação de novos paradigmas educacionais e de comportamento da sociedade, faz-se importante também pensar naa existência de politicas de inserção das novas tecnologias nas escolas e se as mesmas têm causado efetividade na prática.

Neste contexto, surgem questões como: há uma politica publica de inserção das tecnologias educacionais nas escolas? Caso exista, como vem sendo implementado? Muitos pesquisadores sustentam a hipótese de que a politica de implantação dessas novas ferramentas de ensino existe e que varias escolas contam com laboratórios de informática e diversos equipamentos tecnológicos. No entanto, há deficiência quanto a capacitação de professores para o uso pedagógico dos mesmos, como ferramenta didática na sala de aula.

Floresta amazônica

A floresta amazônica é considerada a maior floresta tropical do mundo e concentra enorme biodiversidade. Além disso, ela faz parte do bioma Amazônia, o maior dos seis biomas brasileiros. Corresponde a 53% das florestas tropicais ainda existentes. Por isso, a sua conservação é debatida em âmbito internacional, em virtude de sua dimensão e importância ecológica.

     Floresta Amazônica. Fonte:  https://www.todamateria.com.br

A floresta amazônica localiza-se no norte da América do Sul, abrange os estados do Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia, Pará e Roraima, além de menores proporções nos países: Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Por estar localizada próxima à linha do Equador apresenta clima equatorial. Assim, é marcada por elevadas temperaturas e umidade do ar.

As temperaturas médias anuais oscilam entre 22 e 28ºC e a umidade do ar pode ultrapassar os 80%. Outra característica é o elevado índice pluviométrico que varia entre 1.400 a 3.500 mm por ano. Em geral, as estações do ano distinguem-se por dois períodos: o seco e o chuvoso. O solo é considerado pobre com uma fina camada de nutrientes. Porém, os húmus formados pela decomposição da matéria orgânica, ou seja, folhas, flores, animais e frutos é rica em nutrientes utilizados para o desenvolvimento das espécies e da vegetação da floresta.

É uma floresta tropical densa, formada por árvores de grande porte. A vegetação é dividida em mata de várzea, mata de igapó e mata de terra firme. A floresta amazônica também abriga diversas espécies animais. Alguns animais encontrados são: onças, suçuaranas, jaguatiricas, peixes-boi, pirarucus, jabutis, ariranhas, tucanos, araras, jiboia, sucuri, etc.

Fonte: https://www.todamateria.com.br/floresta-amazonica/.

Acesso em: 10 de maio de 2018.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Vegetação de Rondônia

As formações vegetais de Rondônia distribuem-se de acordo com os tipos de solo e as condições climáticas. Por está situado em uma área de transição entre o domínico geomorfológico do Brasil Central e o domínio geomorfológico amazônico é reconhecido por apresentar uma grande biodiversidade de espécies por congregar três tipos de biomas: Floresta Amazônica, Pantanal e Cerrado.

     Vegetação de Rondônia. Fonte: https://brasilcc.blogspot.com.br

As diversas fisionomias desenvolvem-se em função das características regionais tais a riqueza da drenagem que associada ao clima contribuem para a ocorrência do ciclo das cheias dos rios que drenam o Estado e o relevo com serras de formação geológica antiga, formadas por vastos depósitos sedimentares, como por exemplo a Serras dos Pacaás Novos.

Caracterização da vegetação

Podemos caracterizar a composição vegetal do Estado em oito tipologias que por sua vez subdividem-se em várias fisionomias, como veremos a seguir: 

1. Floresta ombrófila aberta

2. Floresta ombrófila densa

3. Floresta estacional semidecidual ou subcaducifólia

4. Floresta de transição ou contato

5. Cerrado

6. Formação pioneira

7. Campinarana

8. Umirizal


    Vegetação de Rondônia. Fonte: Atlas geoambiental de Rondônia.


É o tipo de floresta dominante no Estado com cerca de 55% da sua área total. Caracteriza-se por sua descontinuidade do dossel permitindo que a luz do sol alcance o sub-bosque, favorecendo a sua regeneração. O estrato mais alto atinge cerca de 30 metros de altura enquanto o sub-bosque encontra-se estratificado com grande quantidade de planta em regeneração. Em virtude da sua composição florística e do relevo podem apresentar-se em quatro fisionomias distintas:

Floresta ombrófila aberta. Fonte: http://meioambiente.culturamix.com

  Floresta ombrófila aberta de áreas inundadas;

  Floresta ombrófila aberta de terras baixas;

  Floresta Ombrófila Aberta Submontana;

  Floresta Ombrófila Aberta com Bambus;

Floresta Ombrófila Densa

Ocupa cerca de 4% do total da vegetação do Estado, com maior extensão na região central. Caracteriza-se por apresentar uma maior densidade do estrato superior com menor presença de sub-bosque. As árvores chegam a atingir 45 metros de altura.


Floresta Ombrófila densa. Fonte: http://vegetdobrasil.blogspot.com.br

A Floresta Ombrófila Densa subdivide-se em quatro fisionomias:

  Floresta Ombrófila Densa Aluvial;

  Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas;

  Floresta Ombrófila Densa Submontana;

  Floresta Ombrófila Densa Montana;

Floresta Estacional Semidecidual ou Subcaducifólia 

Tipo de vegetação que se desenvolve em solos hidromórficos com baixa capacidade de retenção de água. Cobre cerca de 2% da cobertura vegetal do Estado.

Sua denominação decorre do fato de perderem suas folhas e está condicionada a dupla estacionalidade climática, uma tropical com intenso período de chuvas e outra subtropical com períodos secos.

    Floresta Estacional Semidecidual ou Subcaducifólia. Fonte: http://historiacacoal.blogspot.com.br

Subdivide-se em três fisionomias:

  Floresta Estadual Semidecidual Aluvial;

  Floresta Estadual Semidecidual Submontana;

  Floresta estadual Semidecidual Montana;

Floresta de Transição ou Contato

Ocupa aproximadamente 8% da cobertura vegetal do Estado. Trata-se de área de transição entre o cerrado e a floresta, com característica peculiar as duas formações com estrato com cerca de 200 metros de altura. Subdivide-se em três composições:

  Contato Floresta Ombrófila / Floresta Estacional Semidecidual;

  Contato Savana / Floresta Estacional Semidecidual;

Contato Savana / Floresta Ombrófila.

Cerrado 

O cerrado ocupa cerca de 5% da cobertura florestal do Estado de Rondônia. São formações vegetais com feições xeromórficas devido às características do solo. Também são denominadas de savanas por apresentar semelhança com as savanas africanas. Apresenta quatro fisionomias:

   Savana Gramíneo-Lenhosa Campo limpo e sujo;

   Savana Parque – Campo serrado e campos murundus;

   Savana Arborizada – Cerrado arbóreo arbustivo;

   Savana Densa – Cerradão.


Cerrado. Fonte: http://historiacacoal.blogspot.com.br


Formação Pioneira

Abrange cerca de 4% da cobertura vegetal do Estado. Sua presença é marcante em áreas sujeitas a inundações e apresenta diversas fisionomias com tamanho determinado pela altitude e grau de inundações.

Formação Pioneira. Fonte: http://vegetdobrasil.blogspot.com.br

Campinarana

 São formações florestais conhecidas como falsos campos e correm em pequenas manchas ao longo de toda a Amazônia. Espécie endêmica que cresce em solos pobres de areia branca, cerrado e áreas não florestais.

Campinarana. Fonte: http://vegetdobrasil.blogspot.com.br


Umirizal

Com cerca de menos de 1% da cobertura florestal do Estado, é o tipo de vegetação que cresce em solos pobres, mal drenados e rasos. Apresenta dossel com cerca de 5 a 10 metros de altura e sub-bosque fechado de pouca visibilidade com muitos cipós e arbustos.

Pode ser inundada no período chuvoso e localizam-se nas bacias dos rios Guaporé e Madeira.

Vegetação Umirizal



Vegetação Umirizal. Fonte: http://banzeiros.blogspot.com.br