quinta-feira, 15 de junho de 2017

O declínio da Madeira- Mamoré

No momento em que se concluía as obras da estrada de ferro, os seringais plantados na Malásia entraram em produção, e tornaram proibitivos os preços da borracha produzida na Amazônia segundo técnicas antiquadas e de baixa produtividade. Foi o fim do chamado "primeiro ciclo da borracha".
Diante de seguidos prejuízos, resultantes basicamente do declínio do comércio da borracha com os produtores da Amazônia, e da ausência de novos produtos a transportar, em junho de 1931, a Madeira-Mamoré Railway Company paralisou o tráfego.
Não havendo o retorno das atividades do transporte pela Companhia o Governo Federal, mesmo com prejuízos, assumiu o controle da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, passando a administrá-la totalmente. Foi definitivamente desativada em 01 de julho de 1972, simplesmente, por não ter mais o que transportar, uma vez o grande motivo da sua construção, a borracha, já não era mais viável à produção e comercialização.
No entanto, a construção da Ferrovia Madeira-Mamoré marcou um importante ponto nas relações diplomáticas entre Brasil e Bolívia. Constitui-se, além disso, um elemento definidor da ação Imperialista de potências estrangeiras na região amazônica. A Madeira-Mamoré representa um dos marcos da modernidade capitalista liberal nos confins da selva amazônica.

FONSECA, Dante Ribeiro da & TEIXEIRA, Marco Antônio Domingues.

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