segunda-feira, 28 de março de 2011

EDUCAÇÃO E AS NOVAS TECNOLOGIAS

Ao fazer uma análise sobre o uso das novas tecnologias como ferramenta pedagógica no ensino da Geografia nas escolas públicas estaduais no Município de Porto Velho com o objetivo de identificar a forma como os professores fazem uso das novas ferramentas tecnológicas em sala de aula, assim como saber as principais dificuldades encontradas por esses professores quanto à utilização de tais instrumentos, varias hipóteses foram confirmadas.
Entre tantas, desta-se a unânime consideração pelos proprios professores de que o uso desse recurso garante a interação nos processos curriculares e promove uma transformação qualitativa na prática pedagógica, provocando nos alunos o entusiasmo e a vontade de aprender.
Por outro lado, também foi possivel identificar a angústia que esses mesmos docentes ao se depararem com as novas ferramentas tecnologicas não a vêem  como aliadas para dinamizar o processo pedagógico em sala de aula, e sim como algo que os amedontra e que ainda não conseguem integrá-los em seus plano pedagógicos.
A conclusão é que há empenho dos governos em dotar as escolas de equipamentos tecnológicos, particularmente de Laboratórios de Informática Educativa, tendo em vista o grande número de escolas onde já foram criados tais espaços.
A grande questão é que todos esses equipamentos são levados à escola sem que o professor esteja capacitado para usar esses equipamentos, e portanto atuar nessa nova realidade que lhe é imposta.
As escolas estão cheias de equipamentos e o professor vazio de conhecimento.

Prof. MSc. Osmair Santos

sexta-feira, 25 de março de 2011

O AMBIENTE ATUAL

A sociedade mundial vive um momento de transformações estruturais, isso todos sabemos. A globalização, formação de blocos econômicos e revolução tecnológica é uma consequências dessas tranformações. O fato é que as mudanças ocorrem com tamanha velocidade que muitas vezes a dimensão humana fica relegada a um segundo plano.
Tal situação leva a afirmação de que é necessário o repensar constante de nossas ações, buscando uma perspectiva mais humanizada nas práticas sociais que desenvolvemos, no sentido de possibilitar maior participação e integração efetiva dos indivíduos no contexto histórico atual e na maneira dos usos e convivio com o meio ambiente.
Quando se fala em meio ambiente é preciso olhar para o lado e procurar identificar o sentido desse termo, muito usado, porém longe de ser visto como uma realidade que envolve todos os seres. Sempre é bom lembrar que o planeta terra, não precisa ou depende nós para a sua existência no espaço. É nós que precisamos dele para a nossa sobrevivência.
A falta de percepção dessa realidade chega a ser assustadora. Este, é sem dúvida um caminho sem volta. Basta ver o que está acontecendo no mundo. A natureza também tem seu limete de tolerância. E nós, o que fazemos? Me entusiasma saber que as escolas, mesmo timidamente, estão procurando desenvover ações de Educação Ambiental com seus alunos. No entanto, é muito mais desesperador saber que poderiam fazer muito mais.
A resposta para todas essas suscitações é simples apesar de todos os discuros proferidos por grandes personalidades nacionais e globais. A educação ambiental ainda não é prioridade das ações políticas. Simples assim.

Osmair Santos
Professor Mestre em Geografia

quinta-feira, 24 de março de 2011

A TECNOLOGIA EDUCATIVA E AS TRANSFORMAÇÕES NO ESPAÇO ESCOLAR

As transformações promovidas pelo uso da tecnologia em todos os campos do conhecimento é talvez a grande ferramenta que a escola está se apropriando para resgatar o entusiasmo e as expectativas dos que a busca. Atualmente é uma preocupação dotar as escolas de laboratórios de informática e outros equipamentos tecnológicos. O uso pedagógico da tecnologia na escola parece ser algo ainda um pouco distante das praticas educativas. Ao mesmo tempo em que a tecnologia está aí para modificar o espaço escolar, a transformação deverá começar pelo próprio professor que não foi preparado para lidar com esses recursos. É preciso investir em políticas públicas voltadas para a temática sob pena de a escola permanecer no tradicionalismo e fazer da tecnologia simples instrumento tecnológico onde os alunos, em muitos casos, operam melhor do que mesmo o professor. E este, por sua vez prefere não utilizá-lo simplesmente pelo temor de se deparar com algo que estar fora do seu tempo e do seu espaço.

Osmair Santos
Prof. Mestre em geografia

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/29659/1/A-TECNOLOGIA-EDUCATIVA-E-AS-TRANSFORMACOES-NO-ESPACO-ESCOLAR/pagina1.html#ixzz1HXxgfjmW

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Refletindo sobre as ações da Lei nº 9.795/99

A questão ambiental no mundo contemporâneo tem sido foco das maiores preocupações, nos mais variados setores da sociedade. O que temos visto é que a questão ambiental é um campo de disputas entre as mais diversas concepções e estratégias políticas.
Por sua vez, a educação formal também se encontra permeada de concepções que vão desde a mais tradicional e conservadora até as mais avançadas perspectivas teórico-metodológicas de se conceber o espaço da aprendizagem, dentro da complexidade que o mesmo apresenta.
Desde a Constituição em 1988, a Lei 9.795/99, foi o grande marco histórico brasileiro para a reflexão critica, mudanças de atitudes e o estabelecimento da educação ambiental nas escolas como prática integrada, contínua, permanente e transversal a todas as disciplinas.
Discutir as ações da Lei 9.795/99, é Propor à sociedade em geral a reflexão sobre os seus próprios princípios, sua dialeticidade e a práxis na ação pedagógica que começa a ganhar corpo como eixo gerador das atividades educativas nas unidades escolares.
Neste sentido, buscamos discutir as grandes ações globais sobre o meio ambiente, fazendo um breve histórico dos aspectos legais mundial, nacional e estadual, buscando contextualizar as ações locais, uma vez que a educação, no nosso entendimento, deve atuar diretamente na realidade das comunidades, sem perder de vista a sua dimensão planetária.
Em fim, esse é um processo de transformação cultural que objetiva a construção de uma consciência individual e coletiva baseada no respeito a todas as formas de vida, uma vez que o principio da Lei 9.795/99 é viabilizar um relacionamento harmônico entre o homem e o ambiente, a fim de formar uma cidadania consciente de que a qualidade de vida das gerações futuras depende das escolhas que cada um fizer em sua própria vida, hoje.

Referência Bibliográfica
BRASIL. Política Nacional de Educação Ambiental. Lei 9.795/99. Brasilia: MMA, 2009.
Ao usar este artigo, mantenha os links e faça referência ao autor:
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Refletindo sobre as ações da Lei nº 9.795/99 publicado 8/12/2009 por Osmair Oliveira dos Santos em http://www.webartigos.com

EDUCAÇÃO E QUALIDADE DO ENSINO

          Atualmente, vivemos numa corrida sem precedentes em busca de conhecimentos. Tal perspectiva nos é imposta pela própria sociedade que nos imprime a necessidade de uma evolução em todos os campos do saber. No momento em que contextualizamos educação com conhecimento, percebemos os grandes desafios impostos à escola, tida como a instituição incumbida de proporcionar o desenvolvimento das capacidades intelectuais e morais das pessoas.
          Uma educação de qualidade é aquela que enfatiza e desenvolve nas pessoas as habilidades e competências necessárias para que se integre a teoria com a prática em conformidade com a realidade das pessoas. A educação de qualidade busca valorizar os conhecimentos apriori adquiridos e os contextualiza com as propostas pedagógicas das escolas estimulando o processo ensino e aprendizagem.
          A escola por sua vez, para buscar uma educação de qualidade precisa conhecer o seu público estudantil para estabelecer a sua proposta pedagógica. Necessário também será que a escola desenvolva atividades de valorização da cultura local, para que a comunidade escolar se sinta parte integrante da escola. A escola necessita criar mecanismos e proporcionar meios para resgatar a credibilidade da comunidade. É um caminho de benefícios organizado na forma de mão dupla, ao passo que ambos se comprometem a buscar uma educação cada vez melhor.
          A escola precisa também, resgatar o próprio conceito de educar e motivar o ensino diante da sociedade, uma vez que a falta de motivação é um fator imperativo na educação atual, carregada de significados, porém impregnada pela falta de valorização dos atores desse processo, os professores. Neste entendimento, motivar o aluno para a busca do ensino e aprendizagem é tão necessário quanto valorizar os profissionais que atuam nesse processo.
          Não se pode pensar em educação de qualidade sem que haja na escola uma organização inovadora, aberta e dinâmica embasada em um projeto pedagógico participativo; Docentes bem preparados intelectual, emocional, comunicacional e eticamente. bem remunerados, motivados e com boas condições profissionais. Relação efetiva entre professores e alunos que permita conhecê-los, acompanhá-los e orientá-los. Infra-estrutura adequada, atualizada e confortável. Tecnologias acessíveis, rápidas e renovadas e por fim, alunos motivados, preparados intelectual e emocionalmente, com capacidade de gerenciamento pessoal e coletivo.

Osmair Oliveira dos Santos
Professor Mestre em Gografia
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/29698/1/EDUCACAO-E-QUALIDADE-DO-ENSINO/pagina1.html#ixzz1HXtsT4gC

OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM RONDÔNIA

          Com o objetivo de entender a situação atual em que se encontra a Educação Ambiental no Estado de Rondônia, realizou-se visita e entrevistas com os técnicos responsáveis por essa ação na Secretaria de Estado da Educação – SEDUC, Secretaria Municipal de Educação do Município de Porto Velho – SEMED, Secretaria de Desenvolvimento Ambiental – SEDAM, Representação de Ensino de Porto Velho – REN/PVH/SEDUC e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA. Em posse da fala dos técnicos foi possível fazer considerações e análises sobre as ações voltadas ao desenvolvimento da referida temática nessas instituições, para o Município de Porto Velho e para o Estado.
          A educação ambiental surge como resposta à preocupação da sociedade com o futuro da vida. Sua resposta principal é a de superar a dicotomia entre natureza e sociedade, através da formação de uma atitude ecológica nas pessoas. Um dos seus fundamentos é a visão socioambiental, que afirma que o meio ambiente é um espaço de relações, é um campo de interações culturais, sociais e naturais.
        O processo educativo proposto pela Educação Ambiental objetiva a formação de sujeitos capazes de compreender o mundo e agir nele de forma crítica e consciente. Sua meta é a formação dos sujeitos ecológicos.
         O Estado de Rondônia ainda não tem uma política definida de Educação Ambiental, uma condição que não foge à regra no cenário territorial brasileiro. Particularmente, por estar inserido na Região Amazônica, Rondônia deveria juntamente com os demais estados dessa região, priorizar mais as ações voltadas para conservação e uso sustentado dos recursos naturais, tendo em vista a inserção de políticas de desenvolvimento agrícola e industrial, atualmente em grande expansão.
         No entanto, apesar da falta de políticas estaduais voltadas para a educação ambiental, as instituições federal estadual e municipal, que trabalham com a temática no Estado, têm apresentado propostas e realizado ações como projetos nas escolas oficinas, seminários, encontros e cursos de formação e sensibilização da população, com vistas a conscientização para o devido cuidado com o meio em que vivem. As Secretarias Estadual e Municipal de Educação, em parceria com a SEDAM, o IBAMA, desde 2003 tem se empenhado em realizar conferências de meio ambiente nas escolas, formar agenda 21 e criação de Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida.
        As conferências nas escolas, agenda 21 local e Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na escola – COM-VIDA, são propostas oriundas do Ministério da Educação – MEC. O objetivo é o empoderamento dos alunos e da população em geral, sobre os conhecimentos necessários a respeito dos cuidados com o meio ambiente local e global.
          Aos pouco as Unidades Escolares começam a assimilar o tema e envolver a comunidade nos projetos de meio ambiente, a exemplo da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio São Luiz, no bairro JK, em Porto Velho. Essa escola que já tem uma história de sucesso na realização de bons projetos, nos últimos anos tem congregado alunos, professores e comunidade em experiências exitosas em educação ambiental, como é o caso do Projeto O futuro do Planeta, financiado pelo Programa de Financiamento a Projetos Escolares – PROFIPES, da Secretaria de Estado da Educação – SEDUC/RO.
         Há também as ações realizadas em parcerias com as instituições não governamentais que fazem parte da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental do Estado de Rondônia – CIEARO, em atividades temáticas e comemorativas em todo o Estado de Rondônia, tal como o dia mundial da água, semana de meio ambiente, entre outras.
        A Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental do Estado de Rondônia - CIEARO, criada com o propósito de desenvolver a política de Educação Ambiental, atualmente está parada tentando se reestruturar e retornar às discussões com as demais instituições componentes. A estruturação da CIEARO, atualmente coordenada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente - SEDAM, depende da reformulação do seu Decreto de criação que precisou fazer alguns ajustes técnicos e se encontra em processo de revisão.
        Um consenso que envolve os órgãos que trabalham com Educação Ambiental no Estado de Rondônia é a falta de políticas nesta área. Tal ausência impede a implementação e o desenvolvimento das ações nas instituições públicas, particularmente na Secretaria de Estado da Educação - SEDUC e na Secretaria Municipal de Educação de Porto Velho - SEMED, que ficam sem orçamento e consequentemente com a indefinição das ações que pretendem realizar no decorrer do ano letivo junto às escolas das suas respectivas redes.
        Essas secretarias ainda não têm em seus organogramas, um setor autônomo responsável pelas ações de Educação Ambiental. O Projeto de Educação Ambiental da Secretaria de Estado da Educação – PEA está inserido na Gerência de Ensino. Na Secretaria Municipal de Educação faz parte do Programa de Ensino Fundamental. Tal situação, ao impedir a autonomia do setor também minimiza o valor da tão nobre questão.
        Outro fator que as instituições SEDUC, SEMED, IBAMA E SEDAM comungam, e que foram enfatizadas nas palavras dos seus técnicos é a vontade de superação da situação vivenciada no presente. Os mesmos afirmam que as ações de Educação Ambiental ficam sempre para segundo plano, e afirmam que há muito por fazer, porém as aspirações somente serão realizadas quando a sociedade e os governantes pensarem no meio ambiente como algo determinante e essencial para a sadia qualidade de vida e a manutenção da mesma no planeta.
        A Política Nacional de Educação Ambiental, Lei 9795/99, é o norteamento seguido pelas instituições, no que se refere as ações de Educação Ambiental. É preciso incentivar a realização de projetos de meio ambiente nas escolas, criação de Comissões de Meio Ambiente e qualidade de vida, Agendas 21 nas escolas, no bairro e nos município. O otimismo é o trilho perseguido pelas instituições de educação e meio ambiente, que mesmo ainda desarticuladas politicamente, se preocupam com a Educação Ambiental no Estado.
         Reconhecem que sozinhos não serão capazes de realizar ações de Educação Ambiental em todo o Estado de Rondônia. Porém, com a ajuda da sociedade será possível disseminar as ações necessárias para evitar a degradação do meio ambiente local, e concretizar políticas que propiciem o devido cuidado com o planeta. Disso depende a vida presente e futura na terra.

Autor: Osmair Oliveira dos Santos
Professor de Geografia na Rede Estadual de Educação - Rondônia
Mestre em Geografia